Do UOL
A
ex-senadora Marina Silva disse na noite de quinta-feira (3) que o
"plano A" saiu vitorioso, apesar da rejeição do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) à criação da
Rede, partido pelo qual pretendia disputar as eleições de 2014.
"Se não temos o registro legal, temos registro moral perante a sociedade
brasileira." A política vinha dizendo que a criação da Rede era seu
"plano A", mas não confirmou se irá se filiar a outra legenda para
concorrer ao Planalto no ano que vem.
"Eu
não posso estar decepcionada se o que há de mais importante nós obtivemos hoje
nessa corte, [que é] a declaração de todos os ministros deste tribunal de que
nós temos os requisitos mais importantes para ser um partido político. Disseram
que temos um programa, que temos representação social e que temos ética. O
registro é só uma questão de tempo", afirmou Marina. "O plano A já é
vitorioso."
Por seis
votos a um, os ministros do TSE decidiram rejeitar o pedido de registro da
Rede. Votaram contra a criação da legenda a ministra Laurita Vaz, relatora do
caso, que foi seguida pelos ministros João Otávio de Noronha, Henrique Neves,
Luciana Lóssio, Marco Aurélio Mello e Cármen Lúcia. O ministro Gilmar Mendes
foi o único a divergir e votou a favor.
Marina
afirmou ainda que dará uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (4), em
Brasília, para anunciar seus próximos passos. "Eu tenho um plano A e
continuo no plano A, agora vou discutir com os meus companheiros. Porque o
plano A é a Rede Sustentabilidade e ela continua como um plano politico",
disse.
Com a
decisão do TSE, Marina Silva precisa decidir se aceita migrar para outro
partido (o chamado "plano B") para ser candidata à Presidência em
2014. Ela é a segunda colocada em todas as pesquisas de intenção de voto.
Na última
pesquisa Ibope, divulgada há uma semana, a
presidente Dilma Rousseff (PT) tinha 38% das intenções de voto na corrida
presidencial, e Marina Silva aparecia em segundo lugar, com 16% das intenções.
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