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18 de jan. de 2014

Para promover o turismo internacional no Maranhão, o presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Flávio Dino, estará em São Luís para oficializar a parceria entre a Prefeitura da capital e o Instituto para a realização de dezenas de eventos que vão divulgar São Luís como destino turístico ao longo de 2014. O evento acontecerá nesta segunda (20), na Associação Comercial do Maranhão.

Através de projetos apresentados pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior e o secretário municipal de Turismo, Lula Fylho, a Embratur vai financiar uma série de eventos em que São Luís será destaque internacional. Países como Portugal, Argentina, Peru e Colômbia receberão ações que visem destacar os atrativos da capital e outras cidades maranhenses.
O roteiro é baseado em três importantes destinos maranhenses: São Luís, Alcântara e Barreirinhas, que serão apresentadas ao mundo em diferentes aspectos. As ações irão destacar pontos positivos como o patrimônio histórico e arquitetônico, o turismo ecológico, gastronômico e cultural.

A partir da parceria entre Embratur e a prefeitura de São Luís, o Maranhão será destino de diversos eventos com o intuito de dinamizar a economia do turismo.

Além da visita de jornalistas estrangeiros para conhecer as Festas Juninas e divulga-las no exterior, apresentando a cultura maranhense ao mundo, a Embratur trará eventos com a presença de empresários e profissionais do turismo de todo o mundo para conhecer o Maranhão. O material promocional contará ainda com um filme sobre a cultura maranhense.

São Luís faz parte ainda de um outro conjunto seleto de 11 cidades com especial atenção da Embratur. O Instituto destinou R$ 3 milhões para divulgação de cidades com patrimônio tombado pela UNESCO, como é o caso da capital maranhense.

Segundo Flávio Dino, presidente da Embratur, esse conjunto de ações visa consolidar uma série de outras ações que promoveram o Maranhão de forma positiva ao mundo durante os 30 meses em que Dino esteve à frente do órgão do Governo Federal responsável pela divulgação do Brasil no exterior.

Ao longo de dois anos e meio, o Maranhão foi promovido pela Embratur como destino atrativo através de ações promocionais internacionais, com a vinda de profissionais do turismo para conhecer e divulgar o estado, bem como jornalistas estrangeiros.
                                                       

Josias de Souza
 
O Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Maranhão (Sindspem) convocou para a próxima quarta-feira (22) uma assembleia geral. Num instantante em que o complexo prisional de Pedrinhas está mergulhado em crise, a entidade discutirá a hipótese de convocar uma greve geral dos agentes penitenciários do Estado. Deve-se a providência à revolta da categoria com uma portaria editada pelo governo de Roseana Sarney (MA).

A portaria leva o número 001/2014. Está datada de 13 de janeiro. Foi baixada pela Secretaria da Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão (Sejap). Assina o documento o superintendente de Controle e Execuções Penais, Ronald da Silva Dias. O texto prevê que a segurança dos presídios maranhenses passará a ser exercida apenas por monitores terceirizados lotados numa unidade chamada Grupo Especial de Operações Penitenciárias (Geop).

Quanto aos agentes penitenciários do Estado, serão retirados de Pedrinhas e passarão a executar tarefas como a escolta de presos convocados para audiências judiciais em São Luís e cidades do interior, além da custódia de detentos recolhidos em hospitais. O sindicato alega que os monitores terceirizados não têm preparo para restabelecer a ordem e a segurança no xadrez.

O sindicalismo sustenta também que o cenário explosivo que convulsiona o cadeião de Pedrinhas, hoje ocupado pela PM e por policiais da Força Nacional de Segurança, tende a se agravar. Alega, de resto, que o objetivo da Sejap, a secretaria governamental que cuida das cadeias, seria o de ampliar o modelo de terceirização da gestão do sistema prisional. Em sua defesa, o governo argumenta que não cogita senão “reordenar e otimizar o trabalho dos agentes penitenciários no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.”

São duas as empresas privadas que prestam serviços nas cadeias do Maranhão: a VTI, de Fortaleza, e a maranhense Atlântica Segurança. Juntas, receberam do governo estadual no ano passado R$ 71 milhões. Fornecem mão de obra barata. Seus monitores recebem remuneração mensal de R$ 900. A cifra corresponde a menos de um terço do contracheque dos agentes penitenciários do quadro estadual.

Uma das empresas, a Atlântica, pertence a Luís Cantanhede Fernandes. Vem a ser um velho amigo de Jorge Murad, o marido da governadora. Tornou-se um personagem nacional em 2002. Então candidata ao Planalto pelo ex-PFL, Roseana viu suas pretensões predidenciais derreterem depois que, numa batida realizada na empresa Lunus, consultoria que ela mantinha em sociedade com Murad, a Polícia Federal apreendeu R$ 1,3 milhão. Para justificar a aparição do dinheiro vivo, Roseana assinou um contrato de suposto empréstimo com Luís Cantanhede.

Um detalhe potencializa a revolta da corporação dos agentes penitenciários. No mesmo dia em que foi assinada a portaria que os retira das cadeias, 13 de janeiro, o juiz Manoel Matos de Araújo, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca de São Luís, ordenou ao governo maranhense a adoção de duas providências: 1) a reforma de Pedrinhas e a construção de novos presídios num prazo de 60 dias. 2) a nomeação em 30 dias de todos os candidatos aprovados em concurso de agente penitenciário.

Nesta sexta-feira (17), em visita à capital maranhense, o presidente da Federação Sindical Nacional dos Servidores Penitenciários, Fernando Ferreira da Anunciação, ecoou os protestos dos colegas maranhenses. Anunciou que enviará ao Maranhão um advogado para assessorar o sindicato local na formulação de ações judicias contra autoridades que acusam os agentes penitenciários de negligência.

Fernando Ferreira informou também que a federação que dirige vai protocolocar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) uma petição pedindo providências contra a nova portaria do governo maranhense e contra a omissão do Poder Judiciário na fiscalização do cumprimento da Lei de Execuções Penais nas cadeias do Maranhão. Como se vê, a crise está longe de ser contornada.

Chega a ser patológico e cínico o jogo de propaganda da Oligarquia para inverter a realidade dura do miserável estado do Maranhão. Mas eles são autênticos quando afirmam na campanha publicitária do governo Roseana Sarney, paga com nosso dinheiro, que sentem orgulho e amor pelo Maranhão.

E devem sentir mesmo, pois é por causa dessa miséria extrema, da corrupção elevada a verdadeira instituição, da fraude eleitoral, da subserviência do judiciário, que os Sarneys tem-se mantido no poder por meio século. 

José Sarney e sua trupe amam esse Maranhão, que lhes enriqueceu à custa da pobreza de seu povo. É da miséria e fome que nasce o amor da Oligarquia pelo Maranhão, porque, sem isso, eles não podem continuar no poder. Por isso a Oligarquia sente orgulho e ama esse Maranhão que eles construíram, e lutam a ferro e fogo para manter sob seu jugo.
Na tresloucada entrevista que Roseana Sarney (PMDB) justificou o aumento da violência ao enriquecimento do Maranhão, ela afirmou que aqui não havia oligarquia, que ela tinha uma “história”, e outras sandices do genero. Pois muito bem, vamos ver que história é essa de Roseana.

Roseana se diz “socióloga formada”, mas jamais alguém viu ou ouviu falar qualquer trabalho da erudita senhora nesse ramo das ciências.  Ela foi nomeada, em 1974, servidora do Senado Federal, num trem da alegria sem jamais estudar um minuto para passar num concurso público. A nomeação de Roseana atendeu apenas ao seu QI (Quem Indica), e quem a indicou para ser nomeada foi seu pai, José Sarney. Recentemente, Roseana se aposentou nesse cargo, sem jamais bater um dia de ponto sequer, com uma bagatela mensal de R$ 20.900,00 (vinte mil e novecentos reais).

Na carreira política, Roseana foi eleita deputada federal em 1990, após o pai Sarney deixar a cadeira de presidente da República em maio daquele ano, com a eleição mais cara e opulenta da história até então. O derrame de dinheiro para garantir uma “votação expressiva” para a filha de José Sarney, foi questão de honra, apesar de a distinta candidata jamais ter se aventurado anteriormente pelo interior do pobre Maranhão. Se hoje em dia,  para se eleger, Roseana faz as barbaridades  de fraudes que chocaram até o procurador geral da República, Roberto Gurgel, no processo de cassação movido pelo ex-governador José Reinaldo, imagine-se o que não fizeram em 1990, quando nem lei contra de abuso de poder e compra de votos existia ainda.

A partir de então, a carreira politica de Roseana Sarney foi movimentada por puro dinheiro público, seja em 1994, 1998 ou 2002. Na única vez em que disputou uma eleição sem ter as chaves do cofre, ela foi derrotada nas urnas por Jackson Lago em 2006.

Roseana jamais teve carreira profissional, pois seu cargo conseguido no Senado foi graças ao patrimonialismo que os Sarney entendem tão bem. Jamais passou num concurso público; jamais fez alguma coisa na vida que não fosse usufruir do poder, inclusive para conseguir emprego no Senado; Na vida politica, na histórica entrevista que concedeu há poucos dias ( essa entrevista, sim, ficará para a História), mostrou todo seu despreparo para o mínimo poder de gestão. E ela já governa o Maranhão pela 4ª vez.

17 de jan. de 2014

Agência Brasil

O governo do Maranhão encaminhou ao Ministério da Justiça lista com o nome de 35 presos que podem ser transferidos para presídios federais, segundo informou o ministério.

A maior parte do grupo está no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), e são acusados de liderar facções criminosas que disputam o controle do tráfico de drogas no estado e de comandar atos violentos.

Inicialmente, o governo estadual havia solicitado a transferência de 50 detentos. O ministério informou à Agência Brasil que a primeira análise dos perfil dos presos é feita pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

O departamento inclusive já identificou que, dos 35 presos listados, apenas nove atendem às exigências do Decreto 6.877/2009 e estão aptos a serem transferidos para o Sistema Penitenciário Federal.

Dos nove detidos, a Justiça maranhense já autorizou a transferência de dois. Falta agora apenas o aval da Justiça Federal para que eles sejam remanejados. Os demais sete detentos ainda aguardam o pronunciamento do juiz estadual.

Oferecida pelo Ministério da Justiça, a transferência é uma das 11 medidas do plano de combate à violência no sistema carcerário maranhense, anunciado após os ataques a ônibus e delegacias registrados em São Luís, no último dia 6. Um dos ataques resultou na morte da menina Ana Clara Santos Souza, de 6 anos, que estava no interior de um dos veículos.

De acordo com o ministério, já há, atualmente, 22 presos maranhenses em estabelecimentos federais.

 
A determinação do prefeito Edivaldo é que as ações beneficiem toda a cidade
A Prefeitura de São Luís está intensificando as ações de requalificação asfáltica nas principais vias da capital. Nesta última semana, os serviços foram concentrados nos bairros Rio Anil, Cohama, Turu, Janaína, Santa Bárbara, Tibiri, Centro, João de Deus, Anjo da Guarda, Alto da Esperança, Andiroba, Jardim América, João Paulo, Cohab, além das avenidas dos Africanos e Franceses. Nesta fase dos serviços, serão priorizadas as grandes avenidas e corredores para garantir a mobilidade. 

“A determinação do prefeito Edivaldo Holanda Júnior é que as ações beneficiem toda a cidade. Iniciamos o trabalho de recuperação asfáltica de maneira emergencial, atendendo principalmente o corredor de ônibus da cidade a fim de garantir a mobilidade dos cidadãos, com segurança. Após o término deste trabalho, estaremos preparados para trabalhar nas vias secundárias”, frisou o secretário da Semosp, Antônio Araújo Costa.

Nesta sexta-feira (17), equipes da Semosp estiveram presentes nos bairros da Cohab, Tibiri, Aririzal, Rio Anil, Santa Bárbara e Janaína. Na Cohab, as ações de recuperação asfáltica seguem em ritmo acelerado. Para o aposentado José de Ribamar Freitas, que mora no bairro há 45 anos, as ações são importantes para garantir o conforto dos pedestres e dos motoristas. “Se a rua está trafegável, as pessoas podem andar com comodidade, os motoristas também, então isso resulta em qualidade de vida para todos”, afirmou.

O sentimento é compartilhado pela enfermeira Natália Coelho, que acompanhou o trabalho das equipes da Semosp durante toda a manhã. “Além de trazer conforto para a comunidade, a retirada dos buracos traz facilidade para funcionários da maternidade aqui do bairro, dos pacientes, da vizinhança. Isso tudo é um grande beneficio pra nossa cidade e pra nossa unidade”, salientou.


 O asfalto empregado nas ruas e avenidas contempladas pela operação é de CBUQ [Concreto Betuminoso Usinado a Quente], apropriado para os serviços de execução de recapeamento asfáltico. A massa empregada é utilizada nas grandes avenidas e corredores do país e garante a durabilidade também no período chuvoso.

 A ação de recuperação do pavimento percorreu as avenidas Contorno (Rio Anil), 04 (Janaína), São Jerônimo (Santa Bárbara), dos Africanos e dos Franceses, além das ruas do Rio do Meio (Tibiri), Sarney Filho (João de Deus) e o Residencial Araras (Aririzal). Os serviços foram realizados atendendo prioritariamente as vias que recebem grande número de veículos todos os dias. Os serviços percorreram também nesta semana as Avenidas Contorno (Rio Anil), Airton Sena (Tibiri), Avenida Guaxenduba, Cajazeiras e Mercado Central (Centro), vias da Chácara Brasil (Turu), Cohab-Anil , Janaína,  João Paulo, Anjo da Guarda, João de Deus.
O desenvolvimento econômico e social do Maranhão foi discutido por Flávio Dino na manhã desta quinta (16). Como pré-candidato ao governo do Maranhão, Dino afirmou que, para que o estado se desenvolva com igualdade, é necessária uma nova Política de Desenvolvimento para o Maranhão.

O pré-candidato apresentou três tarefas fundamentais que tratam do desenvolvimento do Maranhão através de uma nova forma de administrar. Para ele, é necessário abandonar a concentração de riqueza na mão de poucos e é preciso promover a distribuição das riquezas entre todos os maranhenses.

A primeira das diretrizes apresentadas por Dino trata da economia interna do Maranhão. Para ele, é necessário expandir o mercado interno com a consolidação das atividades econômicas já existentes (a exemplo da agricultura familiar e empresarial) associadas às políticas sociais.

A segunda diretriz seria investir em ciência e tecnologia para expandir conhecimento e técnica de desenvolvimento da agricultura. A terceira seria concatenar todas as ações em torno do fortalecimento da indústria local com modelo inclusivo e democrático, “que liberte o Maranhão da monotonia dos discursos baseados nos "grandes projetos" redentores,” disse Flávio Dino.

Cadeias produtivas

A defesa das riquezas do Maranhão e sua distribuição entre todos os maranhenses é um dos pontos mais defendidos por Flávio Dino durante o movimento Diálogos pelo Maranhão que, durante o ano de 2013, percorreu todas as regiões do estado discutindo um novo modelo de desenvolvimento.

O mapeamento e o investimento nas cadeias produtivas reais do Maranhão seriam o principal vetor para o desenvolvimento industrial do Maranhão. Relacionando primeiro, segundo e terceiro setor, Dino apresenta uma visão global do desenvolvimento econômico do estado.

No mesmo sentido, fala do investimento em políticas sociais que tenham em vista a distribuição de renda no Maranhão. “Para superar essa quadro, como os fatos recentes estão demonstrando, não basta fazer o "bolo" da riqueza crescer se ele não é distribuído com justiça e eficiência,” comentou Flávio Dino.

De acordo com o pré-candidato do PCdoB, é preciso implantar em conjunto com todas essas iniciativas os Arranjos Produtivos Locais (APLs), que garantam mais oportunidade de emprego e geração de renda.

16 de jan. de 2014

O prefeito de Teresina, Firmino Filho (foto), segundo revela o portal 180 graus, fez duras críticas a gestão da saúde pública no governo de Roseana Sarney. Os dois estados vivem uma verdadeira queda de braço, depois que a Prefeitura de Teresina deixou de atender pacientes do Maranhão.

Firmino, conforme o post publicado por Lídia Brito, afirma que a decisão foi tomada depois que o governo do Maranhão descumpriu o acordo de ressarcir Teresina pelos custos com o atendimento de pacientes maranhenses.

O prefeito da capital do Piauí afirma que as autoridades da saúde do Maranhão demonstram descaso com a dificuldade enfrentada por esses pacientes. “Precisamos recorrer ao Ministério da Saúde porque as autoridades do Maranhão marcam reuniões e desmarcam na véspera. Eles não estão preocupados. Mostram descaso e desinteresse”, declarou.
Felipe Frazão

LAGOSTA, DÓLARES E CAVIAR - Em meio à crise, o governo Roseana Sarney encomendou lagosta. Criticado, substituiu o pedido por caviar. A governadora (ao lado do ministro José Eduardo Cardozo) entregou a administração dos presídios do estado ao amigo e sócio da família que, em 2002, a socorreu quando a PF encontrou 1,3 milhão de reais na sede da empresa de seu marido (Marlene Bergamo/Folhapress)

Uma crise na área de segurança pública pode comprometer os planos de qualquer governante em ano eleitoral. Em 1992, o massacre no presídio paulista do Carandiru, uma rebelião que terminou com 111 detentos mortos, tornou-se marca indelével na trajetória do então governador Luiz Antonio Fleury Filho, que hoje amarga o ostracismo político. Neste ano, a grande questão no cenário eleitoral do Maranhão é se as mortes bárbaras ocorridas dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas – com decapitações e esquartejamentos – e fora dele, com ônibus incendiados e uma menina de 6 anos queimada viva, terão impacto para destronar um grupo político que governa o Estado há quase meio século.

Os três candidatos de oposição à governadora Roseana Sarney (PMDB), filha do senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB), são ligados ao Judiciário e a bandeiras dos direitos humanos. O mais conhecido deles é o ex-juiz e ex-deputado Flávio Dino (PCdoB), atual presidente da Embratur, que tentou unificar os partidos de oposição à gestão Roseana numa votação plebiscitária “anti-Sarney”. Também deverão concorrer a deputada estadual Eliziane Gama (PPS) e o advogado Luis Antonio Pedrosa (PSOL). Os dois presidem comissões de Direitos Humanos no Maranhão – ela na Assembleia Legislativa, ele na seção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A família Sarney pretende lançar na disputa Luis Fernando Silva (PMDB), atual secretário de Infraestrutura de Roseana. A governadora conta com o apoio do PT, que indicou o vice-governador e tem secretarias no primeiro escalão. Porém, no próprio PT a questão é controversa. Desde 2010, parte do diretório estadual não aceita o acordo com a família Sarney, mas a ordem vem de cima: a presidente Dilma Rousseff exige a manutenção da aliança – com apoio dos Sarney, ela obteve 79% dos votos no Maranhão na eleição passada. Quando a crise no sistema prisional se amplificou, Dilma se apressou em socorrer os Sarney: enviou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ao Maranhão. A incursão de Cardozo, que apareceu nas imagens de TV ao lado de Roseana anunciando uma parceria vaga entre os governos federal e estadual, ajudou a aplacar a crise e tirar o Maranhão do noticiário nacional.

“O PT hoje é nosso parceiro, tanto nacionalmente como no Estado”, afirma o líder do PMDB na Assembleia Legislativa, deputado estadual Roberto Costa. “A possibilidade de reeditar a aliança é muito forte.” Costa diz que a candidatura de Luis Fernando Silva terá ainda os apoios de DEM, PTB, PSD, PV e uma série de legendas nanicas.

Trio – Por causa da intervenção da direção nacional do PT na disputa em 2010, o comunista Flávio Dino afirma que não mobilizará a estrutura do PCdoB pelo apoio dos petistas. “Tem que deixar o PT decidir no tempo dele, já que a decisão é nacional mesmo. Se o PT vier, vai ser muito bem-vindo”, diz ele. “É uma contradição absoluta um partido que se autodenomina dos trabalhadores apoiar o último dos coronéis brasileiros.”

Em sua conta, Dino soma o apoio dos partidos Solidariedade, PDT, PP, Pros e o PTC, do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, cuja candidatura foi apadrinhada por ele. Em uma jogada que interfere na disputa presidencial no Maranhão, Dino prometeu ao vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), a vaga na chapa para disputar o Senado.

Riqueza – Roseana afirmou em entrevista coletiva que o Maranhão “vai muito bem” e que uma das explicações para a crise violenta é que “o Estado está mais rico”. O governo maranhense comemorou no ano passado ter ultrapassado, por 17 reais, o pior PIB per capita do país, ostentado agora pelo Piauí (7.835 reais). O Maranhão tem o segundo pior (7.852 reais). Roseana desgastou mais sua imagem ao vir à tona a informação de que ela iniciou a compra de lagostas, uísque e caviar para o bufê do Palácio dos Leões. Das janelas do prédio histórico, a governadora assistiu a uma passeata que pedia “a devolução do Maranhão” – seguida de um pedido de impeachment protocolado por advogados que militam em ONGs de Direitos Humanos.

“A violência é lamentável, mas há uma ligação direta entre o que acontece dentro e fora da penitenciária com o sistema político implantado, que está totalmente comprometido com o patrimonialismo”, critica Dino.

De 2010 a 2013, os homicídios em São Luís e na Região Metropolitana aumentaram 62% - de 499 para 807 casos, no ano passado. O crack invadiu o interior do Estado (39 cidades declaram ter nível alto de problemas pelo consumo da droga, segundo a Confederação Nacional dos Municípios). A violência tira a tranquilidade do hábito nordestino de sentar na frente de casa para prosear com os vizinhos à tarde.

O funcionalismo público, principalmente no setor da Segurança, reclama da falta de estrutura e principalmente de pessoal. O governo tenta concluir um concurso aberto em 2012 para 2.400 vagas de policiais militares e civis. Em meio à onda de violência, a gestão Roseana passou a exibir na TV uma propaganda em que apresenta como inovação uma central de videomonitoramento instalada no segundo semestre de 2013, em São Luís.

O sindicato dos agentes penitenciários (Sindspem) aponta a terceirização como o fator que fragilizou a segurança e permitiu a barbárie no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. O governo maranhense contratou duas empresas para controlar os presídios, a VTI Tecnologia da Informação e a Atlântica Segurança Técnica – que tem como representante Luiz Carlos Cantanhede Fernandes, sócio do marido da governadora, Jorge Murad, em outra empresa.

O clã Sarney também enfrenta dificuldades em negociações com parlamentares aliados. No ano passado, Roseana perdeu o ex-delegado e deputado estadual Raimundo Cutrim, que se rebelou da base e migrou direto para a oposição – no caso, o PCdoB. A insatisfação com o valor de emendas parlamentares no “bloquinho”, um grupo minoritário de deputados que não aderiram oficialmente à situação nem à situação, atrasou a votação do Orçamento de 2014 na Assembleia Legislativa.

Até a crise chegar ao Palácio dos Leões, em janeiro, o plano de Roseana era disputar uma cadeira no Senado, o que a obrigaria a deixar o governo até o começo de abril, prazo exigido pela Lei Eleitoral. Mas os planos estão parados. “Existe uma indefinição por parte dela”, diz Roberto Costa, líder do seu partido na Assembleia. Ainda é cedo para dimensionar o tamanho do desgaste provocado pela selvageria de Pedrinhas no capital eleitoral dos Sarney. Mas já é possível afirmar, segundo políticos maranhenses e assessores do Palácio do Planalto, que o grupo enfrentará sua mais complicada eleição em décadas de hegemonia.

Pré-candidatos à sucessão de Roseana Sarney (MA)
Flávio Dino (PCdoB)
Um dos favoritos à disputa é o líder da oposição, Flávio Dino (PCdoB). Ele deixará a presidência da Embratur no fim de janeiro para se dedicar à campanha. Dino conta com apoio de cerca de trinta prefeitos em todo o Estado, em cidades como Caxias, Timon, Balsas, Santa Inês - todas administradas pelo PSB - e a capital, São Luís, cuja administração é integradas pelos comunistas. Dino diz que agora terá o apoio do "mundo institucional da política" para promover um "casamento com o sentimento de mudança da sociedade". Em 2010, ele perdeu para Roseana no primeiro turno: "Éramos só quatro carros fazendo campanha no meio da estrada".
O prefeito Edivaldo Holanda Júnior entregou, nesta quinta-feira (16), na Praça Maria Aragão, 44 novos ônibus que irão realizar com segurança e conforto o transporte dos alunos da rede municipal às unidades de ensino. Com a inclusão dos veículos à frota da Secretaria Municipal de Educação (Semed), cerca de cinco mil alunos serão beneficiados ao longo do ano letivo de 2014.

“Estamos muito felizes de realizar essa entrega porque isso demonstra nossa preocupação com as crianças da zona rural que transitam em localidades perigosas para chegarem à escola. É um grande avanço que será seguido por outras conquistas. Até o fim do ano, construiremos novas escolas de ensino fundamental e novas creches, uma ação ampla que demonstra o nosso compromisso com cada aluno de São Luís”, afirmou o prefeito.

Edivaldo anunciou ainda que além dos 44 veículos novos, outros 30 deverão ser entregues à população, com a mesma finalidade, até o fim deste ano, resultado de parceria com o governo federal.

Durante a solenidade foram apresentados os modelos que integram a nova frota, caracterizados pela modernidade e segurança. Todos os veículos também são climatizados e garantirão maior conforto aos alunos nos trajetos de casa até a escola e da unidade de ensino para a residência.

O secretário de Educação, Geraldo Castro, destacou a importância de que os alunos da zona rural tenham transporte escolar, garantindo que a frota será ampliada nos próximos semestres. “Muitas crianças precisavam andar até 8 km na zona rural para chegarem à escola. Agora, serão transportadas com cuidado e conforto para que não passem por nenhum transtorno. Isso reforça o compromisso da nossa gestão em respeitar as crianças e oferecer toda a qualidade de vida possível a elas”, enfatizou.

Para o diretor da Unidade de Ensino Básico Amaral Raposo, Jorge Paz, os novos ônibus irão auxiliar no processo de formação das crianças e garantirão que elas cheguem de forma segura à sala de aula. “Essa é a primeira vez em 20 anos que nossa escola terá transporte, então com certeza é um mecanismo de importância indiscutível para deixar a família dessas crianças mais seguras e tranqüilas. É uma ação que trará inúmeros benefícios a curto e longo prazo para todos esses alunos”, salientou.

A entrega dos ônibus foi recebida com alegria pelo pequeno Jederson Silva, de 12 anos, que estuda na UEB Amaral Raposo. Todos os dias, Jederson e alguns colegas de classe precisavam caminhar muitos quilômetros para chegar à escola. “Agora vai ser tudo diferente, a gente não vai mais chegar cansado e nem vai se preocupar. É uma coisa muito boa”, disse.

Os veículos entregues possuem assentos reservados e apropriados para pessoas com deficiência ou locomoção reduzida e cinto de segurança em todos os bancos. Além desses, todos os demais padrões especificados pelas legislações vigentes no país e no município para a prestação de serviço na área de transporte escolar estão contemplados na frota a ser entregue.

Ciente de que ter o transporte é tão importante quanto preservá-lo, a gestora Elineuza Rodrigues, que comemorou a entrega dos ônibus na manhã desta quarta-feira, adotou a prática corriqueira de conscientizar os alunos sobre a importância de cuidar do patrimônio público. “Gostamos de reforçar com os nossos alunos o cuidado que eles devem ter com o que é nosso. Sempre os lembramos de que no próximo ano quem vai usar os ônibus são os seus irmãos e primos”, disse a gestora.

No ano letivo de 2014, 52 rotas de transporte escolar foram elaboradas para atender aos cerca de cinco mil alunos que necessitam do serviço. Do total de rotas, 46 serão feitas pelos 44 veículos da TransPremium, empresa vencedora da licitação para prestação de serviço na área de transporte escolar, e as outras seis serão realizadas em ônibus da Prefeitura de São Luís.

Também participaram da solenidade entrega dos ônibus secretários municipais e adjuntos, os deputados federais Simplício Araújo (SDD) e Weverton Rocha (PDT), o deputado estadual Rubens Pereira Júnior (PCdoB), os vereadores Pavão Filho, Ivaldo Rodrigues, do PDT, Edmilson Jansen (PTC), Ricardo Diniz (PHS), Paulo César e Rose Sales, do PCdoB, Francisco Carvalho (PSL), Francisco Chaguinhas (PSB), Pedro Lucas Fernandes (PTB), Honorato Fernandes (PT), Marquinhos (PRB), Helena Duailibe e Fábio Câmara, PMDB, e Estevão Aragão (PPS), Josué Pinheiro (PSDC) e Beto Castro (PRTB).

O caldeirão continua fervendo em Pedrinhas. No início da tarde desta quinta-feira (16), presos da Central de Custódia de Presos de Justiça, localizada no Complexo Penitenciário, iniciaram uma nova rebelião. O motim ocorreu no Bloco A da CCPJ.

A rebelião, segundo informou Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária, foi contida por Tropas de Choque da Polícia Militar, da Força Nacional e Grupo Especial de Operações Penitenciárias.

O Estado vive hoje a pior crise da história do sistema prisional, segundo entidades que andaram fazendo levantamento da situação carcerária do Maranhão, por conta da irresponsabilidade da governadora Roseana Sarney.
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