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Doleiro Alberto Youssef e suas relações perigosas com o governo Roseana |
O deputado federal Simplício
Araújo (Solidariedade) e os estaduais Marcelo Tavares (PSB), Othelino
Neto (PSB) e Bira Pindaré (PSB) consideram muito grave a denúncia feita pela
revista Época desta semana que apontou o envolvimento do doleiro Alberto
Youssef (foto) em pagamento de dívidas do governo do Maranhão. Segundo adiantou
Tavares, em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa, “a oposição vai se
reunir, vai buscar melhores informações e vai adotar uma linha de investigação
para que mais essa falta de vergonha com os interesses do Maranhão não fique
impune”.
Os quatro parlamentares, na Câmara Federal e no Poder Legislativo do
Maranhão, repercutiram o fato da Polícia Federal ter descoberto, na Operação
Lava Jato, que o doleiro aparece em meio a conversas telefônicas tratando da
negociação do pagamento de precatórios do governo do Maranhão à empresa
Constran. A dívida, que supera R$ 110 milhões, refere-se a serviços de
terraplanagem e pavimentação da BR-230 contratados na metade da década de 1980.
Simplício Araújo lamenta que mais uma vez o Maranhão esteja envolvido em
escândalos. “A revista traz uma denúncia, da maior gravidade, apontando que o
doleiro estava no Maranhão negociando precatórios com o governo do estado e
auferindo lucros por meio destas negociações. Lamentavelmente isso demonstra
que o grupo Sarney não está raspando o fundo do tacho. Está querendo levar o
tacho e deixar o estado quebrado”, apontou.
No início das investigações que culminaram na Operação Lava Jato,
deflagrada há um mês, a PF imaginava que o doleiro estaria envolvido apenas com
lavagem de dinheiro e evasão de divisas, práticas pelas quais já havia sido
acusado. À medida que a investigação avançava, a PF descobriu a atuação do
doleiro em outras frentes de negócios. Uma delas surpreendeu os agentes federais:
Youssef aparece em meio a conversas telefônicas tratando da negociação do
pagamento de precatórios (dívidas antigas) do governo do Maranhão à empresa
Constran.
Marcelo Tavares, afirmou que o doleiro estava aqui negociando o acordo de
uma empreiteira com o Governo do Estado, acordo esse que lesa o Maranhão em
mais de cem milhões de reais, conforme denunciou a Revista Época, apresentando
como prova e-mail trocados entre o doleiro e a empresa beneficiária da
transação. Segundo Tavares “nós precisamos apurar mais esta imoralidade feita
com o dinheiro público no Maranhão. O governo de Roseana Sarney acertou um
acordo com esta CONSTRAN de mais de cem milhões de reais para o próximo
governador pagar”, denunciou.
“Basta!
Fazer um acordo judicial, até é legal, agora, fazer acordo judicial
intermediado por doleiro preso pela Polícia Federal só o governo do Maranhão. Qual
seria essa conta que ele ia depositar o dinheiro lá no exterior? Se a Polícia
Federal quiser investigar, vai descobrir. Vai demorar um pouco para saber com
quem falava aqui no Maranhão, porque pelo noticiário nacional só telefone celular
ele tinha 21, mas eles vão chegar. Se quiserem apurar vão achar quem era esse
prodigioso membro do governo no Maranhão que tratou com Alberto Yousseff o
acordo com a construtora Constran, mais de cem milhões de reais.
Para o deputado Bira do Pindaré,
o governo do Maranhão deve esclarecimento e diz que o povo do Maranhão não pode
mais ficar alheio ao que acontece com o dinheiro público, envolvendo situações
como essa, escandalosas e que repercutem no Brasil. “E certamente vai acabar na
CPI lá no Senado, porque as coisas estão relacionadas umas com as outras. Então
não duvido muito que esta CPI tenha que fazer uma itinerância no Maranhão. Uma
itinerância para analisar o percurso desses operadores aqui. Então é muito
importante que a gente atente para os acontecimentos na forma que se dão”,
observou Pindaré.
Outro
lado – Embora os líderes do governo estivessem presentes em
plenário, nenhum deles contestou a denúncia da Revista Época e muito menos
defendeu o governo da acusação de envolvimento com o doleiro preso na Operação
Lava Jato da Polícia Federal.
César Pires (DEM), Roberto Costa
(PMDB), Edilázio Júnior (PV), Jota Pinto (PEN) até que usaram a tribuna, mas se
limitaram a repercutir a festa em que o senador Edinho Lobão (PMDB) foi
apresentado como candidato do grupo Sarney à sucessão de Roseana. Simplesmente
igonararam as acusações contra o governo.
1 comentários :
Falando nisso KD o Secretário de Saúde? que ninguém ver nos últimos movimentos da gangue.
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