O experiente ex-deputado federal
Roberto Rocha (PSB), candidato a vice na chapa da coligação “Muda São Luis”, ao
analisar nesta tarde de sábado (6) as possibilidades dos dois candidatos que
realmente estão disputando a sucessão na capital, disse ter convicção que Edivaldo
Holanda Júnior (PTC) fecha o primeiro turno com 36% dos votos, deixando para
trás o prefeito João Castelo (PSDB), que tenta a reeleição, na segunda
colocação.
Rocha fez ainda previsão para o
segundo turno entre os dois concorrentes e disse não ter dúvidas quanto a
vitória do candidato de sua coligação. “Edivaldo será eleito prefeito de São
Luís e Castelo vai termina a eleição com os 36 por cento dos votos”.
As últimas pesquisas publicadas
nesta reta final da eleição, dos mais diferentes institutos, indicam um
rigoroso empate técnico entre Edivaldo e João Castelo. No Ibope, o prefeito
leva vantagem, mas no Data M Edivaldo lidera a corrida pela Prefeitura de São
Luís. O prefeito, no entanto, possui elevado índice de rejeição.
Amanhã,
(7), 138.544.348 brasileiros vão às urnas para escolher 5.568 prefeitos
e 57.434 vereadores. Só não vão votar neste pleito municipal os
eleitores do Distrito Federal e de Fernando de Noronha, onde não há
representantes desses cargos, e os que estão cadastrados para votar no
exterior, que só escolhem o presidente da República.
Confira tudo sobre a votação, o que é permitido e o que não se pode fazer no dia da eleição:
Horário da votaçãoO eleitor pode ir à sua seção eleitoral e votar das 8h às 17h, considerado o horário local de seu município.
Local da votaçãoEm
seu título de eleitor constam informações sobre a zona eleitoral e a
seção onde você vota. Mas, se você não sabe onde vota ou perdeu o
título, pode consultar o local de votação e o número do seu título no
site do TSE. Para esta consulta, basta informar o seu nome, data de
nascimento e nome da mãe (consulte seu local de votação).
DocumentoÉ
necessário levar um documento oficial com foto (carteira de identidade,
passaporte, carteira de categoria profissional reconhecida por lei,
certificado de reservista, carteira de trabalho ou carteira nacional de
habilitação). Não será admitida a certidão de nascimento nem de
casamento.
Não é obrigatória a apresentação do título de eleitor.
No entanto, o número deste documento é indispensável para o
preenchimento da justificativa eleitoral.
Posso ou não posso?No
dia da votação é permitida a manifestação individual e silenciosa de
apoio ao partido e/ou candidato de sua preferência. Entretanto, não é
permitido utilizar vestuário padronizado, bandeiras, broches nem
adesivos que caracterizem manifestação coletiva.
No recinto da
cabina de votação, é proibido portar aparelho de telefonia celular,
máquinas fotográficas, filmadoras, equipamento de radiocomunicação ou
quaisquer instrumentos que possam comprometer o sigilo do voto. Esses
aparelhos devem ficar retidos com o mesário enquanto o eleitor vota.
Para
votar, o eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida poderá contar
com o auxílio de pessoa de sua confiança, ainda que não tenha feito o
pedido antecipadamente ao juiz eleitoral.
Como votar Todos
os eleitores brasileiros votam na urna eletrônica. Nela é mais fácil,
rápido e seguro exercer o direito ao voto. Primeiro, o eleitor escolherá
o candidato a vereador e depois a prefeito. O eleitor deve levar a
colinha com os números dos candidatos nos quais quer votar. A colinha é
muito útil para agilizar a votação (imprima aqui a sua colinha!).
VereadorO primeiro voto será para o cargo de vereador. O
eleitor pode votar em um candidato ou somente na legenda. Para votar no
candidato de sua preferência, digite os cinco números do candidato,
confira o nome e/ou a foto dele e, caso esteja correto, tecle confirma.
Se você errou o número, tecle corrige, digite os números corretos, e
confirme o seu voto.
Para votar somente no partido, o chamado
voto de legenda, o eleitor deve digitar somente os dois primeiros
números, pois esses identificam o partido. Antes da confirmação do voto,
a urna apresentará a informação do respectivo partido e mensagem
alertando ao eleitor que, se confirmado o voto, ele será computado para a
legenda. Dessa forma, o votante ajuda o partido de sua preferência a
conquistar mais vagas na câmara dos vereadores, sem escolher um
candidato específico para preenchê-la.
PrefeitoO
segundo voto será para o cargo de prefeito. Para votar no candidato de
sua preferência, digite os dois números do candidato, confira o nome
e/ou a foto dele e, caso esteja correto, tecle confirma. Se você errou o
número, tecle CORRIGE e digite os números corretos, repetindo a
operação até confirmar o seu voto. Ao final da votação, a urna
eletrônica exibe a palavra FIM e emite um sinal sonoro indicando a
conclusão do voto.
JustificativaO eleitor que não
puder comparecer ao seu local de votação e, em consequência, não votar,
deve justificar a ausência. É necessária uma justificativa para cada
turno em que o eleitor foi ausente, ou seja, se faltou à votação no
primeiro turno, deve fazer uma justificativa; se faltar ao segundo
turno, outra justificativa.
A justificativa pode ser feita no dia
da eleição em um dos postos de justificativa ou em até 60 dias após a
ausência. Para justificar a falta no primeiro turno, o eleitor deve
comparecer ao cartório eleitoral até o dia 6 de dezembro. Se a falta for
no segundo turno, o cartório eleitoral receberá a justificativa até o
dia 27 de dezembro.
Para preenchimento do formulário de
justificativa no dia da eleição é indispensável o número do título de
eleitor. O ausente pode preencher o formulário antecipadamente, mas só
deve assiná-lo quando da entrega, na presença do mesário.
No último dia de campanha,
Edivaldo mantém agenda de contato com a população de São Luís. Com duas
caminhadas em diferentes bairros da cidade, Edivaldo finaliza período de eleição
com expectativa de resultado positivo nas urnas no próximo domingo e, neste
sábado, realiza a Carreata da Vitória, com concentração no Ceprama a partir das
16h.
Depois de ter feito um excelente
trabalho de campanha ao longo dos mais de 3 meses de conversa, caminhadas,
carreatas e reuniões com diversas classes e lideranças comunitárias, Edivaldo
se prepara para o resultado das eleições.
A expectativa, segundo o
candidato, é de que as urnas consagrem o primeiro lugar à candidatura que tem
defendido a mudança da cidade de São Luís e a mudança nas práticas políticas.
“Saber que estamos compromissados com o povo de São Luís desde o primeiro dia
de governo, e não apenas de quatro em quatro anos, buscando apenas a vitória
eleitoral, faz com que a cidade de São Luís confie no trabalho que queremos
fazer. Uma prefeitura diferente, que trate a cidade com seriedade,” frisou.
Edivaldo alertou ainda para o
voto consciente, que tem defendido desde o início da campanha. “Fizemos uma
campanha limpa, em respeito ao eleitor e porque acreditamos que São Luís não
precisa de ataques, mas de gente disposta a defender ideias que a façam avançar
com o restante do país,” afirmou.
Antes da carreata, que deverá ser
a última atividade de campanha de Edivaldo Holanda Júnior antes do dia 7 de
outubro, o candidato de oposição a João Castelo visitará ainda os bairros da
Liberdade (a partir das 9h) e da Madre Deus (a partir das 15h).
Bairro de Fátima
A caminhada da mudança e da
renovação política passou por dois bairros nesta sexta-feira (5). Pela manhã, Edivaldo Holanda Júnior (PTC) visitou o Bairro de Fátima e, pela tarde, o
Cruzeiro do Anil. O candidato foi acompanhado por militantes, que promoveram
uma grande festa, marcando com a esperança da vitória, os dois dias que restam
para as eleições municipais.
Edivaldo conversou com moradores
dos dois bairros e fez um retrospecto das propostas apresentadas durante o
período de campanha. Ele disse que a Escola em Tempo Integral e as 20 novas
creches vão assegurar um futuro digno para as crianças de São Luís.
“Instalando, de forma gradativa,
a Escola em Tempo Integral e construindo, em parceria com o governo federal, as
20 novas creches, vamos oferecer às mães oportunidades de entrar no mercado de
trabalho e às crianças desta cidade um futuro sem drogas e sem marginalidade”,
afirmou Edivaldo.
Para solucionar o problemático
sistema de trânsito e transportes da capital maranhense, o candidato de
oposição ao atual prefeito defende a implantação do Bilhete Único,
tarifa integrada que possibilitará ao usuário pegar quantos ônibus necessitar
durante um período de tempo.
“Outras capitais brasileiras já
adotam os BRT’s e o Bilhete Único. Nossa administração vai colocar São Luís no
mesmo trilho de desenvolvimento de outras regiões do país”, declarou.
Os moradores dos bairros se
mostraram contagiados com as propostas de Edivaldo. Para Patrícia Serra, que
reside no Cruzeiro do Anil, o Bilhete Único vai facilitar sua vida, diminuindo
o tempo para chegar à faculdade onde estuda. “Não ter de esperar nos Terminais
de Integração já é uma vantagem para quem tem que pegar dois ônibus”, conta.
A
propaganda eleitoral paga na imprensa escrita e a respectiva reprodução na
internet do jornal impresso dos mais de 480 mil candidatos que concorrem no
próximo domingo (7) a prefeito e vereador só pode ser divulgada até esta
sexta-feira (5).
De acordo com a legislação eleitoral, cada candidato pôde divulgar, desde 6 de
julho, quando começou a propaganda, até dez anúncios por veículo, em datas
diversas.
Já a distribuição de material gráfico, a promoção de caminhada, carreata,
passeata ou carro de som divulgando jingles ou mensagens dos candidatos assim
como a o uso de alto-falantes ou amplificadores de som pode se estender até as
22h deste sábado (6).
Apesar da experiencia, Tonico se atrapalhou no debate
Sinceramente, o debate da TV Mirante, que entrou pela
madrugada de hoje, foi improdutivo do ponto de esclarecer aos eleitores o que
realmente os candidatos pretendem fazer, caso se elejam prefeito da capital do
Estado.
O regulamento engessou os debatedores e travou a discussão,
ou melhor, nem chegou a ter confronto entre eles, dado o rigor com que o
atrapalhado mediador, o veterano Tonico Ferreira, conduziu
o programa.
Por três vezes Tonico confundiu o regulamento e jogou prá baixo o debate. Confesso que se tivesse ficado
assistindo na televisão, em casa, teria dormido, pois a certa altura deu sono.
Apesar das atrapalhadas do apresentador e do rigor com
os candidatos, alguns tiveram performance abaixo do que se esperava, como foi o
caso do candidato Washington, criticado até por seus seguidores.
Apresentaram bom desempenho, no entanto, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), Eliziane Gama (PPS) e Haroldo Sabóia, sendo que
o último tentou colocar pimenta no debate, mas encontrava dificuldade devido ao pequeno tempo para formular as perguntas.
O ex-prefeito Tadeu Palácio vestiu-se impecavelmente
para o programa, mas pouco questionou o prefeito João Castelo, limitando a dizer o que fez em sua administração e a fazer novas
promessas.
O debate foi fraco, assim como foi sem brilho a
participação do prefeito, pouco questionado. Nenhum dos candidatos, por exemplo,
teve a preocupação de perguntar a João Castelo porque ele deixou a rede
pública de ensino municipal um semestre inteiro sem aula.
No julgamento do
processo do Mensalão, ontem (04), no Supremo Tribunal Federal, um dado do
voto do ministro Ricardo Lewandoswski, chamou atenção. Ele citou nominalmente o depoimento do candidato a prefeito de São Luís pelo PT, Washington Luís Oliveira, para inocentar José Dirceu no processo em que é acusado de ser o chefe e mentor da quadrilha que comprava apoio no Congresso para o governo do ex-presidente Luís Inácio Lula Silva (PT).
O revisor do Mensalão foi o
único ministro do Supremo a absolver a quadrilheiro José Dirceu. Os ministros Joaquim Barbosa, Rosa Weber e Luiz Fux, votaram pela
condenação do mensaleiro, acusado de comprar parlamentares no Congresso para dá
suporte ao governo do PT, naquilo que o Procurador-geral da república chama de
“maor escândalo de corrupção da historia do Brasil”.
Para absolver José
Dirceu, Lewandoswscki citou expressamente o depoimento do então deputado
federal Washington Oliveira (PT) de que não houve compra de votos. W.O era
suplente do deputado Remi Trinta, que se licenciou em troca de uma secretaria
no governo José Reinaldo, dando lugar para ele.
O Supremo Tribunal
Federal já decidiu que houve a compra de apoio político do PT de deputados no
Congresso.
No entanto, ontem veio à
tona que W.O. prestou depoimento afirmando que José Dirceu, Delúbio Soares e
José Genoino, bancados pelas arcas de Marcos Valério, jamais compraram apoio
político em troca de dinheiro. Pelo visto, W.O. confia muito nos “companheiros”
para afirmar o que afirmou. Mas seu depoimento não foi levado em consideração
pelos ministros que condenaram a quadrilha do Mensalão, cujo destino deverá ser à cadeia.
Algo de muito estranho
acontece na justiça do Maranhão, digna de melhor atenção do CNJ - Conselho Nacional de Justiça . Acerca de duas semanas, o Tribunal de Justiça
do Estado condenou o prefeito do município de Governador Edson Lobão, Lourêncio
de Moraes, a um ano e dois meses de cadeia, e também à perda do cargo de
prefeito.
Lourencio de Moraes foi
acusado de mentir em documento oficial enviado ao Tribunal de Contas do Estado,
afirmando que teria encaminhado à Câmara de Vereadores uma cópia da prestação
de contas do ano de 2009. O Ministério Público provou que o prefeito havia
mentido e não encaminhou os documentos à Câmara. Foi condenado pelo crime de
falsidade ideológica por mentir ao TCE.
No entanto, o mesmo Tribunal de Justiça, ao analisar o caso do prefeito se São
Bento, Luiz Gonzaga Barros, acusado do mesmo crime cometido pelo prefeito
Lourencio de Moraes, de mentir em documento enviado ao TCE, decidiu de forma
totalmente diferente, livrando Barros da cadeia e de perder o cargo de
prefeito.
Luis Barros é aliado
político do deputado Edilásio Junior (PV), e
foi o deputado mais votado em São
Bento nas eleições de 2010, com cerca de cinco mil votos; Edilásio é
genro da desembargadora Nelma Sarney, cunhada do todo poderoso presidente do Senado, José Sarney (PMDB).
Líder em abstenção, capital maranhense tem campanha eleitoral embalada pelo reggae
Cidade tem o maior índice de abstenção de votos entre as capitais
Carlos Madeiro, Fabrício Venâncio, Leandro Moraes e Nolle Marques
Do UOL, em São Luís
Capital
do Maranhão, São Luís possui diversas peculiaridades. Do reggae, que
domina as baladas locais, ao famoso guaraná Jesus, a cidade tem a fama
de "ilha rebelde" e se destaca nacionalmente pelo alto índice de
abstenção nas eleições. Na votação passada, em 2010, o índice foi o
maior entre as capitais brasileiras. Para os ludovicenses, falta crédito
aos políticos locais.
Do UOL, em São Luís (MA)
Aos 400 anos, São Luís é uma cidade histórica que
preserva peculiaridades marcantes, desde a arquitetura dos prédios
históricos passando por seu gosto culinário e o ritmo musical.
Politicamente, além da já conhecida fama de terra dos Sarney, outro fato
marca a cidade: a capital maranhense registra rotineiramente índices de
abstenções maiores que à média nacional.
Os números do TSE
(Tribunal Superior Eleitoral) não deixam dúvida sobre a falta de
interesse de parte significativa do eleitorado. Em 2008, na última
eleição municipal, dos 636 mil eleitores, 115 mil deixaram de votar
(18%). Em 2010, o número ainda foi maior: 163 mil não foram às urnas, o
que representou 24,5% do eleitorado, maior índice entre as capitais
brasileiras.
A abstenção em São Luís é algo que se repete ao longo
dos anos e já virou motivo de preocupação. Segundo o TRE-MA (Tribunal
Regional Eleitoral do Maranhão), campanhas de conscientização, com
panfletos e jingles, foram lançados orientando sobre a importância do
voto e conclamando pela presença dos eleitores no dia 7 de outubro.
O UOL visitou São Luís dentro do projeto UOL pelo Brasil --série de reportagens multimídia que percorre municípios em todos os Estados da federação durante a campanha eleitoral.
Foto 4 de 24 - Casarões do centro histórico de São Luís, no Maranhão Leandro Moraes/UOL
No reggae, rebeldia e descrédito nos políticos
Para entender a alma ludovicense e tentar achar explicações para o desinteresse da população com a votação, o UOL foi a festas de reggae, que são a essência cultural da cidade.
Muitos
são os argumentos usados pelos regueiros --que lotam os bares e
clubes-- para o descrédito nos políticos maranhenses. “Hoje em dia, a
política está sem confiança porque os políticos prometem e não cumprem. E
hoje em dia ninguém é mais burro, e a confiança foi embora”, afirma o
DJ Call Lewis.
Com
a cultura musical forte, o reggae se tornou uma das vozes principais da
população pobre. “O reggae canta reivindicações da periferia, falando
da necessidade do povo. Porque periferia não é só pobreza. Os políticos
precisam ter mais consciência. Na hora da eleição, eles se veem ao lado
para conquistar o voto. Depois esquecem”, diz Márcia Magalhães,
dona-de-casa e frequentadora assídua do bar do Cidinho, um dos
principais pontos de encontro de regueiros da cidade.
Parte da
abstenção também poderia ser explicada pela “rebeldia” da cidade, que é
expressada nas letras e ritmo das canções. “O reggae é praticamente a
alma da cidade. A nossa ilha tem o pseudônimo de ilha rebelde, e acho
que o reggae é o que mais casa com isso, porque a ilha que não se rende.
O povo maranhense qye mora na capital tem uma consciência política que é
muito forte”, conta o pesquisador e produtor cultural Amsterdã Silva
Botelho.
Os políticos sabem que São Luís tem o reggae na alma, e
os jingles de campanha são embalados pelo ritmo. Não é difícil encontrar
um candidato que fez letras ao som do reggae para tentar chegar à
população.
“Todos os candidatos usam o reggae, seja num simples
jingle, para que a mensagem absorvida, ou de forma mais direta. Mas
temos alguns políticos ligados diretos ao reggae. E o regueiro por se
identificar com isso para representar. Desde o vereador ao prefeito”,
completa Botelho.
Oito candidatos, com DEM e PT juntos
A
política em São Luís possui também suas características marcantes. Uma
delas é a influência da família Sarney, que tem a governadora Roseana
(PMDB). A família também controla o maior sistema de comunicação, o
grupo Mirante.
A disputa pela Prefeitura de São Luís envolve oito
candidatos. Em mais uma peculiaridade política, a capital conseguiu unir
os rivais DEM e PT. Os petistas lançaram o nome de Washington Luís.
Você acha que a "rebeldia" do reggae faz com que o eleitor de São Luís deixe de ir às urnas?
A aliança
não se justificaria não fosse pela articulação do PMDB, da família
Sarney, que reuniu na chapa nada menos que 13 partidos. Por conta das
rusgas nacionais, a aliança em São Luís não se repete em outra capital
do Brasil e precisou passar pela aprovação da Executiva Nacional do DEM.
Segundo
o partido, a aliança se justificou pelo fato de a sigla apoiar o
governo de Roseana Sarney (que, antes de ser do PMDB, era filiada ao
PFL, que veio a se transformar no DEM). Em contrapartida, o DEM informou
que recebeu a garantia do apoio do governo estadual em 29 municípios.
Apesar
da grande união dos partidos e do maior tempo eleitoral, o candidato do
governo não emplacou e corre sério risco de ficar fora do segundo
turno. Segundo última pesquisa Ibope, Washington é apenas o terceiro
colocado, com 22% das intenções de voto. O líder é o atual prefeito João Castelo (PSDB), com 29%, contra 26% de Edivaldo Holanda Júnior (PTC).
São Luís e seus apelidos
Com
seu patrimônio histórico reconhecido internacionalmente, São Luís é
marcada pela força cultural. Isso lhe rendeu uma série de apelidos. Ilha
das Lendas, Ilha Rebelde, Atenas Maranhense, Capital do Reggae, Ilha do
Amor são alguns deles. Claro, o Estado do Maranhão também é conhecido
nacionalmente como "terra dos Sarneys”.
A coluna do Sarney
Não
é comum capas de jornais darem espaço para artigos. Ainda mais aos
domingos, dia de venda gorda. Mas o Estado do Maranhão foge à regra e
publica a coluna do Sarney. Dono do sistema Mirante, o senador pelo
Amapá usa o espaço semanalmente para dar o seu recado.
Esgoto nas praias
Desde
abril, todas as praias de São Luís receberam placas indicando que
estariam impróprias para o banho. E não é muito difícil descobrir o
porquê disso, já que é possível ver esgotos sendo jogados diretamente no
mar. O UOL tentou entrar em contato com a Secretaria
de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais para confirmar se a
situação permanece a mesma, mas não conseguiu localizar ninguém para
comentar.
Cidade: São Luís
Estado: Maranhão
População: 1.014.837 (2010)
PIB per capita: R$ 15.381,99 (2009)
Área (em km²): 834,780
Número de eleitores: 678.070 (2012)
Data de fundação: 8 de setembro de 1612.
O
Ministério Público do Maranhão, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de
João Lisboa, requereu, e a Justiça deferiu, o pedido de execução de
sentença, já transitada em julgado, contra o ex-prefeito de João Lisboa,
Francisco Alves de Holanda, condenado a pagar multa no valor de R$ 1
milhão e 388 mil, por ato de improbidade administrativa, verificado em
processo de dispensa indevida de licitação.
Na
mesma sentença, foram condenados o ex-secretário de Saúde de João
Lisboa, Deocleciano Aires Carvalho, e os empresários Pedro Romero de
Lira Danda e Hélio Alves de Bezerra. Ao ex-secretário foi imputada a
multa no valor de R$ 1.197.241,17. Aos empresários foi fixado, para
cada um, o valor de R$ 1.128.175,86
Os
condenados ainda terão que pagar a quantia de R$ 564.087,93, a ser
dividida em partes iguais para todos, a título de ressarcimento integral
do dano sofrido pelo patrimônio público.
Além
disso, os quatro executados tiveram seus direitos políticos suspensos
por oito anos, a contar do trânsito em julgado da sentença condenatória,
ou seja, a partir do dia 15 de dezembro de 2011.
HISTÓRICO DO CASO
Em
2001, logo depois de tomar posse na prefeitura de João Lisboa,
Francisco Alves de Holanda, alugou o prédio do Hospital Bom Jesus, de
propriedade dos empresários Pedro Romero de Lira Danda e Hélio Alves de
Bezerra, pelo valor de R$ 10 mil mensais, com dispensa indevida de
licitação.
Já
o secretário de Saúde à época, Deocleciano Carvalho, participou da
operação ao assinar atestado informando que na cidade não existia prédio
adequado para receber o hospital municipal, embora funcionasse o
Hospital Dom Bosco, locado pela administração anterior. O documento
serviu para amparar a dispensa do procedimento licitatório.
CERTIDÕES
No
pedido de execução da sentença, o promotor de justiça Tarcísio Bonfim,
titular da 1ª Promotoria de João Lisboa, requereu que fosse expedida
certidão para a Justiça Eleitoral, comunicando sobre a suspensão dos
direitos políticos dos executados.
Também
foi requerida a emissão de certidão para os Governos Federal e
Estadual, Tribunais de Contas do Pará e Tocantins, bem como para as
Juntas Comerciais desses estados, e para as Receitas Federal e
Estadual, cientificando que os executados estão proibidos de contratar
com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo período de cinco anos a
contar do trânsito em julgado da sentença.
A Justiça Eleitoral deveria
fiscalizar os critérios que os mais variados institutos de pesquisas vêm
realizando, principalmente no interior do Estado, onde são gritantes a
diferença de números de uma empresa para a outra.
Lembro que alguns anos atrás
existiam no Maranhão apenas os Institutos Econométrica, Escutec e Visão, mas
nas últimas eleições apareceram institutos para todos os gostos. Basta acionar,
pagar entre R$ 3.000,00 e R$ 5.000,00 que o candidato tem em mãos tudo que
precisa: favoritismo.
Vou citar com exemplo apenas o
caso de Barreinhas. Lá, a Escutec fez
duas pesquisas. Na primeira Albérico Filho pareceu com 50% e o adversário Leo
Costa 39%. Hoje (04), o mesmo Escute publica pesquisa no jornal o Estado do
Maranhão apresentando Albérico com 51% e Costa com 38,7%.
No Jornal Pequeno, no entanto, outro
“instituto” chamado Perfil publica resultado completamente divergente do
Escutec. Segundo Perfil, se a eleição fosse hoje Leo Costa teria 51,1% e
Albérico 41,7%. Quem está falando a verdade? Cadê o respeito com o eleitor do
município? Acho que tá na hora do TRE tomar uma providência.
Em São Luís, então, é uma festa.
Os “institutos” apresentam os números ao gosto de quem contrata. O pior é que
esses resultados suspeitos são registrados no TRE, sem que o órgão exerça qualquer
tipo de fiscalização. Bastou protocolar e aguardar cinco dias que a pesquisa
está pronta para ser publicada.
Se por um lado, as empresas que
trabalham com estatística agradam os clientes que as contratam, por outro confunde
a cabeça do eleitor. A final quem está na frente na corrida pela prefeitura de
São Luís? A Constat, empresa que trabalha para a TV Guará, que apoia João
Castelo, diz que é o prefeito. Já o “Data M” garante que é Edivaldo quem está
na frente e o Ibope aponta empate técnico.
No interior do Estado, onde a mão
da Justiça nunca alcança, normalmente aparece em primeiro lugar quem contrata a
sondagem. O pior é que estes números, verdadeiros ou não, são transformados em
panfletos e espelhados aos milhares nos municípios com a única intenção de confundir
o eleitor que prefere votar no candidato que vai ganhar, uma prática criminosa,
mas que está sendo tolerada pela Justiça Eleitoral.
O eleitor consciente, porém, não
se deixa enganar e sabe que a verdadeira pesquisa acontecerá no próximo domingo
(07) quando iremos às urnas votar livremente naquele que considerarmos melhor
para renovar e fazer as mudanças que a cidade precisa.