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26 de nov. de 2011

Os coronéis da Polícia Militar já não reconhecem mais o Comando de Franklin Pacheco e vão pedir que ele desocupe o cargo, por absoluta falta de competência, na próxima segunda-feira, às 9h, durante reunião que acontecerá na sede  da corporação, no retorno do Calhau.

A informação foi passada agora a pouco ao blog por um dos principais líderes do movimento que paralisou as atividades da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Segundo a fonte fidedigna, dezessete dos dezoitos coronéis vão exigir que Franklin Pacheco renuncie e caso ele não aceite renunciar irão tomar o comando da tropa, o que vai provocar uma crise institucional.

O Perguntei a fonte ( não revelo o nome para evitar perseguição) como se dará a tomada do comando da tropa, em caso de recusa do Comandante entregar o cargo, e ele respondeu que os coronéis não assumir o comando e ignorar sua existência. “O que vai acontecer não se sabe, a crise institucional vai ser criada se ele não renunciar”, adiantou.

A tentativa de prisão dos líderes aumentou a adesão ao movimento. Hoje mais duas corporações do interior do Estado se apresentaram ao comando da paralisação para informar sobre a adesão. Em Pindaré Mirim, o pessoal do 7º Batalhão, cerca de 200 homens, trancaram o Quartel e se declararam em greve.  O mesmo ocorreu com São Luís Gonzaga.
  
  
E agora Roseana? A greve continua! A tentativa de intimidação ao comando da paralisação dos policiais não colou. Com a recusa da Justiça em ceder aos caprichos da governadora Roseana Sarney (PMDB), o Palácio dos Leões terá que sentar com os grevistas para discutir a pauta de reivindicações, que tem como principal item a reposição das perdas salariais.

A proposta de negociar somente após o fim da paralisação não surtiu efeito e a greve continua até que a senhora governadora se disponha despir-se de sua arrogância e intransigência e sente com os líderes do movimento para encontrar uma solução para o impasse.

Acostumada a mandar e ser obedecida pelo time de puxas que sobrevive à sombra da oligarquia Sarney, Roseana, mesmo contrariada e soltando fogo pelas narinas, terá que descer do salto e conversar com os policiais que desejam apenas serem tratados com dignidade, como qualquer trabalhador.

Roseana queria dobrar o movimento na força, usando a Justiça para ameaçar as lideranças de prisão, mas teve seu pedido rejeitado e terá que negociar. Com a rejeição, a tendência é crescer a adesão ao movimento. Várias caravanas do interior do Estado estão chegando a São Luís para se juntar aos que estão acampados na área externa da Assembleia Legislativa.    

Aumentou o nível de conhecimento dos eleitores do Pará sobre o plebiscito
Segunda pesquisa do Datafolha mostra que 62% são contra a criação do Carajás, e 61%, do Tapajós

AGUIRRE TALENTO
DE BELÉM

Aumentou o nível de conhecimento dos eleitores do Pará sobre o plebiscito de dezembro, mas a rejeição à divisão do Estado continua predominante.

Segundo pesquisa do Instituto Datafolha divulgada ontem, 62% dos eleitores são contra a criação do Estado do Carajás e 61% são contra a criação do Estado do Tapajós.

Nessa pesquisa, a segunda do Datafolha sobre o plebiscito, houve um pequeno aumento no nível de rejeição ao desmembramento do Pará, mas dentro da margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Foram entrevistados 1.015 eleitores paraenses entre os dias 21 e 24 deste mês. A pesquisa foi encomendada em parceria entre a Folha e as TVs Liberal e Tapajós (afiliadas da Rede Globo).

Em 11 de dezembro, os eleitores do Pará irão às urnas opinar se querem que o Estado se separe e dê origem a mais outros dois: Carajás (sudeste) e Tapajós (oeste).

A principal diferença no cenário da nova pesquisa para a anterior, divulgada há duas semanas, é que foi realizada dez dias após o início da propaganda plebiscitária na TV e no rádio.

Comandado por Duda Mendonça, o marketing separatista tem feito apelos aos eleitores de Belém, região que concentra o maior eleitorado, para que votem a favor da divisão e deixem a "esperança vencer o medo".

A campanha nos meios de comunicação, no entanto, ainda não foi capaz de mudar o opinião do eleitor para além da margem de erro.

A principal alteração constatada na nova pesquisa é que os eleitores se consideram mais bem informados sobre a divisão do Pará: 96% dizem ter tomado conhecimento do plebiscito e, dentro desse universo, 33% dizem que estão bem informados.

Na pesquisa anterior, 92% sabiam do plebiscito e, desses, 19% se consideravam bem informados.

O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, ressalta que a pesquisa é um retrato deste momento e que a campanha entra agora em uma fase decisiva.

Prova disso é que agora se intensificam as carreatas e os debates. Nas duas semanas finais, estão previstos três debates na televisão com os representantes das frentes de campanha sobre a divisão.

"É comum que os eleitores tomem a decisão sobre seus votos só nos últimos dias", afirmou Paulino.

A aprovação à ideia da divisão caiu até mesmo entre os eleitores das regiões que querem se separar.

No Carajás, por exemplo, 78% se dizem a favor do Estado do Carajás, uma queda de seis pontos percentuais em relação ao último levantamento do Datafolha.

No Tapajós, 74% são a favor do novo Estado -uma oscilação negativa de três pontos percentuais.

A maior resistência, porém, continua na região chamada de "Pará remanescente", que permaneceria inalterada com a divisão.

A rejeição é acima de 80% e tem se refletido em uma hostilização das campanhas separatistas. No último domingo, a primeira carreata dos defensores da divisão em Belém foi recebida com vaias.

Depois de falar em \"bandidos de toga\", Eliana Calmon diz que há magistrados envolvidos em compra ilegal de terra
BENTO GONÇALVES - O Estado de S.Paulo

A corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, revelou ontem que o órgão está investigando operações suspeitas envolvendo um grupo de juízes em um esquema de compra de terras e grilagem em áreas do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e divisa entre Bahia e Goiás. A trama envolve tabelionatos e cartórios de registro de imóveis e as terras têm sido usadas para cultivo de soja, informou a corregedora.

Os casos incluem cancelamento de títulos e matrículas em cartórios por ordem judicial, ações reivindicatórias sem título adequado e concessão de liminares para imissão de posse indevida, tutela antecipada em ação por usucapião, entre outros expedientes. "Pelas informações que estamos recebendo, está ocorrendo grilagem de terras que não valiam nada e que hoje são riquíssimas com o agronegócio, com participação de magistrados", afirmou a ministra, no encontro da Enccla.

É um esquema semelhante, segundo ela, ao que ocorreu no Sul do Pará, onde terras sem valor "começaram a ser valorizadas em razão do agronegócio". Ela mencionou denúncias de "dois ou três magistrados investigados, que o Tribunal removeu, colocou outro e em poucos meses o outro estava no mesmo esquema". Eliana defendeu mobilização conjunta do Ministério da Justiça, PF, Ministério Público e CNJ para investigar o caso. "Levei minha preocupação ao ministro Cesar Peluso (presidente do STF e do CNJ). Nas ações políticas é quem deve atuar para um enfrentamento conjunto."

Corporativismo. A corregedora denunciou também o que chamou de "corporativismo ideológico perigosíssimo" nas corregedorias do Poder Judiciário, que favorece a infiltração de "bandidos de toga". Denúncia semelhante, feita por ela há um mês, gerou uma pequena crise no CNJ. 'O corporativismo", afirmou, "é uma visão ideológica. Ideologicamente você parte para defender o Judiciário e começa a não ver nada ao seu redor. Porque você acha que, para defender o Judiciário, tem que manter o magistrado imune às críticas da sociedade e da imprensa".

Na avaliação da ministra, o Judiciário padece de uma ideologia de dois séculos de falta de transparência. "Nada se esconde mais, um dos instrumentos da corrupção é exatamente esse fechamento. É uma cegueira causada pela ideologia. Não veem que isso está se alastrando. Por isso eu falei dos bandidos de toga, porque é uma infiltração, uma cultura que tem sido deletéria no Judiciário." Essa é uma das razões, advertiu, pelas quais a atuação do CNJ vem sendo criticada por alguns magistrados e entidades de classe. / F.M. e A.W.

25 de nov. de 2011


Rosa Costa, da Agência Estado

BRASÍLIA - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirma em artigo publicado no seu blog que vê reunidos na reação dos que criticam a estatização da Fundação José Sarney "todos aqueles defeitos que movem o ódio político: a inveja, a burrice e a ingratidão". O senador faz a defesa da fundação criada para enaltecê-lo 37 dias depois da Assembleia Legislativa do Maranhão aprovar projeto de iniciativa da sua filha, a governadora Roseana Sarney, obrigando o Estado a custear as despesas da entidade. E 10 meses após o Tribunal de Contas da União (TCU) aceitar a denúncia contra a mesma fundação por supostos desvios de recursos público de patrocínio da Petrobrás.

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que, de um total de R$ 1,3 milhão repassado pela estatal, pelo menos R$ 500 mil foram parar em contas de empresas prestadoras de serviço com endereços fictícios em São Luís (MA) e até em uma conta paralela que nada tem a ver com o projeto. Uma parcela do dinheiro, R$ 30 mil, foi para a TV Mirante e duas emissoras de rádio, a Mirante AM e Mirante FM, de propriedade da família.

Na sua crítica denominada "A Burrice e a Política", também publicada no jornal O Estado do Maranhão, o presidente do Senado defende que não se deve julgar os políticos somente pelos que são maus, "numa generalização deformada ", deixando claro que eles faz parte dos bons políticos.

O Gabinete Militar do Poder Legislativo não vai cumprir os mandado de prisão contra os coronéis e lideranças do movimento que paralisaram as atividades da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, caso sejam expedidos pela Justiça Militar.  A informação foi passada pelo responsável pela segurança da Casa, coronel Pinheiro Filho, que alega falta de estrutura para cumprir tal determinação judicial.

Os pedidos de prisão solicitados pela governadora Roseana Sarney encontram-se na mesa do Juiz Vicente de Paula, à espera de despacho, e a qualquer momento poderão ser expedidos. “Se houve mandato de prisão, que o comandante da tropa mande um oficial efetuar a prisão porque nós não temos estrutura para isso”, adiantou Pinheiro Filho.

Pinheiro Filho explicou que sua função como Chefe do Gabinete Militar da Assembleia é garantir a segurança da prédio e das instalações da Casa, não efetuar prisão. “Se mandarem o um oficial da Força Nacional, eu vou para minha casa, pois nada mais me restará a fazer aqui, mas devo adiantar que não prenderei ninguém, até por falta de estrutura”, completou.

O clima é de confronto, hoje pela manhã três agentes das Forças de Segurança foram flagrados espionando o movimento e fazendo levantamento da área para uma possível ocupação do Exército, mas foram descobertos e expulsos do local. Dois sargentos do serviço secreto do Exército estavam filmando a concentração dos militares com uma câmera escondida num envelope e foram escoltados até a porta de saída da Assembleia.

Segundo um dos líderes do movimento, coronel Ivaldo Barbosa, a cada dia aumenta a adesão ao movimento. Vans começaram chegaram chegar do interior do Estado com policiais reformados solidários com a paralisação.

“Nós queremos voltar ao nosso local de trabalho, mas também desejamos que o policiais seja tratado com dignidade. Nosso movimento é pacífico e ordeiro, se existe alguém fazendo terrorismo é do lado do governo”, enfatizou Ivaldo.    
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