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11 de jun. de 2011

João Castelo não inspira confiança da oposição
A quebra de confiança na palavra do pefeito João Castelo (PSDB), provocada pelos acordos não cumpridos e pelo cruzamento de braços na sucessão estadual de 2010, quando abandonou o ex-governador Jackson Lago à própria sorte após ter sido eleito com a ajuda da estrutura movimentada pelo poder estadual em 2008, é o principal obstáculo para a composição da grande frente de oposição que está sendo articulada por um grupo de políticos.
Após a publicação do post a baixo recebi vários telefonemas concordando e defendendo a composição da frente de oposição ao grupo Sarney na sucessão municipal como preparativo para a grande aliança em 2014, mas quase todos manifestaram receio em firmar acordo com o prefeito João Castelo, visto que ele não cumpre compromissos.
Citaram como exemplo o esforço que Jackson fez para elegê-lo prefeito após sucessivas derrotas e a recompensa que recebeu do “aliado” na sucessão de 2010 quando mobilizou toda a estrutura da prefeitura para eleger a filha Gardênia deputada estadual, não permitindo sequer que as centenas de carros de som espelhados pelo Estado falassem o nome do candidato pedetista.
E não param por ai as reclamações contra a falta de compromisso de Castelo. Recentemente mereceu críticas pesadas de setores do PDT por tentar responsabilizar administrações passadas pelo caos em que se transformou a cidade sem ter o cuidado de perceber que todos os antecessores dele foram eleitos pelo partido.
A falta do cumprimento da palavra empenhada do prefeito é reclamada principalmente  pelos políticos que foram cooptados recentemente, como é o caso do ex-deputado Edivaldo Holanda (PTC). O ex-líder do governo Jackson assumiu na condição de suplente e está mudo no plenário da Assembleia por conta das promessas não cumpridas de Castelo.
De um modo geral, todos concordam que a oposição deva está unida em 2012 para em 2014 enfrentar o grupo inimigo do povo maranhense, mas não confiam na palavra do prefeito. Um importante político da oposição, por exemplo, me disse que torce pela união, mas que Castelo não merece a menor confiança pelo histórico de traição. “Ele não cumpre acordo”, reclamou.     

10 de jun. de 2011


Zé Reinaldo defende a unidade 
A oposição ao grupo que está no poder estadual começa se articular visando à sucessão municipal como forma de preparar o terreno para uma grande aliança nas eleições de 2014.
Castelo pode ser beneficiado

Os principais líderes da articulação começam a dar os primeiros passos no sentido de aparar as arestas e por fim as divergências que levaram ao racha em 2010.

Para os articuladores da frente, o ideal seria que todos apoiassem a reeleição do prefeito João Castelo para garantir a prefeitura de São Luís, com o compromisso de apoio recíproco à Flávio Dino em 2014.

O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), em conversa com os líderes do movimento pela reestruturação da frente que derrotou o grupo Sarney em 2006, defendeu a unidade do grupo e se comprometeu lutar por ela.

 Ainda não existe uma posição definitiva sobre o assunto, está em fase embrionária, por tratar-se de um questão delicada, que envolve feridas mal cicatrizadas,  vaidades e temor de alguns de que os acordos de agora sejam ignorados mais na frente, a exemplo do que ocorreu em 2010 quando o prefeito cruzou os braços e ainda liberou sua bancada de  vereadores para votar na representante da oligarquia.


A violência contra trabalhadores rurais maranhenses que lutam pela posse da terra e pela preservação do meio ambiente começa chamar a atenção da chanada granda imprensa nacional. Hoje, o jornal Folha de São Paulo publica matéria sobre a grevre de fome iniciada por padres e representantes quilombolas para chamar a atenção do governo federal para o recrudenciamento do crime de pistolagem no interior do Estado.
DE SÃO PAULO - Dois padres da CPT (Comissão Pastoral da Terra) no Maranhão e 17 quilombolas entraram em greve de fome ontem. O protesto é uma forma de pressionar pela presença da ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) para tratar sobre a questão da violência contra líderes quilombolas no Estado.
 

Desde a sexta-feira passada, cerca de 40 comunidades de remanescente de quilombo do Maranhão ocupam a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em São Luís.
 

"Estamos há dois dias tentando falar com a ministra e não conseguimos", disse o padre Inaldo Serejo, coordenador da CPT no Estado. O outro padre que aderiu ao protesto é Clemir Batista da Silva.
 

Segundo a CPT, a lista de quilombolas ameaçados de morte no Maranhão aumentou de 52 para 59 nesta semana. A entidade diz que "pelo menos duas lideranças quilombolas no Estado sofreram tentativas de assassinato".
 

O padre Serejo ressalta ainda que as últimas reuniões realizadas com representantes do Incra não avançaram. "A presidente Dilma deveria dar uma ordem à ministra para vir discutir a questão da segurança aqui, que piora a cada dia."
 

Ainda de acordo com Serejo, a greve de fome não tem data para acabar. "Vamos avaliar a situação de cada um, mas não vamos parar enquanto não conseguirmos conversar com a ministra."
 

A assessoria de imprensa da Secretaria de Direitos Humanos informou que há uma equipe em Brasília cuidando do caso. Disse, ainda, que a ministra já sabe do protesto, continuará tratando a situação com prioridade e, se for preciso, irá até o Maranhão.

9 de jun. de 2011

O deputado Stênio Resende, um dos vice-líderes do governo, desautorizou um radialista contratado para ser porta-voz da bancada, a falar em seu nome sobre a votação do projeto que quebra o monopólio do Banco do Brasil nos empréstimos aos servidores públicos do Estado.
Segundo o “furão” a proposta do deputado Rubens Júnior seria rejeitada pela maioria que segue orientação do Palácio dos Leões e que o monopólio seria obra do ex-governador Jackson Lago.
Stênio fez questão de esclarecer nunca ter dito que o monopólio do Banco do Brasil nos empréstimos consignados teria sido obra do ex-governador, como andou afirmando o radialista no programa ponto final da Rádio Mirante.
Disse ainda que, ao contrário do que foi anunciado pelo porta-voz, o Projeto de Resolução é visto com muita simpatia e que não existe nenhuma predisposição em rejeitar a matéria.
O deputado Rubens Júnior esclarece que o ex-governador Jackson Lago, cumprindo o que determina a lei, retirou a conta do Estado do Maranhão do Bradesco e transferiu para uma instituição oficial, no caso o Banco do Brasil.
A questão do monopólio nos empréstimos aos servidores públicos, conforme Júnior, é fruto de acerto do BB com a governadora Roseana Sarney, nada tem a ver com a administração do antecessor
Ricardo Murad levou a Saúde  ao caos
A saúde do Maranhão, apesar da farta propaganda do governo, vai de mal a pior. O site do SUS (Sistema Único de Saúde) publica hoje que a classe política do Piauí está pedindo socorro ao Ministério da Saúde para compensar os gastos com pacientes do Maranhão. Abaixo segue a íntegra da matéria que está disponível WWW.blogdosus.com.br
O prefeito de Teresina, Elmano Férrer (PTB), o senador João Vicente Claudino (PTB) e o presidente da FMS (Fundação Municipal de Saúde), Pedro Laurentino, se reuniram na terça-feira, dia 7, às 17h, em Brasília, com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para tratar da crise no HUT (Hospital de Urgência de Teresina).

João Vicente Claudino foi pedir que Alexandre Padilha  libere mais recursos do Governo Federal para compensar os gastos com atendimento dos pacientes do Estado do Maranhão até que seja implementado o cartão SUS (Sistema Único de Saúde). “O cartão SUS é a única saída para se resolver o problema da saúde no Piauí. Pela referência médica que é o Piauí e Teresina, nós atendemos muitos pacientes de outros Estados. Quando estiver implementado o cartão SUS, o paciente de qualquer lugar é registrado no Piauí e vai ter uma Câmara de Compensação para que o Estado em que é registrado mande o recurso para o Estado em que ele se utilizou da medicina”, declarou.

Claudino disse que até que o cartão SUS seja implementado, o HUT terá que ter medidas emergenciais e compensatórias. A FMS enviou ao ministro Alexandre Padilha um relatório apontando os problemas, como o gasto de R$ 20 milhões no ano passado com pacientes do Maranhão. O Ministério da Saúde deve repor esses recursos para o HUT até a compensação pelo cartão SUS.

Resta saber se a compensação , caso aconteça, cobrirá o acordo feito pelos Secretários Municipais de Saúde do Maranhão, com a FMS de Teresina e a CGU. 

O deputado Marcelo Tavares pediu nesta manhã respeito da secretaria de Comunicação da Casa com a oposição.

Segundo o deputado, a TV Assembleia estaria boicotando os discursos com críticas ao governo, como ocorreu na última quarta-feira.

Marcelo denunciou que retiraram o audio do seu discursos do ar no momento que apresentava o relatório da ANAC confirmando o uso indevido das aeronaves contratadas pela secretaria de Saúde para transportar enfermos do SUS, mas que só transportaram políticos durante a campanha eleitoral de 2010.

Tavares cobrou providências da Mesa Diretora no sentido de por fim ao que ele considera uma falta de respeito com os deputados.

"Já não temos a mídia para levar nosso discursos até ao conhecimento da população e ainda somos boicitados pela TV Assembleia?", questionou.
A bancada do governo está sendo orientada pelo Palácio dos Leões a rejeitar o Projeto de Resolução do deputado Rubens Júnior (PCdoB) que acaba com o monopólio do Banco do Brasil nos empréstimos consignados aos servidores públicos do Estado.

O líder da bancada oposicionista, deputado Marcelo Tavares (PSB) acusa a governadora de ter quebrado as finanças do Estado para se reeleger e ter recorrido ao Banco do Brasil para pagar os salários dos servidores no final de 2010. Agora estaria retribuindo o benefício mantendo o monopólio.  

Como a emissora da família da governadora já anunciou que o projeto não será nem votado porque ela não quer, Marcelo Tavares está recomendando que a Assembleia Legislativa seja transferida para o auditório da Rádio Mirante.


O presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, Jamil Gedeon, participa nesta quinta-feira (9), às 11h, em Cururupu, de ato público em apoio à juíza daquela comarca, Lúcia de Fátima Quadros, que vem sofrendo ameaças em face de decisões judiciais que contrariaram interesses políticos na região.
De acordo com a juíza – que já pediu inclusive garantias de vida, extensivas aos seus familiares – a situação na comarca é crítica, vez que, além de telefonemas anônimos recebidos em sua residência, as ameaças e intimidações já atingem também a sua família. Não bastassem as ameaças, a juíza disse que enfrenta, no momento, uma campanha difamatória contra sua imagem profissional.
“Nada disso vai abalar minha determinação de continuar trabalhando com seriedade e independência, cumprindo o meu dever de magistrada”, declarou Lúcia Quadros.
Vários juízes já confirmaram presença no evento – uma iniciativa conjunta do TJMA e da Associação dos Magistrados do Maranhão. Segundo informações da AMMA, diversas representações contra a magistrada foram protocoladas na Corregedoria Geral da Justiça – todas por iniciativa de partes contrariadas com as decisões proferidas pela juíza.
O presidente Jamil Gedeon afirmou que o Tribunal de Justiça continuará dando todo o apoio à juíza e a qualquer outro magistrado ameaçado. "O Poder Judiciário não se curvará ou cederá às inconcebíveis tentativas de intimidação à juíza no cumprimento da sua missão constitucional de exercer a magistratura com liberdade e independência”, assinalou.
Assessoria de Comunicação do TJMA



Ex-ativista deixa, em carro, penitenciária em Brasília, no início da madrugada desta quinta

O governo italiano lamentou nesta quinta-feira a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de negar a extradição do ex-ativista Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos, e anunciou que levará o caso à Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia, na Holanda.
Battisti, de 55 anos, foi membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), braço das Brigadas Vermelhas, grupo armado mais ativo durante a onda de violência política que atingiu a Itália quatro décadas atrás.
O presidente do governo italiano, Silvio Berlusconi, assinalou em comunicado que a decisão "não leva em conta as legítimas expectativas de justiça do povo italiano e, em particular, dos familiares das vítimas". "A Itália, respeitando a vontade do Supremo Tribunal Federal, continuará sua ação e ativará as oportunas instâncias jurídicas para garantir o respeito dos acordos internacionais que unem os dois países, unidos por relações históricas de amizade e solidariedade", ressaltou.
O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, também manifestou em comunicado sua "profunda tristeza" com a sentença e assinalou que "essa decisão ofende o direito de justiça para as vítimas dos crimes de Battisti e é contrária às obrigações aprovadas nos acordos internacionais que unem os dois países".
Frattini destacou que a Itália "ativará imediatamente" todos os mecanismos de tutela jurisdicional perante as instituições multilaterais, "especialmente perante a Corte Internacional de Haia, para conseguir a revisão de uma decisão que não se considera coerente com os princípios gerais do direito e com as obrigações previstas no direito internacional".
Após conhecer a notícia, a ministra para a Juventude da Itália, Giorgia Meloni, disse que a sentença do STF representa um "golpe" nas instituições italianas e a "enésima humilhação" às famílias das vítimas. A deputada Alessandra Mussolini, do partido governista Povo da Liberdade (PdL) - legenda de Berlusconi - afirmou que a "ofensa" sofrida pela Itália "é demais grande" e deve-se "fazer pagar, se necessário também em termos diplomáticos, esta infâmia". "O respeito da Itália se defende não com o florete, mas com a espada", afirmou a política, neta do ditador Benito Mussolini.
Caso Battisti
Ex-integrante da organização de extrema-esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), Cesare Battisti foi condenado pela Justiça italiana à prisão perpétua por quatro assassinatos, ocorridos no final da década de 1970. O italiano nega as acusações. Depois de preso, Battisti, considerado um terrorista pelo governo da Itália, fugiu e se refugiou na América Latina e na França, onde viveu exilado por mais de 10 anos, sob proteção de uma decisão do governo de François Miterrand. Quando o benefício foi cassado pelo então presidente Jacques Chirac, que determinou a extradição de Battisti à Itália, o ex-ativista fugiu para o Brasil em 2004. Encontrado, ele estava preso no País desde 2007.
O então ministro da Justiça, Tarso Genro, sob o argumento de "fundado temor de perseguição", garantiu ao italiano o status de refugiado político, o que em tese poderia barrar o processo de extradição que o governo da Itália havia encaminhado à Suprema Corte brasileira. Ainda assim, o caso foi a julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) no final de 2009, quando os magistrados decidiram que o italiano deveria ser enviado a seu país de origem, mas teria de cumprir pena máxima de 30 anos de reclusão, e não prisão perpétua como definido pelo governo da Itália. Na mesma decisão, no entanto, os ministros definiram que cabe ao presidente da República a decisão final de extraditar ou confirmar o refúgio a Battisti.
No dia 31 de dezembro de 2010, último dia de seu governo, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu não extraditar Battisti à Itália, com base em parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) que levantava suspeitas de que a ida do ex-ativista a seu país de origem poderia colocar em risco a sua vida. Segundo o documento, a repercussão do caso e o clamor popular tornariam o futuro de Battisti "incerto e de muita dificuldade" na Itália.
Três dias depois da decisão de Lula, a defesa de Battisti entrou com um pedido de soltura no STF, mas o governo italiano pediu ao Supremo o indeferimento da petição, alegando "absoluta falta de apoio legal". Na ocasião, o presidente do STF, Cezar Peluso, negou a soltura imediata e determinou que os autos fossem encaminhados ao relator do caso, ministro Gilmar Mendes. No dia 3 de fevereiro, o governo italiano encaminhou STF um pedido de anulação da decisão de Lula, acusando-o de não cumprir os tratados bilaterais entre os dois países. O ex-ativista aguardava desde então uma nova manifestação da Suprema Corte brasileira.

8 de jun. de 2011

O líder da oposição, Marcelo Tavares (PSB) voltou a levantar suspeitas sobre malversação de dinheiro público na secretaria de Saúde do Estado, comandada por Ricardo Murad(PMDB), cunhado da governadora Roseana Sarney (PMDB). Segundo o deputado, "o governo tem pés de barro, não aguenta um requerimento com pedido de informações", denunciou.
Tavares cobrou novamente do governo explicações para a denúncia que fez sobre a contratação de aeronaves pelo Estado junto a empresa PMR para fazer o transporte de enfermos pelo valor de quatro milhões de reais, nos anos de 2009 e 2010, mas que nunca foram vistas transportando doente.
O secretário de Saúde até hoje está livre de prestar esclarecimentos sobre o aluguel dos aviões porque a bancada governista não permite que auxiliar do governo preste qualquer informação solicitada pela Assembleia Legislativa, um poder submisso, nas palavras do deputado Rubens Júnior (PCdoB).
“Eu pedi informação ao governo sobre quais eram os doentes transportados, a base do governo não deixou que fosse aprovado o requerimento e também não deu nenhuma satisfação à opinião pública, porque não é chegada a dar satisfação à opinião pública”, denuncia Marcelo.
Na opinião do líder oposicionista, a bancada do governo não dar satisfação porque a grande maioria dos veículos de comunicação está sob controle do grupo Sarney. “É melhor não responder as denúncias da oposição porque a população não vai ficar sabendo o que eles estão fazendo com o dinheiro público e estão fazendo coisas feias no governo de Roseana Sarney”, denuncia.
Fio da meada - O parlamentar informou que recebeu em seu gabinete, de forma anônima, um relatório da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), que esteve no GTA em setembro de 2010, fez um relatório sobre várias denúncias no GTA do governo e constatou que o helicóptero contatado pelo Estado não transportava doentes.   
No levantamento feito pela Agência Nacional de Aviação Civil consta que durante a inspeção realizada foi constatada que ambas as aeronaves estão configuradas para o transporte de passageiros e não para o transporte de enfermos.
“Este fato pode ser corroborado pela movimentação das aeronaves nos meses de junho a agosto de 2010, período de campanha. Carregou político para todo lado, menos doentes. Desta forma as operações por ela realizadas representam uma utilização inadequada das prerrogativas especiais concedidas. Diante do exposto a equipe da ANAC sugere que este fato seja levado ao conhecimento do Ministério Público da União e dos Tribunais de Contas da União e do Maranhão, uma vez que o mesmo não se refere a segurança operacional para o transporte de enfermos propriamente dita, ou seja, a denuncia feita pela oposição está sendo confirmada pela Anac”, enfatiza Tavares
Como o relatório chegou ao gabinete de Tavares de forma anônima, ele sugeriu que a Casa o encaminhe à Anac e peça uma cópia do inteiro teor da inspeção no GTA no Maranhão.
“Se a bancada do governo quiser vamos apresentar um requerimento pedindo essas informações ou então fazer uma CPI para nós apurarmos logo as verdades do que acontece na secretaria de Saúde. Outros pontos interessantes, da má utilização do dinheiro público são identificados no contrato fantasma de um helicópteros e de um avião bimotor para carregar doentes”, reafirma.
Marcelo Tavares, apesar dos apelos, até hoje não recebeu resposta da secretaria de Saúde. “Nós não merecemos nem uma resposta do que é feito com o dinheiro público no Maranhão. É um governo com pés de barro, que não aguenta um requerimento de informação. Um dia quem sabe a gente consiga saber o que acontece entre as paredes da secretaria”, conclui o oposicionista.  
   A representação do governo na Assembleia Legislativa nunca esteve tão apática na defesa dos interesses do Palácio dos Leões como se observa na presente legislatura. Especialistas em análises sobre o cenário político maranhense acreditam que por falta de argumentos para contestar as denúncias de corrupção que são levadas diariamente ao plenário, seus representantes simplesmente fazem de conta que não ouvem para não ter que responder questionamentos do tipo, qual o critério de dispensa de licitação na contratação dos 72 hospitais prometidos e não entregues à população dentro do prazo estabelecido.
     O caos administrativo provocado pela ausência de comando fez com que até os deputados mais experientes, como Manoel Ribeiro (PTB), Tatá Milhomem (DEM), César Pires (DEM), entre outros, se afastassem de cena, passando assim a responsabilidade de combater os ataques da oposição ao neófito Alexandre Almeida (PTdoB), um rapazinho de fala fina que se derrama em lágrimas todas as vezes que procura e não é recebido pelo seu tutor e padrinho político, Fernando Sarney.
      A estratégia de colocar um boneco para defender uma administração corroída pela corrupção, por si só, mostra o nível de irresponsabilidade da governadora Roseana Sarney (PMDB) que, segundo seus próprios aliados, passa as noites numa mesa de baralho e o dia inteiro dormindo, deixando o estado à deriva, à mercê da própria sorte.
     A única orientação que passa a seus liderados no Poder Legislativo é para evitar qualquer convocação de auxiliar que possa trazer à luz dias os contratos com dispensa de licitação na secretaria de Saúde, ocupada pelo cunhado Ricardo Murad, para a contratação de aeronaves ao valor de R$ 5 milhões para transportar pacientes do SUS, mas que nunca foram vistas no estado. E os contratos com dispensa de licitação para a contratação dos projetos dos 72 hospitais? Vai ficar também sem explicação.
       A governadora precisa explicar porque tanto temor em liberar a sua secretária particular, transformada em secretária de Educação, Olga Lenza Simão, para explicar aos parlamentares a situação de calamidade do setor educacional. Há graves denúncias de corrupção naquela pasta que a oposição não consegue abrir a “caixa preta” porque a governadora e sua bancada não permitem.
      Mas o que esperar de um grupo político que voltou ao poder através de um golpe judicial e que se legitimou no cargo cometendo estelionato eleitoral com a mentira de que os 72 hospitais prometidos para resolver os problemas de saúde do Maranhão seriam entregues à população em dezembro de 2010, dois meses após eleição? A resposta está se vendo na prática: não existe uma única obra estruturante sendo executada no estado, só maquete de projetos.
     O governo Roseana anda tão sem rumo que até o experiente deputado Manoel Ribeiro, atual líder do governo, por duas vezes já colocou o cargo à disposição ao perceber ser difícil a tarefa defender o indefensável.  
DE SÃO PAULO - A ação penal do mensalão começa sua fase decisiva hoje, com a abertura do prazo de 15 dias para que a Procuradoria-Geral da República apresente suas alegações finais no processo.

Essa nova etapa sugere que o mensalão poderá ir a julgamento ainda neste ano.

Trata-se da última manifestação do Ministério Público Federal nos autos para convencer o relator, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, das acusações apontadas na denúncia do esquema.

"Nada impede que o procurador-geral peça um prazo maior", afirma o advogado Marcelo 

Leonardo, que defende o empresário Marcos Valério, que é réu no caso.

Se o relator concordar, a defesa dos 38 réus poderá ter um prazo semelhante para a apresentação de novos argumentos e de alegações finais.

Depois, o ministro poderá determinar a obtenção de novas provas. Em seguida, cuidará da redação do relatório e do seu voto.

"O relator está visivelmente preocupado em julgar o mais rápido possível", diz Luiz Fernando Pacheco, advogado de José Genoino.

O ministro relator do caso impôs ritmo célere à ação penal. Ele mandou digitalizar todo o processo criminal e determinou que réus e testemunhas fossem ouvidos por juízes federais.

7 de jun. de 2011

     O deputado Marcos Caldas é daqueles caboclos do Baixo Parnaíba que não abre mão de dizer o que pensa, ainda que sirva de galhofa à alguns. Ao reclamar contra o envolvimento indevido do seu nome no trágico acidente que matou dois jovens na Avenida dos Holandes, disse que só larga o telefone quando está amando.
    Play, como o parlamentar gosta de ser chamado, reclama com razão contra alguns colegas da mídia que vivem competindo entre si e acabam dando “barrigadas”.
     Um apressadinho afirmou que teria sido o parlamentar quem estaria dirigindo a Pajero, quando o deputado estava em sua casa dormindo.
     Abaixo segue trecho do protesto do deputado contra o envolvimento leviano do seu nome no acidente que resultou em mortes.     
     “Eu vou dar meu telefone aqui no ar para que toda imprensa fique sabendo e que passe a ficar registrado no diário meu telefone 8114 - 4444. Esse telefone eu não troco, esse telefone eu não mudo, esse telefone eu não desligo e esse telefone eu atendo a todos, conhecendo ou não, a não ser que eu esteja dormindo, eu esteja comendo, banhando ou amando aí nessas horas a gente não atende, mas nas horas normais eu atendo todo mundo a qualquer dia e qualquer hora, qualquer informação do Marcos Caldas ligue para mim, que eu vou dizer a verdade para vocês, que eu não estou aqui para mi esconder, não sou deputado para estar escondido, sou deputado para assumir meus atos e me defender, por isso que eu vim até essa tribuna pedir aos jornalistas que tomem mais cuidado com estas notícias porque as pessoas idosas, às vezes, não aguentam um choque desses, começa a passar mal, muitas vezes pode até falecer e essa culpa eu não quero ter nos meus ombros”.
Uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça realizada nesta manhã expôs mais uma vez o clima de animosidade existente na base governista.

O Líder Manoel Ribeiro (PTB) e o vice-líder Alexandre Almeida (PTdoB) bateram cabeça por conta da votação do projeto que acaba com a exclusividade do Banco do Brasil nos empréstimos aos servidores.

Enquanto o líder encaminhou pela aprovação imediata da proposta, o vice-líder orientou o deputado Rogério Cafeteira pedir vistas e avisou que iria primeiro conversar com a governadora antes de se manifestar sobre a matéria. 

Ribeiro não gostou da intromissão e viu na atitude do colega uma forma de peitar suas orientação. Não satisfeito, ao defender suas emendas ao Orçamento do Estado, na tribuna, colocou mais uma vez o cargo à disposição da governadora. 

Dirigindo-se indiretamente a Almeida, Ribeiro foi claro: "se alguem nessa casa quer o meu lugar que peça a ela que entregarei. Pensei em renunciar, mas como renúncia é coisa feia prefiro entregar o cargo a ela", enfatizou.  

6 de jun. de 2011

     Governo e oposição voltaram se enfrentar na tarde de hoje por conta dos 72 hospitais prometidos pela governadora Roseana Sarney para está funcionando em dezembro de 2010, mas até hoje não entregues à população. 
     A promessa serviu para embalar a campanha eleitoral da governadora empossada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), pois seriam inagurados dois meses após a eleição. Ocorre que já estamos em junho de 2011 e até agora só entregaram o hospital de Lago dos Rodrigues, um dos menores municípios do Estado.  
    O deputado Rubens Júnior, num duro pronunciamento, acusou a governadora de ter cometido estelionato eleitoral, denunciou suposta fraude na contratação dos projetos e questionou porque o governo não explica o motivo do atraso das obras dos 71 hospitais restantes.
     Os governistas, como de costume, tentaram desqualificar as denúncias fazendo piada com o orador na tribuna. Carlos Alberto Milhomem, por exemplo, rebateu as acusações afirmando que “Rubens Júnior como advogado é um excelente matemático”, mas nada falou sobre o atraso das obras reclamada pelo parlamentar. 
     A bancada governista, diga-se de passagem, está se especializando em esconder as falcatruas do governo Roseana e não permite, ainda que o secretário queira, que auxiliar prester qualquer tipo de esclarecimento à população. Os líderes fogem das discussões e se comportam como se fossem verdadeiros leões de chácara.
Fora de aula
      É crítica a situação do setor educacional de São João do Paraíso. O caos chega a tal ponto que a atual administração está pedindo socorro aos órgãos competentes.
     Segundo levantamento dos gestores que assumiram o comando do município após o afastamento do prefeito “Boca Quente”, no ano letivo de 2010 os alunos tiveram apenas 72 dias de aula e em 2011 a coisa tá mais feia ainda.
Beligerância
      O clima na cúpula dirigente do PSB azedou de vez por conta da falta de unidade em relação ao processo sucessório interno.
     Os grupos liderados pelo presidente José Antonio Almeida e pelo deputado federal Ribamar Alves não conseguem se entender e vão para o confronto no congresso partidário.
Novo embate   
      A oposição deve encaminhar amanhã requerimento à deliberação da Mesa Diretora solicitando informações sobre os contratos dos 72 hospitais anunciados pelo governo do Estado.
         Na contramão da proposta, a bancada governista já se articula para derrotar o pedido, a exemplo das vezes anteriores.
Esfriou
         Após toda a polêmica criada no plenário da Assembleia Legislativa e do confronto com a Câmara Municipal em torno reajuste do IPTU, os parlamentares, pelo visto, esqueceram o tributo.
       Para que os questionamentos não caíssem simplesmente no esquecimento, ontem Roberto Costa levou para o plenário um panfleto produzido por seu gabinete anunciando que “Justiça foi feita”.
As grandes empresas comportam-se como galinhas: botam apenas um ovo por dia e fazem o maior barulho possível. Eis aí o centro de uma estratégia de comunicação que manda extrair o maior proveito possível dos fatos positivos – sempre um de cada vez. É possível fazê-lo porque toda grande empresa tem controle absoluto sobre cada um dos seus passos. Quanto aos fatos negativos, no comments. Esses só são considerados em último caso.

Taí a Dona Vale ex-do-rio-Doce cacarejando seu último feito: a entrada em operação do navio Vale Brasil, “o maior mineraleiro do mundo”, com capacidade para transportar 400 mil toneladas de pedrinhas de ferro para a China.

Esse navio gigante começou a trabalhar na última semana de maio, em São Luís do Maranhão, sob as vistas de uma dezena de práticos de todo o Brasil e mais meia dúzia deles, vindos da China. Breve o bichão será visto no píer da Ponta de Tubarão, em Vitória.

Dizem as notícias que a Vale encomendou na Ásia mais uma dezena desses monstro de 362 metros de comprimento, 65 metros de largura e 56 metros de altura até o mastro.

Entre as vantagens da novidade, cita-se a redução de 35% na emissão de carbono por tonelada de minério transportada e a queda do custo do frete. Em outras palavras, a Vale vai lucrar mais gastando menos.

E dizer que há 40 e poucos anos o porto de Ponta de Tubarão foi concebido para receber supergraneleiros de 300 mil toneladas, garantindo glória eterna ao engenheiro Eliezer Batista, o chefão da Vale naquele tempo. Naquela época, acreditava-se que se havia chegado ao limite máximo no transporte de minério.

Passadas mais de quatro décadas, verifica-se que a galinha dos ovos de ferro continua ciscando no mesmo quadrinho. Pois ao encomendar uma frota de navios de 400 mil toneladas, a Vale dá mostras de que continua disposta a investir prioritariamente na exportação de minério. Como na época da sua fundação há 70 anos.

Se a atividade primária lhe dá uma lucratividade inigualável, por que mudaria o foco do negócio? Essa é a lógica da empresa privada orientada para remunerar seus acionistas.

Daí a pergunta atualíssima e ainda não respondida: por que uma empresa tão bem-sucedida troca o presidente que a elevou à condição de maior mineradora do mundo, tanto em volume de produção quanto em faturamento e lucros?

Até as montanhas mais recônditas de Minas Gerais fazem eco ao boato de que o presidente Roger Agnelli, homem originário do Bradesco (grande acionista da Vale), foi dispensado porque entrou em rota de atrito com a Presidência da República, já no fim do mandato de Lula.

Em sua primeira entrevista, o novo presidente Murilo Ferreira disse que a Vale está estudando a hipótese de exportar menos minério e fabricar mais aço. Ou, seja, “agregar valor”, expressão consagrada no mundo da economia. Para promover essa virada, precisaria investir alguns bilhões de dólares ao longo de vários anos.

Nos primeiros dias de junho, um diretor da Vale anunciou que a empresa está disposta a investir dois bilhões de dólares em siderúrgicas projetadas no Pará e no Ceará, mas como acionista minoritário. Sinal de que a gigante da mineração está começando a mudar sua rota de navegação. Em quanto tempo isso vai se concretizar?

Se a Vale vai atender ao pedido oficial, só o tempo dirá. Mas não há dúvida de que tudo isso é muito sério e muito engraçado ao mesmo tempo. Como se a galinha dos ovos de ferro estivesse sendo obrigada a uma reengenharia de produção, passando a entregar gemada, omelete e maionese em vez dos ovos de sempre.
Por: Geraldo Hasse [Jornalista e escritor]
Petistas avaliam que entrevistas de ministro chegaram tarde e não esfriaram crise

Presidente se mostra satisfeita por Palocci ter dito em entrevista que ela não foi informada de detalhes sobre empresa


DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO

   A presidente Dilma Rousseff vai consultar a opinião de seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e de outros aliados antes de decidir se demite ou mantém o ministro Antonio Palocci na chefia da Casa Civil.

   Lula chegou na sexta-feira ao Brasil, depois de uma viagem a Cuba e à Venezuela. Ele e Dilma tinham combinado conversar durante o fim de semana, algo que tem se tornado rotineiro.

   No Palácio do Planalto, a avaliação geral é que as entrevistas de Palocci à Folha e ao "Jornal Nacional", da TV Globo, foram dadas tarde demais. Por essa razão, o impacto seria insuficiente para debelar a crise política que se formou no governo nas últimas três semanas.

   A Folha revelou em 15 de maio que Palocci multiplicou seu patrimônio em 20 vezes nos últimos quatro anos. Em 2010, ele faturou R$ 20 milhões com uma empresa de consultoria, a Projeto. O ministro se recusa a revelar a identidade de seus clientes e detalhes sobre os serviços que prestava.

   Nas entrevistas concedidas anteontem, Palocci manteve a mesma estratégia. Reafirmou ter pagado todos os impostos e disse que nunca operou de maneira ilegal em favor de interesses privados junto ao governo.

   Na noite de sexta-feira, Palocci conversou brevemente com a presidente sobre o conteúdo das entrevistas. Ontem, o ministro estava em São Paulo, onde vive.

   A presidente ficou satisfeita com o fato de Palocci ter deixado claro na entrevista à Folha que ela não foi informada de detalhes sobre suas atividades como consultor de empresas. O temor do governo é que a crise política se alastre e passe a corroer a imagem de Dilma.
"Deveria ter feito isso [dado entrevistas] antes, talvez já teríamos virado essa página", disse o secretário de Comunicação do PT, André Vargas (PR). Para ele, "a oposição é insaciável".
Publicamente, aliados do Planalto tentaram sinalizar satisfação com as declarações de Palocci para não alimentar ainda mais a crise em torno das suspeitas sobre a atuação do ministro no mundo empresarial.

  Alguns governistas tentaram manter as aparências. "Acho que as declarações foram convincentes e consistentes. Para mim não foi surpresa, pois sempre acreditei nas explicações dele", afirmou o presidente nacional do PT, Rui Falcão.

   O vice-presidente, Michel Temer (PMDB), que participou ontem de um evento do PMDB em São Paulo, afirmou que Palocci "foi muito eficiente" na entrevista.

  Mas o peemedebista não quis se comprometer sobre o que vai acontecer. "Cada presidente da República dispõe de todos os cargos. Ela deve saber sobre o que tem que ser feito."
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