'

5 de mai. de 2012

Julião diz que PDT vai com Edivaldo Holanda
O encontro do PDT realizado neste sábado (05), na Assembleia Legislativa, serviu para expor o entusiasmo da militância do partido com a candidatura do deputado federal Edivaldo Holanda Júnior (PTC) a prefeito de São Luís.

Edivaldo Holanda foi aplaudido intensamente pelos pedetistas que lotaram o auditório Fernando Falcão para discutir estratégias para as eleições de outubro próximo e organização partidária. Dos 147 diretórios municipais existentes no Estado, 128 marcaram presença no evento.

Para o presidente da executiva regional, ex-deputado Julião Amim, o encontro foi muito proveitoso pelo nível de participação e determinação dos filiados em reconstruir a legenda no Estado.

Segundo Julião, o PDT saiu do encontro fortalecido e com o indicativo de que estará no palanque de Edivaldo Júnior. “O apoio oficial ao candidato somente será possível na convenção, mas estamos fechado com ele e vamos apoiá-lo”, adiantou Amim.

Holanda Júnior fez um discurso vibrante, cheio de emoção, onde ressaltou sua admiração pelo ex-governador Jackson Lago e conclamou os pedetistas a abraçarem o projeto das oposições para 2014, que passa pela eleição de 2012.

“Sempre trabalhei por essa aliança, pois estamos firmes com o projeto maior que é eleger Flávio Dino (PCdoB) governador do Estado em 2014”, disse para uma platéia entusiasmada e que   aplaudiu intensamente o pronunciamento.

4 de mai. de 2012


Guilherme Waltenberg e Daiene Cardoso, da Agência Estado

SÃO PAULO - Depois de deflagrar a cruzada contra o sistema financeiro privado e a cobrança de juros elevados no País, o governo da presidente Dilma Rousseff poderá colocar em discussão o polêmico tema do marco regulatório da comunicação. A informação foi dada nesta sexta-feira, 4, pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, durante discurso em evento sobre estratégia eleitoral do PT nesta campanha municipal, em Embu das Artes, São Paulo.
"Este é um governo que tem compromisso com o povo e que tem coragem para peitar um dos maiores conglomerados, dos mais poderosos do País, que é o sistema financeiro e bancário. E se prepara agora para um segundo grande desafio, que iremos nos deparar na campanha eleitoral, que é a apresentação para consulta pública do marco regulatório da comunicação", disse o dirigente petista em seu pronunciamento.

Segundo Falcão, "a mídia é um poder que está conjugado ao sistema bancário e financeiro". No discurso, ele frisou: "(A mídia) É um poder que contrasta com o nosso governo desde a subida do (ex-presidente) Lula, e não contrasta só com o projeto político e econômico. Contrasta com o atual preconceito, ao fazer uma campanha fundamentalista como foi a campanha contra a companheira Dilma (nas eleições presidenciais de 2010) que saiu dos temas que interessavam ao país para recuar no obscurantismo, na campanha de reforço da direita que hoje está sendo exposta aí, inclusive agora, provavelmente nas próximas duas semanas com a nomeação dos sete nomes da Comissão da Verdade que vai passar a limpo essa chaga histórica que nós vivemos." E continuou: "(A mídia) produz matérias e comentários não para polarizar o País, mas para atacar o PT e nossas lideranças." "O poder da mídia, esse poder nós temos de enfrentar."

A presidente Dilma Rousseff herdou do governo Lula o anteprojeto de criação do marco regulatório das comunicações, elaborado pelo então ministro da Secretaria de Comunicação Social Franklin Martins, e apresentado durante a Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM), em 2010, determinando "criação de instrumentos de controle público e social" da mídia. Em razão da polêmica que o tema gerou, Dilma determinou que o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, fizesse um pente-fino no texto para evitar tópicos que possam indicar censura ou controle de conteúdo.

Cachoeira. O dirigente petista afirmou que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira deverá ter também como alvo paralelo (de investigação) o trabalho da imprensa. "Essa CPI vai desvendar também quais são os caminhos de ligação com esses contraventores nos setores da mídia brasileira", disse. Ao falar das relações entre o contraventor Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), apontadas no vazamento da investigação da Operação Monte Carlo, Falcão criticou: "Esse fariseu, que é o senador Demóstenes Torres, é apresentado pela imprensa como sem partido, mas vamos nos lembrar sempre que até um mês atrás ele era senador do DEM."

Segundo Falcão, a redução no rendimento da poupança, anunciado na quinta-feira, 3, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a declaração da presidente Dilma em rede nacional no feriado do Dia do Trabalho, na última terça-feira, afirmando ser "inadmissível que o Brasil, que tem um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos, continue com os juros mais altos do mundo", mostram o estilo do governo. "É inadmissível que o Brasil, que tem um dos sistemas financeiros
mais sólidos e lucrativos, continue com os juros mais altos do mundo", disse o presidente nacional do PT.

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável fará, neste sábado (5), às 8h30, uma visita às praias de São Luís para verificar suas condições e também a situação de lançamento de esgoto na orla da Capital. A informação foi repassada pela presidente da Comissão, deputada Eliziane Gama (PPS).

Eliziane explicou que após a visita serão feitos os encaminhamentos para cobrar soluções dos órgãos responsáveis. Ela lembrou que os resultados dos laudos dos últimos meses mostraram que todas as praias de São Luís estão impróprias para banho.

“Precisamos encontrar soluções sustentáveis e inteligentes para mudar esta triste realidade. São Luís é uma Ilha, com grande potencial turístico. Não podemos fechar nossos olhos para este problema!”, enfatizou.

A parlamentar também citou a decisão da Justiça Federal de recolocação das placas indicando as condições de balneabilidade das praias atendendo a ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal.

“Não podemos nos limitar a colocar apenas as placas, o que população quer é que as praias sejam despoluídas”, destacou.


Um grupo de empresários ligados ao deputado federal Edivaldo Holanda Junior (PTC) acaba de contratar uma pesquisa de opinião pública para avaliar a performance do candidato junto ao eleitorado de São Luís.

Fenômeno da eleição de 2010 quando foi o mais votado da capital para deputado federal, Edivaldo Júnior tem percorrido os bairros da cidade e seus apoiadores acreditam que a está altura da pré-campanha, já tenha ultrapassado o ex-prefeito Tadeu Palácio.

Um dos empresários patrocinador da sondagem junto ao eleitorado, informou ao blog que os números coletados serão registrados no Tribunal Regional Eleitoral para que a população de São Luís tenha um quadro real da corrida sucessória.   



Entidades do setor participarão do órgão, que vai centralizar dados

DE BRASÍLIA

O governo decidiu criar um comitê de acompanhamento dos casos de violência contra jornalistas após reunião realizada ontem entre a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) e entidades que representam empresas e profissionais de comunicação.

Chamado de "observatório", o comitê será coordenado pela secretaria e terá participação das entidades. O objetivo é centralizar as informações e levantar estatísticas sobre os casos de violência.

"Esse problema é extremamente grave, porque envolve não apenas a integridade física dos jornalistas e o direito do exercício da profissão, mas também o direito do conjunto da sociedade, que é a liberdade de expressão e o acesso à informação", afirmou o presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Maurício Azêdo.

Participaram ainda da audiência o diretor-executivo da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Ricardo Pedreira; o vice-presidente da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), Celso Schroeder; e o presidente da Altercom (Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação), Renato Rovai, que representa blogueiros.

Schroeder disse que o "observatório" organizará as informações sobre a violência contra jornalistas para ter dados mais precisos: "O aumentos desses crimes é consequência da impunidade". A última vítima da violência foi Décio de Sá, blogueiro e repórter do "Estado do Maranhão", morto em 23 de abril.

Rosário disse que "quando um jornalista é atingido, temos também o exercício da livre possibilidade de comunicação atingida. Portanto, estão atingidos os direitos de todas as pessoas".

Ontem a ANJ e outras associações de imprensa da América do Sul divulgaram um alerta sobre a violência a jornalistas, a Declaração de Santiago. O texto destaca que "os 29 jornalistas assassinados" na região em 2011 (dos quais quatro brasileiros) somam "um terço do total mundial". No Brasil, só em 2012 foram mortos quatro jornalistas.

Empresas como a Delta Construções, acusadas de pagar suborno para obter vantagens passariam a responder na justiça por seus atos, caso Câmara aprove projeto relatado pelo deputado Carlos Zarattini

Carlos Zarattini, relator do projeto, quer punir empresas
Empresas envolvidas em denúncias de corrupção ou que estejam sendo investigadas por cometer crimes contra a administração pública terão mais motivos para se preocupar, caso a Câmara dos Deputados aprove a chamada Lei Anticorrupção. O projeto de lei 6.826, de 2010, estabelece a responsabilização administrativa e civil de empresas e seus diretores pela prática de atos ilícitos contra a administração pública nacional ou estrangeira. O projeto de lei, editado pelo Poder Executivo, tramita em caráter conclusivo e a previsão é que seja votado na comissão especial em que se encontra na Câmara, no próximo dia 23 de maio. Caso seja aprovado, e não haja requerimento para votação em plenário, seguirá para o Senado.

Na prática, o projeto institui a responsabilidade objetiva das empresas. Atualmente, em casos de corrupção, é preciso que se comprove que a organização enviou alguém para corromper a administração pública. Em muitos casos, quando flagradas, as empresas argumentam que o enviado agia por conta própria, sem autorização, e se livra, assim, de responsabilidade.

Segundo o relator do projeto na Câmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), a possibilidade de empurrar a responsabilidade para o funcionário que participou da negociação deixar de existir. O texto da lei estabelece que agora a responsabilização será de quem foi o beneficiário dos atos de corrupção. Ou seja, as empresas. 

“As empresas sempre acusam seus funcionários e dizem que aquilo que foi praticado é de responsabilidade do funcionário, ou os diretores e presidentes dizem que não sabiam. Mas agora se observará quem recebeu o benefício, ou seja, a empresa corruptora poderá ser punida e não apenas seus diretores, presidentes, acionistas ou qualquer pessoa física que possa responder pelos crimes”, explicou o deputando em entrevista ao Congresso em Foco.

Se, por exemplo, o texto já estivesse em vigor, a Delta Construções S.A., acusada de envolvimento com os negócios ilegais do contraventor Carlinhos Cachoeira, poderia ser punida, e não apenas os seus diretores. Num caso em que ficasse comprovado que, mediante o pagamento de propina, a empresa conquistou algum contrato de obra pública, poderia se dar a responsabilização. Na quarta-feira passada (25), Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta, foi detido em Goiânia e está preso no presídio da Papuda, em Brasília. Ele foi afastado do cargo após a revelação de ter ligações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira durante a Operação Saint-Michel, segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Abreu é suspeito de corrupção e formação de quadrilha.

Multas e suspensão

De acordo com a legislação vigente, a única pena prevista para empresas corruptoras é a aplicação da declaração de inidoneidade, que impede que instituições nesta situação participem de novos contratos ou licitações. Se aprovada, a nova lei estabelece formas de punição, com multas de até 20% do faturamento bruto da empresa, declaração de inidoneidade por até cinco anos e a suspensão do funcionamento da empresa e algumas outras penas aplicáveis pelo próprio Poder Executivo.

Para Zarattini, o país tem experimentado um período de transformação nas formas de fazer política e também de fazer negócios “que tem uma relação direta com o combate à corrupção”. “Existe uma clara decisão da sociedade – manifesta, por exemplo, em processos de “impeachment”, em cassação de mandatos e em legislações como a Lei da Ficha Limpa –, de romper com o círculo vicioso da corrupção e adotar um estilo de governo e de negócios orientado pela transparência”, afirma o deputado em seu relatório.

Zarattini também afirma que a punição deve ocorrer dentro de parâmetros legais e no menor prazo possível. O deputado explica que “somente assim ficará claro para toda a sociedade que as regras do jogo mudaram, de uma vez por todas, e que os responsáveis por atos lesivos à administração pública, pessoas jurídicas ou pessoas físicas, serão processados e punidos, conforme a lei, de forma rápida e eficaz”.

Acordos internacionais

A aprovação da lei anticorrupção faz parte de uma série de ações que o governo brasileiro está obrigado a adotar para atender a acordos internacionais antisuborno e anticorrupção ratificados pelo país. O Brasil acompanha a Irlanda e a Argentina no grupo de países com legislação considerada deficitária sobre o tema. Apesar de já ter a Lei de Licitações (8.666/1993) e a Lei Antitruste (8.884/1994), o país precisa ter aprovada a sua Lei contra Atos da Administração Pública para ingressar no grupo de países com leis rigorosas contra a corrupção.

A lei protege ainda os princípios constitucionais de liberdade de iniciativa, da livre concorrência, da função social da propriedade, da defesa dos consumidores e dos contribuintes a partir de regras de prevenção e de repressão à concorrência desleal, à infração ou abuso de poder econômico que atentem contra as estruturas de mercado.

Em setembro do ano passado, uma comissão especial foi criada para votar o tema, mas somente na última semana foi apresentado o relatório final. Na ocasião, o deputado Alberto Filho (PMDB-MA) pediu vista e a votação foi adiada para o fim do mês.

Embora a intenção seja aprovar rapidamente o projeto, há ainda um risco de retardamento. Caso 10% dos deputados assinem um requerimento nesse sentido, o projeto terá que passar pelo plenário da Câmara antes de seguir para o Senado. “Temos voto para aprovar o projeto na comissão e enviar diretamente ao Senado, mas estamos conversando com vários deputados para evitar que o texto siga antes para o Plenário da Câmara, pois sabemos que sua votação lá pode demorar meses, havendo até o risco de ser retirado de pauta. É uma matéria importante e precisa ser aprovada, mas infelizmente, sabemos que o lobby das empresas contra o projeto é muito grande”, afirmou Zarattini.

3 de mai. de 2012

Flávia Villela e Thais Leitão
Da Agência Brasil

Todos os cargos de diretoria da Petrobras serão trocados, informou nesta quinta-feira (3) o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, em um evento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“A intenção é fazer uma renovação completa da diretoria. Faltam dois que é o da internacional [Jorge Zelada] e o da financeira [Almir Barbassa]”, informou Lobão.

O ministro garantiu que as diretorias da BR Distribuidora e da Transpetro, que são subsidiárias da petroleira, não serão modificadas.

Na semana passada, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou a indicação de José Carlos Cosenza, que ocupava o cargo de gerente-executivo de Refino na empresa, para substituir o diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa; e a indicação de Richard Olm, que atuava como gerente-executivo de Projetos de Desenvolvimento da Produção, para assumir a diretoria de Engenharia, Tecnologia e Materiais, ocupada até então por Renato de Souza Duque.

O secretário de Abastecimento do município, Júlio França, ex-vice-presidente da Comissão Provisória municipal do PDT, destituída recentemente pela executiva nacional, voltou a afirmar nesta manhã de quinta-feira (03) que seu grupo vai apoiar a candidatura do prefeito João Castelo, destoando da orientação da cúpula do partido que decidiu fazer aliança com o deputado federal Edivaldo Holanda Júnior (PTC).

Júlio França mostrou-se extremamente revoltado com a iniciativa de direção nacional que, segundo afirma, cassou a Comissão Provisória sem sequer comunicar seus integrantes. O secretário lamentou que a cassação tenha sido incentivada “por companheiros que fizemos crescer na política”, numa referência ao suplente de deputado Weverto Rocha, que reassumiu hoje a cadeira do deputado Edivaldo Holanda Júnior na Câmara Federal, que pediu licença para se dedicar integralmente à campanha.

“Nós estamos organizando um ato público para mostrar nossa posição. Não podemos concordar com essa imposição de apoiar Edivaldo Holanda Júnior se essa discussão sequer foi levantada no partido”, reclama França. Ele criticou também a decisão da direção nacional de entregar o comando do partido em São Luís a Weverto Rocha. “O certo seria nomear a Dra. Clay Lago para presidir a Comissão Provisória pelo simbolismo que ela representa”, defende.

França revelou que a ala comandada por ele e pelo também secretário Clodomir Paz decidiu buscar um entendimento com o grupo dos históricos para tentar retomar o controle do PDT mais na frente, ou seja, na convenção. Os pedetistas mais antigos, liderados por Clay, defendem a candidatura do ex-ministro do STJ, Edson Vidigal.    
Por Jeferson Ribeiro e Tiago Pariz

A remuneração da caderneta de poupança será alterada toda vez que a taxa básica de juros Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano, segundo o esboço de uma medida provisória vista pela Reuters, que deve ser apresentada pela presidente Dilma Rousseff a líderes aliados nesta quinta-feira. 

Segundo o documento, quando Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano, a poupança será remunerada pela Taxa Referencial (TR) mais 70% da Selic. Quando a taxa básica estiver igual ou acima deste patamar, a regra atual, de TR mais 0,5% de juro ao mês, será mantida. 

A MP, que pode passar por pequenos ajustes depois das reuniões desta tarde, prevê que os depósitos feitos até sua entrada em vigor manterão a atual fórmula de remuneração.  

O deputado Bira do Pindaré começou a colher nesta manhã de quinta-feira (03) as assinaturas ao requerimento de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito, composta por sete parlamentares, para apurar, no prazo de 120 dias, os crimes de pistolagem no Estado ocorrido a partir de 2010.

Treze deputados já assinaram o requerimento, mas a previsão é que até a próxima segunda-feira (07) dezesseis parlamentares tenham rubricado o documento que pede a instalação da CPI para investigar os crimes de pistolagem relacionados a conflitos fundiários, políticos, que atente contra a cidadania ou contra a liberdade de imprensa.

Assinaram o pedido de CPI os deputados Bira do Pindaré (PT), Otelino Neto (PPS), Eliziane Gama (PPS), Zé Carlos da Caixa (PT), Valéria Macedo (PDT), Chico Gomes (DEM), Marcelo Tavares (PSB), Luciano Leitoa (PSB), Gardênia Castelo (PSDB), André Fufuca (PSD), Neto Evangelista (PSDB). Carlos Amorim (PDT) e Graça Paz (PDT). 

A deputada Cleide Coutinho (PSB) não compareceu à sessão desta manhã, mas é tido como certo seu apoio. Prometeram também assim o requerimento os deputados Carlos Alberto Milhomem (PSD) e Hemetério Weba (PV), O quorum mínimo para a instalação da CPI é quatorze assinaturas. 

O líder do Bloco da União Democrática, deputado Eduardo Braide, promete reunir seus liderados para saber o que acham da proposta, mas nada adiantou sobre o que pensa a respeito dos crimes de encomendas que estão acontecendo no Estado.

Conforme levantamento feito por Bira do Pindaré, somente nos primeiros quatro meses deste ano foram registrados seis assassinatos, praticados por pistoleiros de aluguel, sendo três em São Luís e os demais no interior do Estado onde a violência campeia e o aparato de segurança se mostra fraco e sem condições de reagir.

Na capital, além do jornalista Décio Sá, executado em plena Avenida Litorânea, foram vítimas os irmãos e empresários José Mauro Alves de Queiroz e José Queiroz Filho, donos de uma distribuidora de óleo na BR-135, próximo ao Maracanã. Assim como Décio, os irmãos foram assassinados por um individuo não identificado que estava em uma moto.   


Guereiro Júnior e Cleones Cunha prometem apurar vazamento de depoimentos
Em reunião nesta quinta-feira (3), com o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Guerreiro Júnior, o Comitê de Imprensa que acompanha o “Caso Décio Sá” cobrou do Judiciário Maranhense uma investigação sobre o vazamento dos depoimentos sobre o assassinato do jornalista, morto em 23 de abril. O presidente anunciou na ocasião a abertura de procedimento investigatório por meio de Portaria dirigida à Corregedoria Geral de Justiça (CGJ).

No documento, Guerreiro Júnior solicita a abertura do procedimento de investigação, e, consequentemente, a responsabilização dos possíveis membros da Justiça de 1º Grau, ao descumprirem o dever restrito à manutenção do sigilo de informação e de documentos públicos.

“Nós, como membros do Judiciário, temos a obrigação de investigar o vazamento e garantir o sigilo dos depoimentos das testemunhas”, disse aos representantes do comitê formado por blogueiros, representantes dos sindicatos dos Jornalistas e Radialistas, que acompanham o andamento das investigações da morte de Décio Sá.

O presidente do TJ lembrou o fato de a Secretaria de Segurança Pública ter tomado a decisão correta ao decretar o sigilo das investigações, reforçando a necessidade de uma força tarefa entre todos os órgãos para combater o crime organizado no Maranhão, principalmente em período de eleições municipais.

Guerreiro afirmou que o Poder Judiciário está ao lado das investigações e solidário em combater a pistolagem, a qual está se instalando no estado de forma paulatina.

Corregedoria - Com relação ao vazamento dos depoimentos, que, supostamente, teria ocorrido na 1ª Vara do Tribunal do Júri, o corregedor Geral de Justiça, desembargador Cleones Cunha, que esteve na reunião, afirmou: “conforme informações da juíza Alice Rocha, caso o vazamento tenha acontecido foi antes de decretado sigilo, que só ocorreu em 27 de abril, sexta-feira”, esclareceu.

Cleones enfatizou que todo pedido da Secretaria de Segurança referente ao caso, será imediatamente analisado, além de ser redobrada a vigilância quanto ao manuseio do processo.

Guerreiro Júnior e Cleones Cunha reforçaram que as providências para se descobrir a responsabilidade quanto ao vazamento dos depoimentos não devem desviar o foco das investigações, que é elucidar o assassinato de Décio Sá.

CATIA SEABRA
LÚCIO VAZ
 
Com a ameaça de convocação do governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), PMDB e PT deram início ontem a um pacto de proteção mútua de seus governadores na CPI do Cachoeira.

Pelo acordo, o PMDB evitaria exposição do governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz, em troca da blindagem de Cabral.

À frente da CPI, PMDB e PT deram um primeiro passo ontem ao deixar a investigação dos governos estaduais fora da pauta de investigação nos próximos 40 dias.

Emissários de Cabral foram informados que, segundo o plano de trabalho do relator Odair Cunha (PT-MG), o eventual envolvimento de governadores com esquema do empresário Carlinhos Cachoeira só será objeto da CPI a partir de 12 de junho.

Os governadores não foram citados na apresentação do plano e há a possibilidade de os casos serem remetidos às Assembleias Legislativas.

O nome de Cabral veio à tona após o blog do deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) exibir fotos do governador numa confraternização com o presidente licenciado da Delta, Fernando Cavindish, durante viagem a Paris.

Para o sucesso desse acordo, petistas e peemedebistas contam com a adesão do PSDB, que tenta poupar o governador goiano Marconi Perillo.

O líder do PT da Câmara Legislativa do DF, Chico Vigilante, e o vice-governador, Tadeu Fillippeli (PMDB), têm conversado todos os dias sobre a CPI. "Não vão convocar o Cabral nem o Agnelo", afirma Vigilante.

"Para convocar o Cabral, tem que convocar o Alckmin, o Kassab, porque a Delta também prestava serviço para esses governos", acrescentou.

Peemedebistas não são tão otimistas. Para deter a investigação, líderes do partido estariam trabalhando até por um acordo para preservar o mandato do senador Demóstenes Torres, mas temem que as disputas internas no PMDB e PT inviabilizem a operação.
Design de NewWpThemes