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10 de mai. de 2011

     O plenário da Assembeleia Legislativa foi palco de manifestações acaloradas dos professores da Rede Estadual de Ensino em greve e de denúncias do líder da oposição, deputado Marcelo Tavares (PSB) sobre a contratação de um helicóptero ambulância pelo Governo do Estado ao valor de R$ 3 milhões para atender os enfermos do Sistema Único de Saúde, mas que nunca transportou um único paciente.  
     O tumulto começou durante a votação das matérias constantes na ordem do dia, quando os professores começaram a vaiar os deputados da bancada governista que tinham seus nomes citados pela Mesa Diretora por serem autores das proposições que estavam sendo deliberadas.
     O Presidente da Assembleia, deputado Arnaldo Melo (PMDB) pediu que a galeria fizesse silêncio para que pudesse continuar a sessão. O Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, Carlos Alberto Milhomem (DEM), alegando “falta de segurança na Casa”, pediu o encerramento.
     Arnaldo Melo argumentou que estava aguardando a manifestação da galeria, que a Assembleia tem segurança e reiniciou os trabalhos. “Senhor Presidente, eu não sou refém de galeria, eu fui eleito pelo povo para trabalhar, a galeria que me espere lá fora”, esbravejou Milhomem.
     O Presidente interrompeu a sessão para que a Comissão de Constituição Justiça e Cidadania oferecesse parecer a uma projeto de lei que aguardava votação. Reaberta a sessão, o Presidente da CCJ, em meios aos apupos da galeria, avocou o processo para si pelo prazo de 72 horas e anunciou que a Comissão deixaria de se reunir “até que se restabeleça a ordem nesta Casa”.
Helicóptero Ambulância - Milhomem deixou o plenário debaixo de muita vaia dos professores e o Presidente Arnaldo Melo deu prosseguimento à sessão passando a palavra para o líder da oposição. Tavares denunciou que o Governo do Estado alugou um helicóptero ambulância ao valor de R$ 3 milhões para transportar enfermos, sendo que a aeronave nunca foi vista prestando este tipo de serviço e muito menos estacionada em algum hangar.
     O parlamentar quer saber para onde foram transportados os pacientes. Segundo Tavares a licitação foi feita à meia noite e o serviço contratado pela Secretaria de Saúde para que o Estado tivesse sua UTI do ar para os pobres, mas que nunca existiu. Marcelo exibiu documentos oficiais, solicitou que a Assembleia Legislativa investigue o caso e convoque para prestar esclarecimentos o secretário adjunto Márcio Leite.    
     A deputada Eliziane Gama (PPS) solicitou mais explicações ao colega de plenário “Quando a gente fala em transporte aéreo, na maioria das vezes, você pensa logo que é um atendimento para a classe média alta. Quem tem acesso a esse tipo de serviço aéreo, que é um serviço caríssimo. Inclusive nem todos os planos de saúde cobrem. E V. Ex.ª traz um assunto que, em tese, ou, pelo menos, teoricamente a população do Estado do Maranhão teria acesso, é isso,  um sistema aéreo de transporte? Interrogou Eliziane
     O líder da oposição respondeu que deveria ser assim, mas que infelizmente a realidade é outra. Ele explicou que quando uma equipe do Globo Repórter (TV Globo) fez uma matéria sobre o setor de Saúde do Estado filmou um helicóptero para o transporte de doentes e que o helicóptero que o Estado mostrou não foi o que seria contratado,
     “Mais uma prova de que não tinha helicóptero contratado, porque se tivesse teriam mostrado. Naquela reportagem do Globo Repórter poderiam ter mostrado o lugar do helicóptero para transportes de pessoas não doentes, para transportes de tropas, para transportes de militares para ação e deveria ter mostrado também o helicóptero alugado para ser ambulância com os equipamentos, ressuscitadores, bombas de oxigênios, enfim, todos os equipamentos para uma UTI no ar, mas o que mostraram foi o helicóptero comprado com o dinheiro do Governo Federal para equipar a Polícia Militar do Maranhão”, denuncia o deputado socialista.
     Marcelo Tavares pediu que os deputados da bancada governistas participassem do debate e contestasse suas afirmações. Um dos líderes do governo, deputado Stênio Resende (PMDB), orientou para que nenhum parlamentar pedisse aparte e começaram a se retirar do plenário. Não houve contestação.

Pé atrás
     Parlamentares de todas as colorações partidárias começam a analisar com mais cautela o Projeto de Resolução da Mesa Diretora da Assembleia estabelecendo normas para a criação de novos municípios.
     Temem pela constitucionalidade que deverá ser argüida e pela frustração que o impedimento legal poderá causar às comunidades que estão sendo estimuladas a pedirem suas emancipações.
Fome Zero
     A entrevista concedida pela governadora ao jornal O Estado do Maranhão continua causando repercussão nos bastidores da classe política.
     Roseana anunciou que possui um plano para erradicar a pobreza do Estado, mas que está primeiro esperando a Presidente Dilma lançar o do Governo Federal. Para a oposição a governadora quer pegar carona justamente por falta de plano.
Reconhecendo
     Aliados do Palácio dos Leões começam a admitir que a Chefe do Executivo escorregou ao anunciar a construção de 62 hospitais e não 72 como amplamente  havia sido anunciado, mas culpam a assessoria.
     Na realidade, além dos 72 hospitais licitados, o Governo Federal, em convênio com do Estado, vai construir dez Unidades de Pronto Atendimento UPA’s, ou seja, serão 82 hospitais como mostraram os próprios aliados.
Respingou
     As forte chuvas que castigaram a cidade na última segunda-feira acabaram respingando no plenário da Assembleia ao invés da Câmara Municipal.
     Vários episódios registrados pela imprensa, como carros atolados em buracos foram apresentados pelo deputado-vereador Jota Pinto, durante cobranças à prefeitura.  

1 comentários :

Zé Gotinha disse...

Jorge Vieira esse Ricardo Murad é um mala sem alça. Depois da história dos ovos de ouro, ele aparece agora com um helicóptero, que segundo o cara-de-pau, serviria para o transporte de pacientes SUS. a unica vez que pobre anda de helicóptero, é quando é preso pelo GTA no interior do estado e transportados para Pedrinhas. Uma hora dessas, quando ele estiver na aeronave, o piloto pousará no presídio para dixá-lo, achando que é a Secretaria de Saúde. Se fosse o Brasil um país sério, Ricardo já estaria atraz das grades há muito tempo. Infelizmente é brasil, e o que é pior, Maranhão.

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