'

25 de set. de 2014

Editorial – Jornal Pequeno

Sendo esta, hoje, uma impossibilidade científica e matemática, mesmo que viesse o grupo Sarney, por força da fraude, do abuso de poder econômico ou outra mistificação qualquer, a vencer esta eleição, estão conscientes de que o Maranhão não lhes pertence mais. Aliás, o Maranhão nem sequer mais é sua terra de origem e nascimento. Nunca mais haverá clima para que governem esta terra.

As tropas federais estão chegando para garantir que as eleições aconteçam sem crimes e sem bandidos soltos nas ruas; a Procuradoria Geral da República assumiu a responsabilidade da investigação de um vídeo criminoso produzido sob custódia do “Bonde dos 40”; a Secretaria da Segurança Pública desconhece o vídeo criminoso dos criminosos, a Associação dos Magistrados, que reúne juízes de todo o Maranhão, dispara sua indignação contra “a divulgação de calúnias, notícias inverídicas e vídeos que patrocinam o terror eleitoral no Estado”.

A Ordem dos Advogados do Brasil, em níveis nacional e local, prepara-se para fiscalizar as eleições e as organizações da sociedade civil, apavoradas, constrangidas e humilhadas, lamentam a corrupção, a ingerência administrativa e a violência que rondam o Estado e ameaçam a democracia.

É correto pensar que o poder civil estiolou-se no Maranhão, e nem a tentativa de implantar aqui um estado policial nos últimos dias que antecedem o 5 de outubro jamais daria certo, porque as polícias também não gostam deles.  

Nós assistimos ao horror das cabeças decepadas, às crianças queimando em praça pública, aos ônibus e carros particulares incinerando e ao espetáculo triste de um povo aterrorizado com medo de sair de casa e de voltar para casa também.

A cidade de São Luís sobrevive conflagrada por um poder político sem qualquer aliança com o povo, apenas com a vontade de ser poder. Por último, descobrimos que os assassinos mais violentos tiravam férias remuneradas para “passear” (leia-se roubar e matar) ao lado dos cidadãos de bem.

Ao extremo de todas as insanidades, tentam, agora, usar a sanha assassina do mais vil rebotalho das sociedades humanas para reverter uma realidade eleitoral. E não se envergonham disso. Os cofres cheios, os bilhões sumidos, o patrimônio do povo enterrado em paraísos fiscais não lhes satisfazem mais a ganância. Querem se vingar do povo. Querem que o povo sofra pela máxima culpa de exigir a alternância de poder natural em todos os espaços sociais do mundo.

Mas não teriam mais com quem governar. Porque estão agredindo a própria História e o povo maranhense, no mais singular espetáculo de civismo, está conseguindo sobreviver, com determinação e coragem, a toda essa tirania e humilhação.

 

 

 

0 comentários :

Design de NewWpThemes