O deputado
federal Domingos Dutra deu entrada, na Câmara Federal, em requerimento que solicita à Comissão de
Fiscalização Financeira e Controle uma diligência externa no Polo de confecções
de Rosário, no Maranhão, para verificar os cemitérios de obras inacabadas e dos
distritos de irrigação nos municípios de Palmeirândia, Magalhães de Almeida e
São Mateus.
Em 1994, Roseana Sarney, Governadora do
Estado do Maranhão, inaugurou o Polo de Confecção prometendo criar 10 mil
empregos diretos e exportar roupas para todo o mundo.
Após 20 anos, R$ 300 milhões foram
desviados do Banco do Nordeste, 3.600 famílias estão endividadas e o local
aonde seria o polo de confecção se transformou em um cemitério composto por
prédios deteriorados no meio do mato, onde centenas de máquinas estão
apodrecendo em galpões e nenhum metro de roupa foi produzido. Mesmo com todos
os indícios de corrupção, não se tem notícias de nenhuma punição aos
responsáveis.
“Apesar de o Maranhão segurar sempre
como o Estado mais pobre do Brasil, verificamos a existência de verdadeiros
cemitérios de obras inacabadas que consumiram milhões de reais que deveriam ter
sido aplicados corretamente para gerar renda e emprego para nossa gente. Este é
um dos motivos da pobreza extrema da maioria dos maranhenses e da riqueza
abundante de uma minoria que há 48 anos desgoverna o Maranhão”, explanou o
deputado.
O deputado pede a fiscalização também
em três perímetros de irrigação existentes no Estado com quase 20 mil hectares,
que apesar do investimento de milhões de reais, se transformaram também em
cemitérios de equipamentos e obras deterioradas.
O primeiro é o Distrito de Irrigação da
Baixada Ocidental Maranhense (DIBOM), no município de Palmeirândia, totalmente
destruído, com maquinários abandonados e com os canais de irrigação
deteriorados. O segundo é o Distrito de Irrigação Hidroagrícola São Bernardo,
no município de Magalhães de Almeida, também abandonado.
O terceiro é o Projeto Salagô, em São
Mateus, onde o derrame de dinheiro público foi escandaloso, expresso em mais de
R$ 66 milhões.
Domingos Dutra espera que sejam tomadas
providências capazes de recuperar os projetos, dimensionar os danos causados ao
erário público e identificar os responsáveis.
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