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9 de abr. de 2011

     O que seria a melhor administração da vida da governadora Roseana Sarney (PMDB) completa neste domingo cem dias sem ter o que comemorar ou algo para apresentar à população. Nestes três meses e dez dias de governo, não se teve notícia de uma única obra estruturante com potencial para ajudar o desenvolvimento sócio econômico do Estado.
     Embora já esteja no comando do Estado há mais de dois anos, Roseana ainda não disse a que veio. O governo se movimenta com a velocidade de um paquiderme, sem conseguir apresentar resultados satisfatórios em duas áreas consideradas essenciais em qualquer administração pública, independente do governante de plantão: Saúde e Educação.
     O setor da Saúde vive envolvido com denúncias de desvios de verbas do SUS (Sistema Único de Saúde), os hospitais prometidos pelo governo nunca foram entregues e os que já existiam estão sucateados por falta de manutenção.
     Maior complicação ainda existe na área da Educação. A rede estadual não começou o ano letivo porque o governo vinha se recusando a negociar com os professores em greve. Por conta da falta de entendimento, os alunos continuam impedidos de estudarem por falta de professores em sala de aula. 
      A governadora se elegeu com os votos da capital prometendo mundos e fundos aos eleitores, mas passada a eleição nada de concreto foi feito para melhorar o aspecto horrível da cidade, hoje toda esburacada, remendada e maltratada. Até parece que Roseana resolveu punir a capital pela histórica recusa à sua família. Não fez uma única obra na cidade e nem se ver movimento de seu secretariado neste sentido.
     Que custa a governadora firmar convênios com a Prefeitura de São Luís para melhorar o aspecto visual da cidade?   As avenidas, as pontes e as obras estruturantes prometidas ficaram no esquecimento? Espero que não. Como espero que o Estado libere o dinheiro deixado no cofre pelo ex-governador Jackson Lago para a construção de dois elevados, o prolongamento da Avenida Litorânea e asfaltamento de ruas e avenidas.
     Lamentavelmente, o povo sofrido maranhense nada tem a comemorar nestes primeiros cem dias da nova administração Roseana. Aqui tudo se promete e nada se cumpre, ou pior, faz-se propaganda de projeto como se já executado estivesse. Quer num exemplo? Cadê a Refinaria de Petróleo que já estava se instalando em Bacabeira? Trouxeram até a candidata Dilma Rousseff e o ministro Edison Lobão para passar para a população que a Refinaria era uma realidade, mas na verdade tudo não passava de mais uma mentirinha de campanha.  
     A governadora eleita nunca mexeu uma palha em favor do projeto, até porque sabe que se um dia a refinaria acontecer, e eu sinceramente espero que aconteça, jamais será num prazo inferior a 20 anos.
    O fato é que o governo parece imobilizado, acanhado e sem coragem de ajudar São Luís se preparar para os 400 anos. Tudo indica que as promessas de uma São Luís revitalizada ficarão no esquecimento, para outra oportunidade, quem sabe?
     A  governadora, ao que tudo indica, está acumulando recursos para deslanchar, em breve, seu plano de obras, pois está tudo parado no Estado. Caso contrário, dará margem a interpretações de bastidores, dentre as quais a de que o grupo que está poder quebrou o Estado durante a campanha eleitoral de 2010 e agora está tampando rombos.
     O Presidente do Diretório Regional do PPS, Paulo Matos, anunciou ontem que o partido não descarta a possibilidade de lançar candidaturas próprias à sucessão municipal em São Luís, Imperatriz e mais três grandes municípios do interior do Estado. “Pretendemos seguir a Resolução da Executiva Nacional que recomenda lançamento de candidato próprio em todas as grandes cidades do país e vamos levar essa discussão para os diretórios municipais decidir”, adianta.

     Matos anunciou que o PPS tem nomes para concorrer em São Luís, Imperatriz, Caxias, Codó e Chapadinha e que irá defender esta tese junto aos diretórios que terão o poder de decidir sobre o caminho a seguir em 2012. Para a capital, segundo Paulo Matos, o partido deve apresentar para discussão interna a deputada Eliziane Gama, que vem se destacando na Assembleia Legislativa pelo bom desempenho à frente da Comissão de Direitos Humanos. Ele considera a parlamentar o nome ideal para representar a sigla na eleição.
     Segundo maior colégio eleitoral do Estado, Imperatriz será sacudida segunda-feira com a filiação do ex-vice-governador Luís Carlos Porto ao PPS. Chega com a missão de representar a legenda na sucessão municipal. Porto está retornando após breve passagem pelo PSDB e afastamento do prefeito Sebastião Madeira, que decidiu se aproximar política e administrativamente da governadora Roseana Sarney.
      “Porto tem profunda divergência com Madeira e provavelmente será nosso candidato a prefeito de Imperatriz. O fosso que nos separa aumentou ainda mais com a decisão do prefeito se aproximar politicamente do grupo da governadora, por isso não vemos razão para manter a aliança com os tucanos em Imperatriz e em São Luís vamos defender candidato próprio, mas lógico que quem decide é o diretório municipal”, esclarece o dirigente partidário.
     Paulo Matos explica que a aproximação do partido com no prefeito João Castelo é fruto da aliança nacional PPS/PSDB e da compreensão de que a eleição de 2012 é preparatória para a sucessão estadual. “É em função disso que dialogamos com Castelo, pois o consideramos oposição ao grupo Sarney e queremos todos juntos na eleição de 2014. Estamos dialogando com o prefeito e com todos os partidos do campo da oposição, mas não descartamos a possibilidade da deputada Eliziane Gama disputar o pleito”, defende.
     O retorno do pastor Luís Carlos Porto ao PPS contará com a presença dos principais dirigentes do partido no Estado e deve marcar pré-lançamento de sua candidatura a prefeito de Imperatriz. Na próxima semana, os diretórios municipais vão começar a reunir para iniciar o processo de debates internos sobre sucessão, principalmente em Caxias, Codó e Chapadinha, onde possui nomes para concorrer.
     Para disputar a sucessão do prefeito Humberto Coutinho, em Caxias, o PPS vai apresentar Catulé Júnior. Em Codó, o ex-deputado Antonio Joaquim Araújo vai tentar retornar ao comando do município, enquanto em Chapadinha o ex-presidente da AOB-MA e ex-secretário de Segurança, Raimundo Marques será o candidato do partido.      
                                             
PDT de Imperatriz quer romper com Sebastião Madeira
  
   A sucessão em Imperatriz, segundo maior colégio eleitoral do Estado, promete colocar PDT e PSDB em lados opostos. O Vice-prefeito, Jean Carlos,  membro dos diretórios nacional e municipal pedetista, está defendendo o fim da aliança que elegeu o prefeito Sebastião Madeira em 2008 e lançamento de candidatura própria.
     Jean ressalta que já não existe mais motivo para os dois partidos continuarem a caminhar juntos em Imperatriz. “Em 2008 construímos uma aliança com o PSDB como estratégia de enfrentamento à família Sarney, mas o que se percebe hoje é uma aproximação do prefeito do PSDB de Imperatriz com a governadora Roseana. Nós do PDT entendemos que é um direito dele procurar a governadora, como é nosso direito também procurar nosso caminho e mantermos a nossa coerência política na cidade, seguindo as próprias orientações do Dr. Jackson”, esclarece.
     O vice-prefeito diz ver com naturalidade o afastamento do PDT do ninho tucano, por defender que o partido mantenha-se na oposição à oligarquia Sarney, enquanto Madeira está se  aproximando do grupo. “Apesar do PDT ter saído destruído das eleições de 2010 em quase todo o Estado, na região tocantina tivemos um elevado aumento da nossa densidade eleitoral, isso refletiu nas urnas tanto a favor de Dr. Jackson Lago, que foi o mais votado de Imperatriz, como na eleição do deputado Carlinhos Amorim, que é o líder do partido na Assembleia”, lembra.
     O fim da aliança com o prefeito Sebastião Madeira, segundo Jean Carlos, passa pelo lançamento de candidatura própria à Prefeitura de Imperatriz numa coligação envolvendo PDT, PSB, PCdoB e setores do PT. Ele adianta que o partido vai apresentar para discussão o nome do deputado mais votado no município em 2010, Carlinhos Amorim, mas que não será pré-condições para concretizar a coligação.    
     “Em Imperatriz, eu tenho defendido que o PDT venha ter um projeto próprio, chamando os partidos do campo da esquerda, como PCdoB, PSB e setores do PT para discutir um projeto político alternativo. Nós queremos discutir com esses partidos sem impor nome, precisamos primeiro construir o projeto, posteriormente cada partido apresenta seu”, acrescenta.
      Jean adianta ainda que o PDT possui  o deputado estadual mais bem votado na cidade, mas que neste momento ele está voltado exclusivamente para o  exercício do seu mandato. “Carlinhos Amorim é sempre lembrado nas pesquisas, mas não existe nada fechado sobre seu nome. Queremos primeiro debater o projeto, o candidato vem depois”, concluiu.     

Isolamento
     A decisão de Sebastião Madeira buscar aproximação com a oligarquia Sarney pode custar  muita dor de cabeça ao prefeito e isolamento político do campo da oposição.
     O PPS prepara a festa para receber de volta segunda-feira o ex-vice-governador do Estado, Luís Carlos Porto, provável candidato do partido a prefeito de Imperatriz.
     Porto retorna à legenda após breve passagem pelo PSDB, sigla pela qual disputou em 2010 a vice-governadoria na chapa do ex-governador Jackson Lago, falecido na última segunda-feira.  
     O PDT sente-se desconfortável com o flerte explícito do prefeito com a oligarquia que dizia combater e está pulando fora do barco.
     O vice-prefeito Jean Carlos, que preside o diretório municipal do partido em Imperatriz, já anunciou rompimento com o prefeito e candidatura própria para 2012. O Deputado Carlinhos Amorim é o nome mais cotado.   

Em tempo
     Chega em boa hora o projeto de emenda constitucional que está sendo proposto pela Rede Nossa São Paulo, que reúne mais 600 ONGs, para evitar falsas promessas de campanha e obrigar o candidato a cumprir o que promete aos eleitores.
     Caso seja aprovado, presidente, governador e prefeito terão prazo de 90 dias após a posse para eleger programa de metas e prioridades para o mandato.

Recordar é...
     Os assinantes de TV a cabo poderão matar a saudade amanhã (domingo) do ex-governador Jackson Lago, falecido na última segunda-feira, assistindo ao documentário que a TV Assembleia apresentará às 9h com reprise às 20h.
      A vida do médico, político e militante dos movimentos sociais será lembrada através de imagens, fotografias e depoimentos de pessoas que conviveram com ele ao longo do tempo em que esteve entre nós. 

8 de abr. de 2011

     O Presidente Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, João Pedro Stédile, um dos principais organizadores do movimento balaiada que tentou resistir à cassação do ex-governador Jackson Lago ocupando as dependências do Palácio dos Leões, me disse com exclusividade que o líder pedetista foi assassinado politicamente pelas oligarquias nos tribunais.

     Stédile destacou que a aproximação do MST  com o ex-governador Jackson Lago foi  em decorrência da sua  coerência, do compromisso político que demonstrava pelo povo e por tudo que ele representou para derrotar a oligarquia que mandava no Maranhão há 40 anos. “O governo Jackson poderia ter sido o início da mudança, mas infelizmente não houve forças populares suficientes para mantê-lo no governo e derrotar de fato a oligarquia Sarney, por isso ele foi apeado do poder da forma mais estúpida possível. As oligarquias usaram nos tribunais”, denuncia.
     Segundo o dirigente do MST, para que houvesse a cassação, forjaram um processo incabível com a única finalidade de subtrair a vontade popular e que, posteriormente, surgiu a Ficha Limpa.  “Agora o Supremo Tribunal Federal derrubou a tal da Ficha Limpa, então podemos dizer que Jackson foi assassinado politicamente, ou exilado de novo em 2009, e agora o STF, há duas semanas, concedeu anistia, mas já era tarde, de nada  adiantava, a eleição já havia passado”, lamentou.  
     Para João Pedro Stédile, o ex-governador  fez parte de uma geração de lutadores do povo, de verdadeiros revolucionários que durante os últimos 40 anos viveu intensamente todo o processo de luta política do país. “Ele viveu o assenso de massa no período João Goulart, pagou o preço da Ditadura Militar, depois ajudou a reconstruir as organizações democráticas do nosso país e viveu agora no final esse descenso do movimento de massas que estamos sofrendo até hoje com a hegemonia dos interesses do capital, com a hegemonia dos ante-valores da política”, observa.
     O dirigente ruralista ressalta ainda que Jackson permaneceu com sua coerência ao longo dos 40 anos em que combateu as oligarquias. “Ele foi coerente com seu compromisso com o povo, coerente com suas idéias socialistas, teve coerência no modo de se comportar como político que ascende aos cargos públicos para usa-lo para o povo, quando hoje o que vemos são políticos fazendo carreira para se aproveitar dos cargos públicos”, denuncia.
     João Pedro Stédeli está seguro que Jackson vai deixar muita saudade, mas que está deixando principalmente um legado importante: “é possível ter homens públicos coerentes, honestos e pobres”.
     Sobre o refluxo dos movimentos de massa no Brasil, o líder do MST enfatizou que o país vive ainda um momento de transição, porque saiu de uma Ditadura, depois teve 20 anos de neoliberalismo e agora está vivendo um estágio de resistência a esse liberalismo, mas que o povo está fora da política.
     “O movimento de massas está em descenso, o povo não está participando da vida política brasileira, por isso até o presidente Lula, sendo o nosso maior líder popular contra a Ditadura, não conseguiu fazer um governo popular, fez um governo de conciliação de classes justamente porque o povo esteve ausente e eu espero que esse ciclo que estamos vivendo agora seja rápido e que nós alcancemos um novo período de reascensão do movimento de massas e de maior participação  popular na vida pública e na vida política. Com a volta da ascensão do movimento de massas, o povo voltará a participar da vida política, dando oportunidade   para que surjam outros militantes iguais a Jackson. Ele foi fruto do nosso povo, viveu intensamente a vida dele com o povo, agora outros Jackson só surgirão se o povo se mexer”, adverte.

Fora do tom
     Alguns parlamentares do bloco de oposição ficaram intrigados com o fato do presidente do Senado, José Sarney, está distribuindo nota de solidariedade a vítimas de tragédias.
     Lembram que o senador do Amapá deveria se solidarizar também com as famílias das dezenove crianças que morreram no Maranhão por falta de UTI neonatal.

Cartel
     A provável cartelização nos preços dos combustíveis nos postos de São Luís, começa a despertar atenção nacional.
     Ontem, o ministro Edison Lobão, em entrevista à Rádio São Luís, anunciou que vai autorizar a Agência Nacional de Petróleo investigar a padronização dos preços nos revendedores.  
     
Passando a limpo
     Diante de tantas denúncias da classe empresarial maranhense, a Assembleia Legislativa marcou para o dia 19 próximo audiência pública para esclarecer o que ocorreu com a Vale.
     Para o autor da proposta, deputado Neto Evangelista, será  uma grande oportunidade para a mineradora se defender  da denúncia de que teria dado  calote nas empresas  prestadoras de serviço e provocado a quebradeira delas.

7 de abr. de 2011

Reconhecimento
Parlamentares dos mais diferentes partidos gastaram boa parte da sessão de hoje ressaltando as qualidades do ex-governador Jackson Lago.
O deputado Marcelo Tavares leu nota oficial da Executiva Nacional do PSB reconhecendo o valor político e moral de Jackson, enquanto Gardênia Castelo leu a manifestação do PSDB local.
Os parlamentares que revezaram na tribuna externaram um ponto em comum: O Maranhão perdeu um grande homem.

Despachando
A Secretária de Articulação Política do Município, deputada Graça Paz, vem chamando a atenção  de quem acompanha as sessões diárias do Poder Legislativo.
Licenciada para ocupar a pasta e fazer a articulação entre Prefeitura e classe política, a  secretária comparece todos os dias ao plenário da Assembleia e fica grudada ao telefone.  

Cobrança
Filho do histórico pedetista Chico Leitoa, o socialista Luciano Leitoa faz apelo para que a bancada do PDT honre a memória do ex-governador Jackson Lago.
O parlamentar, no entanto, pregou no deserto, na hora do apelo nenhum dos três representantes do partido estavam em plenário.

Rebaixamento
O Superintendente da Infraero no Maranhão, Hildebrando Correa, já admite que o Aeroporto Internacional Marechal da Cunha Machado poderá ser rebaixado de categoria.
Tudo vai depender de um minucioso relatório que está sendo elaborado sobre as condições de atendimento no local.
Bom, se depender das atuais condições de atendimento, com certeza será rebaixado à    quarta  categoria.
Empolgação
O deputado Stênio Resende é só empolgação com a preparação do seminário sobre nossos portos, que acontecerá dia 28 próximo, na Assembleia Legislativa.
Segundo o parlamentar, participarão do evento as maiores autoridades portuárias do Brasil.  

Pelo entendimento
Para o deputado Rubens Júnior, chegou a hora do governo se entender com os professores para que os alunos possam voltar a estudar.
Júnior adverte que o Supremo já definiu que o piso nacional da categoria é de R$ 1.687,14 e que cabe ao governo cumprir a determinação do Supremo Tribunal Federal.

Café político
Embora não admita que tenha tratado sobre sucessão municipal com o ministro Carlos Luppi, durante café da manhã, na última quarta-feira, o prefeito João Castelo, pelo visto, conseguiu convencer o dirigente nacional pedetista a fazer vista grossa no Maranhão à Resolução da Executiva Nacional que proíbe aliança com os tucanos.    
Para facilitar o acordo, Castelo estar disposto a convencer o deputado Pinto Itamaraty abrir mão da cadeira na Câmara Federal para o suplente Weverton Rocha, considerado hoje o “menino de ouro” de Luppi.
 Matarão assim dois coelhos de uma cajadada só: Castelo terá o cobiçado apoio do PDT e Luppi conseguirá imunidade parlamentar para Rocha.

6 de abr. de 2011

     Em clima de comoção uma multidão acompanhou hoje o enterro do ex-governador Jackson Lago no Cemitério Parque da Saudade, no Vinhais, com todas as honras de Chefe de Estado. Autoridades, parlamentares, militantes, amigos e simpatizantes do líder pedetista participaram da solenidade de colocação do corpo no jazigo da família, após a cerimônia oficial de dobra da Bandeira do Maranhão pelos Cadetes da Polícia Militar e entrega à viúva Clay Lago, minuto de silêncio e salva de vinte e três tiros.
      O cortejo fúnebre deixou a sede do PDT por volta das 10h, com destino ao Parque da Saudade. Fez uma rápida parada na Praça Maria Aragão para concentrar os acompanhantes e pelo simbolismo de ter sido Jackson o idealizador e construtor do Memorial Maria Aragão, sua companheira de lutas contra a Ditadura Militar e militante dos movimentos sociais.
     No trajeto, populares portando bandeirolas acenavam em despedida ao ex-governador, enquanto a militância gritava a palavra ordem: “Jackson Guerreiro do Povo Brasileiro”. O clima de comoção esteve presente em todos os momentos do ato fúnebre.
     Devido ao grande número de veículos acompanhando o cortejo, inclusive carros de som com músicas das campanhas eleitorais que ele participou, a viatura do Corpo de Bombeiros com o corpo somente chegou ao Parque da Saudade às 11h10min, sendo recebido com uma salva de palmas. No momento chovia muito forte, mas nem o aguaceiro foi capaz de fazer o grande público presente arredar o pé do local.
     A morte do ex-governador trouxe ao Estado o Ministro do Trabalho e Presidente Nacional do PDT, Carlos Luppi, o neto do ex-governador Leonel Brizola, Brizola Neto, e o Presidente Nacional do MST, João Pedro Stédile.  Vieram trazer solidariedade à família. Luppi chegou pela manhã na sede do partido na Rua dos Afogados acompanhado do prefeito de São Luís, João Castelo.
     “Jackson Lago foi um homem público como poucos neste país, foi coerente com suas idéias, tem compromisso e uma fidelidade impressionante com os interesses do povo. Foi um homem probo, morreu pobre e com isso ele deixa um legado para a esquerda e para todo o povo brasileiro de que é possível nós termos homens públicos que ascende a cargo público a serviço do povo e não apenas para os seus devaneios pessoais ou enriquecimento como é tão comum na sociedade brasileira”, enfatizou o líder do MST, João Pedro Stédile.
     O prefeito João Castelo, muito comovido com o falecimento do aliado, preferiu não se manifestar. Pediu apenas que se reproduzisse a nota oficial que ele publicou no dia do falecimento. “Tudo que eu tenho a dizer está lá, ajude a divulgá-la, solicitou ao repórter. Já para o deputado Flávio Dino (PCdoB) “Jackson deu sua contribuição pára o fim da pobreza no Estado, por isso é importante estarmos aqui também com essa visão política e homenageá-lo nessa hora que ele nos deixa, no sentido de anunciar que os seus ideais continuarão vivos em novas gerações seja no seu partido, o PDT, ou partidos aliados”, ressaltou.

Ciúme político I

     Cenas de ciúmes explícitos foram registradas na noite de terça-feira durante o velório do ex-governador Jackson Lago, na sede do PDT, por conta da sucessão municipal.
     Clodomir Paz fechou a cara ao ver o ministro do Trabalho, Carlos Luppi, adentrar no salão com o ex-deputado federal, Flávio Dino, a tiracolo.

Ciúme político II

     A chegada de Luppi e Dino juntos ao velório acendeu o alerta na ala pedetista que defende aliança com o prefeito João Castelo e que já ocupa postos na administração municipal.
    Hoje pela manhã, após um reforçado café, Luppi chegou ao velório acompanhado do prefeito João Castelo, mas nada falou sobre sucessão na capital em 2012.

Decisão nacional

     E por falar em sucessão municipal, o PDT, segundo o deputado Carlinhos Amorim, deve reunir ainda este mês para deliberar sobre a Resolução da Executiva Nacional que proíbe aliança com partidos que não integraram a base de sustentação do governo federal.
     A decisão da direção nacional atinge em cheio os  planos dos prefeitos João Castelo e Sebastião Madeira de contar com o PDT nas coligações que pretendem montar para 2012.

Parceira

     Governo do Estado, Prefeitura de São Luís e Assembleia Legislativa colaboraram para que o ex-governador Jackson Lago fosse sepultado com todas as honras de Chefe de Estado.
     Os três órgãos públicos disponibilizaram tudo que era de suas competências para que o grande líder pedetista fosse enterrado com todas as honrarias.    

Retorno

     Após três dias de luto oficial, a Assembleia Legislativa reinicia amanhã suas atividades com a realização de sessão ordinária para apreciar as matérias que estão na ordem do dia.
 

5 de abr. de 2011

    Centenas de correligionários políticos, admiradores e amigos foram hoje ao Aeroporto Marechal da Cunha Machado receber o corpo do ex-governador Jackson Lago, falecido na última segunda-feira, em São Paulo, em decorrência da falência múltipla dos órgãos, segundo boletim médico expedido pelo Hospital do Coração. O sepultamento acontecerá amanhã, às 10 horas, no cemitério Parque da Saudade, Vinhais.  
     O corpo do ex-governador chegou ao terminal de carga da TAM por volta das 15horas, onde o prefeito João Castelo, centenas de correligionários pedetistas, prefeitos do interior do Estado, deputados estaduais e vereadores dos mais diferentes partidos e os ex-candidatos ao Senado José Reinaldo Tavares e Edson Vidigal  aguardavam para dar início ao cortejo que percorreu várias avenidas da cidade num carro aberto do Corpo de Bombeiros , até chegar à sede do PDT, na rua dos Afogados.
     Acompanharam o corpo do ex-governador do Estado no translado de São Paulo para São Luís, a ex-primeira dama Clay Lago, os filhos Ygor, Ludimila, Lucina Lago e a neta Lara. Ele será sepultado no jazigo da família, no Parque da Saudade, onde já estão seus irmãos Beht e Ribamar Lago.  
     Por onde passou, o cortejo fúnebre foi saudado por populares principalmente no trecho da Avenida Beira-Mar e praça Maria Aragão. Em decorrência do grande número de veículos portando faixas, cartazes e bandeirolas, houveram grandes engarrafamentos ao longo do percurso. Batedores da Secretaria Municipal de Trânsito tiveram que interromper o tráfego no retorno do Aeroporto do Tirirical para que cortejo pudesse seguir em frente.
     Ao chegar à sede do PDT, por volta das 18 horas, houve uma salva de palmas. Em seguida o caixão foi aberto para que uma enorme fila de autoridades, correligionários e populares pudesse oferecer condolências à família, representada pela esposa Clay e os pelos filhos Ygor, Ludimila e Luciana Lago.   

Exemplo de luta  

     A recepção ao ex-governador reuniu grande parte dos políticos que fizeram parte da Frente de Libertação, que o elegeu governador do Estado em 2006. O ex-governador José Reinaldo Tavares(PSB) ressaltou as qualidade de Jackson, segundo ele,  “um homem  de extraordinário valor moral, intelectual, extremamente honesto e  de caráter firme”. Reinaldo destacou ainda que Jackson foi prefeito três vezes, depois governador, mas foi muito injustiçado pelos ataques que sofreu como governador. “Não deixaram que ele governasse. Ele foi um exemplo de dignidade muito grande, a falta dele é imensa para a política e para a sociedade, completou.
     Políticos da nova geração, presentes na chegada do corpo também falaram do vazio que a morte do ex-governador representará para o campo das oposições. O deputado Marcelo Tavares(PSB) lamentou a perda. “Perdemos um grande exemplo de luta, de apreço à democracia que nos abandona de forma precoce, deixando em todos nós que acreditamos num Estado democrático um grande vazio. Ele deixa um exemplo de seriedade, de correção e de apego aos grandes problemas sociais do Estado”. 
     Para o deputado petista Bira do Pndaré (PT), Jackson deixa um exemplo de princípio de que a política pode ser feita de maneira inovadora sem se transformar  num balcão de negócio, mas na generosidade das pessoas colaborarem para um processo de emancipação coletiva. “Jackson deixa esse legado para nós, pois se esforçou pela manutenção de sua coerência. Ele poderia perfeitamente ter seguido um outro caminho como grande médico, mas preferiu ajudar fundar um partido no Brasil e isso, sem dúvida alguma, impacta a nossa história”, observou.    
     Já o deputado Rubens Júnior (PCdoB) acrescentou que Jackson deu o exemplo de que se pode fazer política diferente, com humildes e com censo democrático, ouvindo os movimentos sociais. “Nos últimos cinquenta anos a única experiência que tivemos de um governo democrático foi o seu governo. O sentimento que fica é de resistência e isso tem que nos nortear para as lutas futuras”, defende.    
     Augusto Lobato, vice-presidente do Diretório Estadual do PT, destacou que Jackson deixa um legado de muita honestidade, um exemplo de luta de resistência contra uma doença muito agressiva e de resistência política ao grupo do Sarney. Nos 40 anos de domínio da oligarquia, Jackson foi a maior expressão, maior liderança políticas que nós tivemos no decorrer destas quase cinco décadas de enfrentamento com a família Sarney, portanto isso  representa para nós um exemplo de luta e de resistência, porque ele nunca mudou de lado, sempre esteve ao lado do povo humilde e dos excluídos”, concluiu Lobato. 
     Através de duas indicações na sessão desta segunda-feira, 04, na Assembléia Legislativa a deputada estadual Valéria Macedo (PDT), reivindicou à governadora Roseana Sarney  que adote as medidas legais e administrativas necessárias, para a realização ainda neste exercício financeiro de 2011 e, com a maior brevidade possível, para a implantação de uma Delegacia Especial da Mulher no Município de Grajaú, e um Grupamento do Corpo de Bombeiros em Açailandia, ambos os municípios localizados na região sul do Estado.

     Segundo Valéria, na última década, o contingente populacional e, consequentemente, o processo de aceleração da urbanização do Município de Grajaú cresceu muito, como mostra o último censo, sendo esse crescimento resultado da conjunção de vários fatores dentre os quais se podem destacar principalmente o econômico: a implantação do pólo gesseiro; o desenvolvimento do agro-negócio das carvoeiras que abastecem o pólo siderúrgico de Açailândia, dentre outros, trazendo em seu bojo os problemas sociais.

     “Junto a esse desenvolvimento econômico vieram os problemas sociais e com eles a vulnerabilidade social de famílias, idosos, jovens, mulheres, trabalhadores, etc.”, justifica a deputada, argumentando ainda que implantação de uma delegacia especializada em Grajaú beneficiará diretamente uma população estimada em 56.633 habitantes, segundo dados do IBGE.

     Para a parlamentar pedetista, nesse contexto, indivíduos e grupos sentem-se desprotegidos, o que se faz necessário a implementação de políticas públicas que garantam direitos constitucionais adquiridos e proteção social por parte do Estado.

     “No que se refere especificamente às mulheres, em Grajaú, bem como em toda a região, cresceram consideravelmente as agressões, tanto psicológicas quanto físicas. Quando ocorrem tais agressões, as mulheres não sabem a quem recorrer. Algumas se sentem inseguras e às vezes quando são ameaçadas ou mesmo agredidas, não denunciam as violências sofridas principalmente porque não tem a certeza de que o conflito será resolvido de forma eficiente e seguro. Outras, quando o fazem vão à delegacia local, mas, infelizmente, por não se tratar de uma especializada, seus problemas não são bem encaminhados e solucionados, pois não encontram alguém que as possa ouví-las e resolver a contento sua situação”, Denuncia Valéria.

     Em seu pedido Valéria informa ainda que a delegacia servirá não somente ao município de Grajaú mas a todos os municípios vizinhos como Sitio Novo, Arame, Formosa da Serra Negra, Itaipava do Grajáu e muitos outros.

Corpo de Bombeiros em Açailandia

     Em seu pedido de um Grupamento do Corpo de Bombeiros para Açailandia Valéria Ressalte-se que a implantação da referida Unidade tornou-se imperiosa naquele município, por sua importância sócio-econômica e geográfica adquirida nos últimos vinte anos, o que beneficiará, diretamente, uma população estimada segundo o IBGE em 104.013 habitantes, no sentido de assegurar o pronto atendimento às diversas situações de urgência e emergência decorrente do dia-a-dia, visto que a unidade mais próxima, que fica em Imperatriz, demora muito para atender às ocorrências.

     “Açailândia possui aproximadamente, setecentos e cinqüenta estabelecimentos comerciais em todos os níveis econômicos no tocante a comércio, indústria, agricultura, pecuária, possuindo, também, um dos maiores rebanhos bovinos do Maranhão, inclusive, além da existência de frigoríficos e fábricas de laticínios, trata-se de uma cidade que possui quase cinqüenta bairros, segundo levantamento recente. É servido de sete agências bancárias, sendo quatro delas de instituições financeiras federais como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste. Tudo isso, caracteriza Açailândia como uma cidade de grande porte neste Estado, justificando desta forma, a necessidade de implantação de um Grupamento do Corpo de Bombeiros naquele município para garantir principalmente assistência e segurança àquela população”, justificou Valéria Macedo, demonstrando bastante conhecimento da situação econômica de Açailandia.

     O pedido da parlamentar pedetista foi bastante substanciado com dados e informações, atentando que Açailândia é um dos municípios maranhenses que mais crescem no Estado. De acordo com dados do IBGE, o município encontra-se entre os 500 maiores do Brasil, incluindo-se aí as capitais, consolidando-se como uma das maiores economias do Brasil e uma das maiores do Estado do Maranhão.

     “Sabe-se, também, que aquele relevante município tem como uma das principais fontes de economia a exportação de ferro gusa, gerado por cinco indústrias siderúrgicas instaladas no Distrito Industrial do Pequiá, constituindo-se, dessa forma, num dos maiores pólos guzeiros do norte e nordeste, tornando-se, por esse motivo, o terceiro maior arrecadador de ICMS entre os 217 municípios maranhenses”, finalizou Valéria, afirmando que espera no menor tempo possível uma resposta para essas reivindicações que segundo ela não são apenas suas mais da população daquela região.
     O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), comandará uma comissão de parlamentares que fará visita ao final da tarde de hoje ao velório do ex-governador Jackson Lago, na sede do PDT, na rua dos Afogados, centro.
     Médico e ex-aluno de Jackson no curso de medicina, Arnaldo Melo,diz  lamentar profundamente  a perda do grande cidadão, líder político, profissional e militante dos movimentos sociais.
     “Ontem foi um dia de luto para o Maranhão, perdemos um grande líder de nossa geração que deu uma grande contribuição ao Estado como médico e como político. Contribuiu muito com São Luís nos três mandatos como prefeito da capital e como governador executou obras importantes na área de Saúde, principalmente no interior do Estado”, enfatizou.
     O presidente da Assembleia , tão logo tomou conhecimento do falecimento do ex-governador telefonou para Ygor Lago, filho de Jackson Lago, e ofereceu o plenário da Casa para o velório. De forma muito educada, Ygor informou a Arnaldo Melo ser o desejo do pai que o corpo seja velado na sede do partido que ajudou a fundar com Leonel Brizola.
     Arnaldo Melo e uma comitiva de deputados acompanharão o cortejo fúnebre que sairá da sede do PDT na manhã de amanhã rumo ao cemitério Parque da Saudade, no Vinhais, onde acontecerá o sepultamento.  

4 de abr. de 2011

     Vítima de câncer de próstata, morreu hoje aos 76 anos, às 17h50min, na Unidade Coronária do Hospital do Coração, em São Paulo, o ex-governador do Maranhão e prefeito por três mandato da capital, Jackson Kleper Lago. O corpo será transportado hoje para São Luís para ser velado na sede do PDT, na rua dos Afogados, partido que fundou no Estado.
     O ex-governador havia se internado há cerca de dois meses. Após submeter-se as medicações teve melhoras e retornou ao apartamento em São Paulo. Na quarta-feira da semana passada, no entanto, voltou ao Hospital do Coração em estado bastante debilitado, apresentando febre, falta de ar e cansaço. Apesar de todos os esforços médicos, Jackson não resistiu ao tratamento e faleceu, deixando viúva a primeira dama Clay Lago e os filhos Ygor, Ludimila e Luciana Lago.
      A notícia da morte do ex-governador provocou comoção no plenário da Assembleia Legislativa. O deputado Neto Evangelista interrompeu seu discurso na tribuna para anunciar o fato ocorrido e externar sua comoção com o falecimento do ex-governador. A sessão foi interrompida e decretado luto oficial.
     A chegada do ex-governador está prevista para  amanhã no Aeroporto Marechal da Cunha Machado. O cortejo fúnebre seguirá pela Avenida Guajajara, Cohab, Anil, Vila Palmeira, Alemanha, Camboa, Praça Maria Aragão, rua Sete de Setembro e rua dos Afogado onde fica a sede do partido, onde se despedirá de amigos e correligionários que o admiraram ao longo de sua vida pública.
     Médico pioneiro em cirurgia de tórax no Estado, Jackson entrou na vida pública como secretário de Saúde do então prefeito de São Luís, Epitácio Cafeteira. Elegeu-se em seguida deputado estadual. Fundou o PDT com Leonel Brizola e tornou-se um dos principais expoentes da oposição ao grupo Sarney no Estado. Em 1984 foi derrotado pela ex-primeira dama do Estado Gardênia Gonçalves na primeira disputa direta pela prefeitura.
     Jackson notabilizou-se no entanto como executivo político. Em 1988 elegeu-se pela primeira vez prefeito da capital, realizando uma administração exemplar. Como não havia reeleição, elegeu sua sucessora Conceição Andrade e retornou ao comando da prefeitura em 1997, se reelegeu e ficou no cargo até 2002, quando entregou o comando do município para o vice-prefeito Tadeu Palávio, encerrando assim sua passagem pelo Executivo Municipal.
     Derrotado nas urnas em 2002, Lago não desistiu de chegar ao governo do Estado. Se candidatou em 2006 e derrotou o grupo Sarney, após formar um leque de aliança com os partidos de oposição, batizada por ele de “Frente da Libertação”. Governou o Estado no período de 2007 a 2009, quando foi cassado por um golpe judicial articulado, segundo ele próprio denunciou, no Tribunal Superior Eleitoral.
A vida de Jackson
     Nascido em em 1º de janeiro de 1934 em Pedreiras, no interior maranhense, Jackson Kleper Lago começou a carreira política na década de 1960 enfrentando o regime militar apoiado por Sarney, vencedor do embate contra a oligarquia de Vitorino Freire, que passou 20 anos no poder. Sempre teve como guru político o fundador do seu partido, Leonel Brizola (1922-2004), que também faz parte de uma das grandes tragédias de sua vida.
     Formado em Medicina, há cerca de 30 anos, “doutor Jackson”, como é conhecido no Maranhão, ajudou a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT), ao lado de Leonel Brizola e de outros políticos de grande relevância nacional. Lago dirigiu de São Luís até o Uruguai para visitar Brizola. Na entrada da cidade de onde saiu, sofreu um acidente no qual morreu sua primeira mulher. Ele próprio ficou em coma por meses. Tornou-se fundador do PDT no Maranhão, tendo como plataforma o sindicato dos médicos maranhenses.
     Jackson Lago foi prefeito de São Luís por três vezes: de 1989 a 1992, de 1997 a 2000 e de 2001 a 2002.
     Em 2006, teve a mais surpreendente vitória política de sua carreira: derrotou a senadora Roseana Sarney, então filiada ao PFL e hoje no PMDB, para destronar o clã Sarney do governo estadual depois de um domínio de mais de 40 anos. Nem o apoio do então presidente e ex-aliado Luiz Inácio Lula da Silva à rival conseguiu impedi-lo de chegar ao Palácio dos Leões por estreita margem de votos.
     Na época, Jackson disse que ele e o petista Jaques Wagner na Bahia provavam “a queda dos dois últimos bastiões do coronelismo político”. Contudo, em 2009 o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cassou os mandatos de Jackson e de seu vice, Luis Carlos Porto, por abuso de poder e compra de votos. Ele relutou, mas acabou cedendo o cargo a Roseana, que acabou reeleita no ano passado.
     O pedetista foi três vezes prefeito de São Luís e ali teve a maior parte da sua votação para o governo estadual. Fora da política, ele era considerado pioneiro em cirurgias torácicas no Maranhão. Foi também professor da Faculdade de Medicina do Estado. 
     
Definindo
     O PMDB começa discutir esta semana a questão da sucessão municipal e deve propor os nomes de João Alberto, Gastão Vieira, Max Barros e Pedro Fernandes como alternativas para o pleito de 2012.
     Segundo o presidente do diretório municipal, deputado Roberto Costa, os peemdebistas de São Luís não farão aliança com o prefeito João Castelo em função e vão para a disputa tendo como sustentação o desempenho do governo na capital.

Confirmado

     Embora tenha tido seu nome rifado pelos dirigentes do PMDB municipal, o deputado Bira do Pindaré voltou a confirmar ontem sua pré-candidatura a prefeito de São Luís, durante entrevista à TV Assembleia.
     O parlamentar acredita que o bom desempenho que teve na capital na eleição que disputou para o Senado da República em 2006, quando foi o mais votado,  poderá se repetir numa provável candidatura a prefeito em 2012. 

Briga de titãs

     O processo de sucessão interna no PSB  foi deflagrado e promete se transformar numa disputa de gigantes entre os deputados Ribamar Alves e Marcelo Tavares.
     A eleição que definirá o novo comando partidário socialista está prevista para novembro, mas desde agora os dois candidatos já estão no corpo a corpo.

Deficientes

     O deputado Jota Pinto vai sugerir à governadora Roseana Sarney a criação de uma secretaria especial para  tratar dos portadores de deficiências do Estado.
     Pinto esteve reunido semana passada com representantes dos portadores de necessidades especiais e prometeu se empenhar pela criação do órgão.
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