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17 de mai. de 2011

Manoel Ribeiro questinou a fala do líder da oposição  
     O plenário do Poder Legislativo voltou a viver momentos efervescentes por conta da tentativa dos líderes governista Manoel Ribeiro (PTB) e Carlos Alberto Milhomem (DEM) impedir o líder da oposição, deputado Marcelo Tavares (PSB) de ocupar o horário do grande expediente da sessão para cobrar explicações do governo sobre a contratação de duas aeronaves ao valor de R$ 4 milhões para servir de UTI do ar, mas que nunca foram vistas transportando enfermos.   
     Os protestos dos governistas contra a presença de Marcelo Tavares na tribuna, iniciaram quando Tatá Milhomem questionou se  Tavares poderia usar a tribuna, já que o Regimento Interno da Casa não permite que o mesmo parlamentar use o grande expediente num prazo inferior a 15 dias, que era o caso do orador. O presidente da Mesa Diretora, Arnaldo Melo explicou que como não havia orador escrito qualquer deputado poderia requisitar verbalmente os 30 minutos, independente de ter completado ou não a quinzena.  
     Inconformado com a decisão da Mesa de garantir a palavra do orador na tribuna, Milhomem se descontrolou e rasgou o Diário da Assembleia simulando trata-se do Regimento Interno, mas foi prontamente repreendido pelo presidente Arnaldo Melo, que criticou o transloucado gesto do parlamentar governista, que insistia em afirmar que o líder da oposição não poderia está com a palavra.    
     “Eu acho Deputado Milhomem, que o gesto de V. Exª é no mínimo agressivo ao parlamento e a esta Mesa não tem nenhuma questão aberta neste momento sobre a possibilidade ou não de se conceder a palavra a um deputado que aproveitou oportunamente que não tinha nenhum orador inscrito. Se o Deputado Manoel Ribeiro, apesar do impedimento regimental por ter falado 15 dias antes, tivesse pedido verbalmente, como estava aberto, eu teria concedido, com a maior satisfação. Como faria com qualquer colega”, argumentou Arnaldo Melo.
     O presidente disse ainda que diante do quadro instalado pelos dois parlamentares solicitou que a Mesa veja essa situação regimental “para que não aconteça de um ex-presidente da Casa rasgar o Regimento em plenário, o que eu lamento”.
     O deputado Manoel Ribeiro ainda tentou sair em socorro do colega, alegando que o mesmo não teria rasgado o regimento, mas como todos os presentes à sessão viram a atitude de Milhomem, Arnaldo Melo ressaltou que “o gesto às vezes vale mais que o ato”. O presidente explicou que o Artigo 116 parágrafo 1º diz: o Grande Expediente terá duração de 90 minutos, e se destina a oradores inscritos, ou na falta destes aos que solicitarem a palavra, cabendo ao 1º orador 30 minutos. E aos seguintes será destinado o tempo proporcional aos partidos e blocos parlamentares.

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