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26 de jan. de 2013



Por: Lígia Teixeira

O senador José Sarney (PMDB-AP) está vivendo sua última semana no centro do poder. Dia 1º de fevereiro, ele deixará a presidência do senado para concluir, segundo ele, os dois últimos anos de sua carreira na política.

Mesmo no apagar das luzes de seu quarto mandato na presidência do Senado Federal, Sarney faz questão de deixar a marca típica do caudilhismo político, que caracterizou a lógica de poder orquestrada por ele a partir do Maranhão: destruir as instituições democráticas para criar uma dependência generalizada das decisões pessoais do líder.

Nos últimos dias, repercutiu na mídia nacional a omissão do Congresso Nacional em relação à votação de projetos destinados a disciplinar distribuição de recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

Por muito pouco, governadores não deixaram de receber recursos fundamentais para a manutenção dos serviços de necessidades básicas da população.

A notícia fortaleceu a percepção coletiva de desmoralização do Congresso Nacional e obrigou o Supremo Tribunal Federal e o governo federal, por meio da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, a recorrerem ao presidente do Congresso, José Sarney, para tentar amenizar os danos provocados pela inércia na votação do rateio do FPE.

Sarney fez manobras semelhantes em outras ocasiões célebres, caso da votação do Código Florestal e da Lei dos royalties de Petróleo, por exemplo. Nos dois casos, o Congresso saiu desmoralizado e Sarney, graças ao poder acumulado nas mãos do presidente do Congresso Nacional, acabou sendo procurado para solucionar os impasses.

O método centralizador de Sarney também é usado na forma como sua filha, a governadora Roseana Sarney (PMDB), administra o Maranhão.

O modo ilegal e arbitrário usado pelo grupo Sarney para tentar monopolizar a gestão na saúde pública é um bom exemplo.

Ao propor parceria entre governo estadual e município na área, o prefeito de São Luís esperava contar com a sensibilidade do governo para a situação de calamidade pela qual passa o setor de saúde na capital maranhense, obrigada a tratar doentes de todo o estado em função da ausência de hospitais no interior.

A resposta da governadora Roseana Sarney à proposta do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), expôs a sanha centralizadora de seu governo. Em vez de parceria, ela propôs que o município repassasse ao Estado R$ 70 milhões e entregasse a administração do hospital Socorrão II à Secretaria do Estado de Saúde (SES).

Um absurdo, respondido pelo prefeito Holanda Jr. com o estabelecimento de uma parceria de verdade entre o município e a Santa Casa de Misericórdia, que há pouco tempo também fora vítima da lógica centralizadora do governo do Estado, quando o secretário de Saúde Ricardo Murad (PMDB) tentou sequestrar os parcos recursos daquela casa de saúde. Proposta, à época, imediatamente recusada pelo gestor da Santa Casa.

Ao sacrificar a saúde dos maranhenses, o governo espera justamente que municípios fiquem ainda mais dependentes da Secretaria de Saúde, abolindo a autonomia dos municípios em nome do acúmulo de poder nas mãos personalíssimas do secretário de saúde e da governadora.

Neste caso, o bom exemplo dado pelo prefeito de São Luís e a repercussão positiva do gesto, evidenciam que o modelo centralizador usado pelo grupo Sarney para desmoralizar as instituições em nome do poder pessoal, não apenas está com os dias contados, mas anuncia claramente que a população exige dos gestores uma postura mais condizente com o interesse público.

Lígia Teixeira, historiadora, é titular da coluna 'Falando com Franqueza', publicada no blog Marrapá aos domingos, e escreve para o Jornal Pequeno às sextas-feiras.

25 de jan. de 2013



Os alunos que cursaram o ano letivo de 2012 na rede municipal de ensino devem ser rematriculados a partir da próxima segunda-feira (28). Os pais e/ou responsáveis dos estudantes devem se deslocar à unidade de Educação Básica onde os alunos cursaram o ano de 2012 para realizar o procedimento. O prazo para rematrícula encerra no dia 31 deste mês.

Para os novos estudantes que vão ingressar na rede municipal, o período de matrícula será aberto no dia 1º fevereiro e seguirá até o dia 8 do mesmo mês. Os responsáveis devem apresentar a documentação necessária para a matrícula na sede da unidade de Educação Básica em que os alunos pretendem estudar. No caso da Educação Infantil, além dos documentos de matrícula é preciso apresentar cópia do cartão de vacinação.

Os documentos requisitados para matrícula são: cópia da certidão de nascimento do aluno, do comprovante de residência, cartão de Bolsa Família (se houver), 02 fotografias 3 X 4, histórico escolar do  ano letivo anterior e cópia do documento de identificação dos pais e/ou responsáveis.

Já os alunos da modalidade Educação de Jovens e Adultos devem apresentar, também na sede da unidade de ensino que pretendem estudar, duas fotografias 3 X 4 e histórico escolar (se for aluno novo), além da cópia do documento de Identificação e do CPF.

O calendário escolar do ano passado encerra nesta sexta-feira (25) e o calendário de 2013 terá início no dia 25 de fevereiro. “A definição do calendário escolar deste ano e do prazo de rematrícula e matrícula dos alunos segue a determinação do prefeito Edivaldo Holanda Junior de garantir o direito à Educação a todos”, afirmou o secretário municipal de Educação, Allan Kardec Filho.


Desembargadora Raimnunda Bezerra relatou os processos
A 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) condenou os ex-prefeitos Deusdedith Sampaio (Açailândia) e Ademar Alves de Oliveira (Olho D´água das Cunhãs) a ressarcir o erário público verbas recebidas e não aplicadas, com pagamento de juros e correção monetária.

O ex-prefeito de Açailândia, Deusdedith Sampaio, terá que ressarcir R$ 11.115,00 recebidos por meio de convênio com programa nacional que objetiva identificar e corrigir dificuldades visuais e auditivas de alunos da rede pública.

Como o ex-prefeito não prestou conta dos recursos, o município foi incluído no cadastro de inadimplentes, segundo o Ministério Público Estadual.

Ademar Alves de Oliveira foi acionado pelo MP, em razão da não prestação de contas de convênio firmado com o Estado do Maranhão, em 1999, com a finalidade de apoiar ações de imunização no município, no valor de R$ 2.640,00.

O ex-gestor também foi condenado ao pagamento de multa civil de dez vezes a remuneração do cargo de prefeito; suspensão dos direitos políticos; e proibição de contratar com o Poder Público ou receber incentivos fiscais, ambos pelo prazo de três anos.

A relatora dos dois processos foi a desembargadora Raimunda Bezerra, cujo entendimento foi de que os ex-prefeitos incorreram em atos de improbidade administrativa, ao deixarem de comprovar a regular aplicação dos recursos com a respectiva prestação das contas.

META – Os magistrados do TJMA cumprem a meta estabelecida pelo Judiciário brasileiro para 2013, que busca imprimir celeridade nos julgamentos de improbidade administrativa e ações penais relacionadas a crimes contra a Administração Pública. O Judiciário terá de julgar os processos de 2011 até o final de 2013.



Gerentão tá querendo acumular cargos?

O secretário de Saúde do Estado, Ricardo Murad, tem até o dia 31 deste mês para decidir se fica ou devolve o cargo para assumir a vice-presidência da Assembleia Legislativa. Segundo apurou o blog, até hoje o deputado não revelou a ninguém o que pretende fazer a partir de primeiro de fevereiro, data em que serão empossados os novos dirigentes do Poder Legislativo.  

A princípio surgiu a especulação de que seu grupo estaria disposto a rasgar o Regimento Interno da Casa para permitir que ele acumule os cargos, mas como a proibição consta na Constituição Federal, seus companheiros de bancada já articulam quem será o seu substituto na Mesa.   Roberto Costa (PMDB) seria o principal interessado.

Segundo o artigo nº 10, do Regimento Interno do Poder Legislativo, “será declarado vago o cargo da Mesa Diretora, por morte, renúncia ou afastamento do titular para o exercício de cargo ou função em outro Poder, sendo ele preenchido mediante eleição, dentro de cinco sessões, observadas as disposições do art. 8° e seus incisos”.

Como o suplente Tatá Milhomem (PSD) assumiu a presidência da CCJ e comanda o bloco governista mesmo sem ser titular do mandato, surgiu a especulação de que mais uma vez o Regimento seria trucidado, mas pelo visto prevaleceu o bom senso.

Os membros da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão tomam posse no dia 1º de fevereiro (sexta-feira), às 10h, em cerimônia reservada no Salão Nobre da Casa. No dia 4 de fevereiro (segunda-feira), às 8:30h, será realizada a sessão especial de abertura dos trabalhos legislativos de 2013.

Além de Arnaldo Melo (presidente), também foram eleitos na chapa única os deputados Ricardo Murad (PMDB) – primeiro vice-presidente; Eduardo Braide (PMN) – segundo vice-presidente; Marcelo Tavares (PSB) – terceiro vice-presidente; Gardênia Castelo (PSDB) – quarto vice-presidente; Rogério Cafeteira (PMN) – primeiro secretário; Carlinhos Florêncio (PHS) – segundo secretário; Dr. Pádua (PSD) – terceiro secretário; e Zé Carlos da Caixa (PT) – quarto secretário.

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