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12 de jul. de 2011

Os líderes do governo na Assembleia Legislativa estão inovando na difícil tarefa de defender as denúncias da oposição contra o governo Roseana Sarney (PMDB). Ainda que sejam recheadas de provas, como foi o caso do terreno de cinco hectares em Caxias, comprado do ex-deputado Paulo Marinho pelo valor exorbitante de R$ 3 milhões, usam a ironia e o deboche para fugir do debate.


Hoje não foi diferente. Enquanto o deputado Marcelo Tavares (PSB) apresentava provas irrefutáveis sobre a falta de critério do governo para adquirir um terreno comprado por Paulo Marinho por R$ 32 mil, penhorado pela Justiça Federal, ao valor de R$ 3 milhões, o líder do governo, deputado Manoel Ribeiro (PTB) teve a cara de pau de afirmar que a supervalorização era decorrente de uma suposta explosão  imobiliário que teria ocorrido em Caxias.

Antes da anedota contada por Ribeiro, o líder informal do governo, Magno Bacelar (PV) já havia passado cinco minutos na tribuna jogando palavras ao vento, falando coisas sem nexo e tentando convencer que os R$ 3 milhões pagos por um terreno que custou apenas R$ 32 mil ao ex-deputado era decorrente da valorização do imóvel.


O decano Tatá Milhomem (DEM) preferiu partir prá cima do ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), como se fosse a honestidade do seu governo que estivesse sendo questionada. Milhomem foi deselegante ao chamar Marcelo Tavares de “filhote de Sarney”. Ao invés de debater a questão da corrupção na administração atual, optou por falar da operação "Navalha" a explicar a transação milionária entre Roseana e Paulo Marinho.

Manoel Ribeiro aproveitou a deixa e acusou a ex-primeira dama Alexandra Tavares de promover bacanal no Palácio dos Leões. Acusou o ex-governador de tudo, só não deu  explicação convincente à acusação feita pelo líder da oposição, preferindo a baixaria, a ironia e o deboche. 

Marcelo perguntou a Ribeiro sobre quantos bacanais ele teria participado e o líder do governo, sem ter o que dizer, devolveu: “eu não participo de bacanal”.

Milhomem e Manoel Ribeiro agrediram o ex-governador José Reinaldo de todas as formas, mas nada falaram que justificasse a compra superfaturada de um imóvel penhorado pela Justiça Federal e que foi adquirido por Paulo Marinho por apenas R$ 32 mil. Preferiram apelar para o deboche


A dupla deixou para o líder do bloco governista Stênio Resende (PMDB) a missão de explicar o inexplicável. Sem a menor cerimônia, Resende fez uma comparação entre o valor pago pelo imóvel em Caxias com o valor dos terrenos na Penísula da Ponta D’areira. E foi além ao justificar que na estrada de São José de Ribamar os terrenos estão supervalorizados. Ele considerou normal que um imóvel comprado por R$ 32 mil tenha sido vendido ao Estado por R$ 3 milhões.

A idéia que fica é que a base do governo considera corrupção a coisa mais natural neste governo Roseana Sarney. Para eles, o dinheiro público é para ser partilhado entre os integrantes da quadrilha que está assaltando o Estado.

Pior faz o Ministério Público, que assiste  a tudo de braços cruzados sem tomar a defesa da população, que sofre com a falta de hospitais porque os recursos são desviados para a conta bancária dos amigos do poder.
  

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