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18 de abr. de 2011

     O plenário da Assembleia Legislativa, ao que tudo indica, vai se transformar amanhã num verdadeiro caldeirão com a votação do requerimento subscrito pelos deputados Marcelo Tavares (PSB) Eliziane Gama (PPS), Rubens Júnior (PCdoB), Valéria Macedo (PDT), Bira do Pindaré (PT), Luciano Leitoa (PSB) e Carlinhos Amorim (PDT) convocando a Secretária de Educação, Olga Simão, para prestar esclarecimentos sobre a greve dos professores da Rede Estadual de Ensino, que já dura mais de cinqüenta dias.
    Enquanto a oposição afina os questionamentos à secretária, a bancada governista prepara a tropa de choque para tentar mais uma vez barrar a convocação de Olga Simão. Manoel Ribeiro (PTB), Roberto Costa (PMDB) e Stênio Resende (PMDB), estão prontos para comandar a bancada majoritária a votar contra a convocação. Temem que a falta de experiência e conhecimento da auxiliar com a pasta, possa expor ainda mais o governo.
     Os professores, conforme seus interlocutores na Assembleia, já abriram mão da reivindicação salarial que vinham propondo, desejam apenas que a governadora cumpra a determinação do Supremo Tribunal Federal e pague o piso que está sendo estipulado para a categoria. Já o governo, além de não receber os professores, não autoriza seus representantes no parlamento a informar se pagará o piso nacional ou não.
     Os dirigentes do movimento grevista, diante da falta de diálogo, resolveram fazer o enterro simbólico da governadora Roseana Sarney, semana passada, em frente ao Palácio dos Leões, como forma de protesto para chamar a atenção da sociedade às suas reivindicações e mostrar a falta de interesse do governo em resolver o impasse que envolve cerca de 500 mil alunos.
     Com uma bancada fraca de oradores, onde a grande maioria chegou ao plenário pelas mãos de algum chefe político sem grandes compromissos com o Estado, os parlamentares da base de apoio ao governo se comportam em plenário como se fossem calangos. Batem cabeça  e votam tudo sem o menor questionamento, desde que a ordem venha do Palácio dos Leões.
     A oposição, apesar da adversidade, não desiste de saber da secretária o que realmente está ocorrendo com a greve dos professores e qual o motivo para a constante recusa em negociar com os grevistas.
     É nesse clima de beligerância que governo e oposição se preparam para o confronto final em torno da convocação de Olga Simão, a ex-secretária particular de Roseana que, de uma hora prá outra, tornou-se secretária de Educação sem nunca ter passado por experiência educacional antes de ser guindada ao cargo. Pior: não conhece sequer o Estado e muito menos os problemas da rede estadual de ensino.   

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