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Deputado federal Simplício Araújo |
Por unanimidade, representantes do
diretório estadual do PPS, reunidos nesta manhã de sábado (15) decidiram autoconvocar
um encontro do diretório para o dia 27 próximo, a fim de decidir sobre a recomposição dos cargos de
presidente e secretário de organização, que estão vagos desde a renúncia de
Paulo Mato e da desfiliação de Miosótis Lúcio, e eleição de dois suplentes da executiva.
O deputado federal Simplício
Araújo e o deputado estadual Othelino Neto esclareceram que o estatuto do
partido tem que ser respeitado na questão da vacância dos cargos, pois a vice
Eliziane Gama assumiu apenas provisoriamente, até que haja nova eleição interna
para recompor os cargos.
Os dois parlamentares e o
ex-presidente da legenda, Altemar Lima, enfatizaram que o movimento pela
recomposição da executiva nada tem a ver com divergências com a deputada
Eliziane terceira via. Eles destacaram que a parlamentar, se quiser permanecer
na presidencia, deve apresentar seu nome e disputar no diretório.
A deputada, que está no comando
da sigla desde a renúncia de Paulo Mato e não quer se submeter ao diretório,
foi duramente criticada pela postura autoritária, principalmente pelos ex-candidatos à eleição proporcional, que a
responsabilizam diretamente pelo fracasso da legenda da eleição proporcional.
O presidente do diretório municipal, vereador
Vieira Lima, lamentou que os problemas municipais tenham sido levados pela deputada
para serem solucionados pelo presidente nacional do partido, deputado Roberto
Freire, em Brasília, e imposto sua vontade de cima para baixo.
“Por conta deste pacote pronto
que veio de Brasília foi que eu e Batista Matos ficamos foram da Câmara, mesmo
tendo recebido mais de 4 mil votos cada um. Nosso caminho natural seria
aliança, mas tivemos que sair sozinhos por conta da intolerância e da vaidade pessoal
da deputada, que mesmo sabendo que o partido teria prejuízo, ainda insistiu com
o presidente Roberto Freire e se apresentou como candidata”, protestou o
vereador não reeleito Vieira Lima.
Todos os oradores foram unânimes
em condenar a postura da presidente interina de tentar, na última hora, cancelar
a reunião convocada pela executiva. “Ela não tem poderes para isso, nenhum de
nós da executiva tem poder para isso. A reunião do diretório foi convocada pela
executiva. Se for para todas as decisões serem tomadas por Brasília, eu
pergunto: nós estamos fazendo aqui o que?”, questionou Simplício.
Um dos oradores, ex-candidato a
vereador, diante da proposta da parlamentar do PPS apoiar uma terceira via na
sucessão estadual, foi direto na ferida: “Essa história de terceira defendida
por Eliziane, na pratica, é projeto de quem quer favorecer a oligarquia Sarney”,
detonou.