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25 de ago. de 2011

Fecury balança na direção do DEM
A executiva nacional do Democratas deu prazo de 20 dias para o presidente regional do partido, ex-deputado Cloves Fecury, mostrar que tem condições de organizar e fazer crescer a legenda no Estado, sob pena da sigla ser incorporada à coligação que será formada para a reeleição do prefeito João Castelo.

A decisão foi comunicada ao diretório local pelo senador Agripino Maia, um dos caciques que comandam o partido no país.

O dirigente do DEM foi bastante explícito ao abordar a questão com Cloves Fecury: “ou organiza e mostra que tem condições de crescer ou vamos entregar o partido para João Castelo”, disse ao interlocutor.

A possibilidade de intervenção no Diretório Estadual é real e preocupa os parlamentares que permaneceram no partido. O prazo para a renovação da Comissão Provisória Regional venceu dia 21 de agosto (domingo passado) e não foi renovado pela executiva nacional, que decidiu conceder prazo de 20 dias para Fecury provar que tem condições de fazer a legenda crescer no Estado.   

Por conta da turbulência no DEM, um aliado incondicional do grupo Sarney em todos os pleitos passados, a governadora Roseana (PMDB) viajou à Brasília a fim de tentar demover os caciques do DEM anão intervir no Maranhão.

Roseana tem laços fortes com os caciques Democratas. Foram eles que a livraram do escândalo Lunus, em 2002, quando a Polícia Federal estourou a fortaleza do casal Roseana/Jorge Murad e encontrou no cofre R$ 1,3 milhão em cédulas de R$ 50,00. Na época, Jorge Bonhausen e Agripino Maia assumiram que a dinheirama era do então PFL, após o casal apresentar sete versões para o flagrante.

A governadora deseja ver o DEM coligado com o PSD, PMDB e outras siglas da base de apoio ao governo em torno da candidatura do secretário de Infraestrutura, Max Barros, já lançado pré-candidato do grupo à sucessão do prefeito João Castelo.

Se conseguir convencer os dirigentes nacionais do partido a renomear Cloves Fecury presidente regional e manter o DEM na base de apoio do governo, Roseana, por tabela, estará resolvendo outra situação: a permanência de César Pires na legenda. Esta é a condição imposta pelo deputado para permanecer.

Cloves vem tentando conter a sangria na militância, afirmando que não haverá intervenção, conforme adiantou ontem o deputado Antonio Pereira, mas César Pires considera que a sigla está muito vulnerável e que a situação está indefinida. “Nós não termos garantia de nada, pois até a comissão executiva regional já caducou”, advertiu Pires.  

Defensor de uma aliança DEM/PMDB/PSD e outras legendas que gravitam em torno do governo, César Pires adverte que, em caso de intervenção para forçar a aliança com os tucanos, o PSDB ficará apenas com o tempo do partido, pois a militância dificilmente abraçará a candidatura.

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