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31 de dez. de 2011


A abertura de negociações para a manutenção da aliança PT/PMDB na sucessão municipal e o desprendimento dos peemdebistas em ceder a cabeça da chapa aos petistas trata-se, na verdade, apenas de um gesto de boa vontade do Palácio dos Leões ao vice-governador Washington Luís, a ser cobrado num futuro bem próximo.

Quem acompanha o cenário da política local nunca engoliu a história de que Roseana vai se aposentar após o final do atual mandato. A governadora é candidata sim ao Senado e para concorrer terá que se afastar e entregar a faixa governamental ao petista.

O problema está justamente ai. Washington governador e com direito a reeleição é impensável para a oligarquia Sarney. Farão de tudo para tirá-lo do caminho e a primeira tentativa será elegê-lo prefeito de São Luís em 2012, tendo como sustentáculo da candidatura os governos federal e estadual, duas máquinas poderosas. Se não der, uma cadeira de conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) será ofertada para que ele não assuma o cargo.

Conversei ontem pela manhã com o pré-candidato do PMDB, Max Barros, e em nenhum momento ele afirmou que será candidato a prefeito de São Luís, até falou na existência de outros nomes que poderão representar bem o grupo. Sinceramente não vi nele disposição para encarar o desafio, embora o considere um bom nome para administrar São Luís.

Já apresentaram pré-candidaturas no PT os deputados Bira do Pinderá e José Carlos da Caixa e os secretários José Antonio Heluy  e Rodrigo Comerciário. Com exceção de Bira, os outros três são do time do vice-governador e não teriam muita dificuldade em derrotá-lo, caso ocorra prévias.

Embora Washington tenha declarado recentemente apoio a Bira, o fato é que nos bastidores são fortes os comentários de que a aliança PT/PMDB é uma realidade e que o vice-governador poderá ser o candidato do consenso do grupo da governadora.

O deputado Domingos Dutra, que já andava chateado com a aproximação de Bira com Washington, agora mesmo que vai espernear mais que “siri na lata”. Se prevalecer a articulação, pode acontecer o mesmo que aconteceu em 2010, ou seja, um novo racha. A banda pobre petista acompanhará a aliança e os autênticos declararão voto a um candidato de oposição ao prefeito e a governadora.             

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