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20 de jul. de 2011


O primeiro sinal de que o prefeito João Castelo (PSDB) não anda bem junto a população é o número excessivo de pretendentes a sucedê-lo. A pífia administração do ex-governador vem encorajando até mesmo os partidos da base aliada a lançarem candidatos próprios para enfrentá-lo nas urnas em 2012.

O primeiro a cair fora foi o PPS, que além de romper a aliança com Castelo já se decidiu pela candidatura da deputada estadual Eliziane Gama à prefeitura de São Luís e não admite sequer voltar à mesa de negociação para rever sua posição.

Na tentativa de manter o PDT na aliança que o elegeu em 2008, o prefeito pendurou uma penca de pedetistas na administração municipal, mas não conta com a simpatia do presidente atual do partido, médico Igor Lago, filho do ex-governador Jackson Lago, a quem o prefeito é acusado de ter traído na sucessão estadual de 2010.   

Castelo não tem o apoio garantido do PDT e ainda corre o risco de ter que enfrentar nas urnas o próprio filho do ex-governador a quem traiu. Existe uma articulação interna para que Igor Lago represente a legenda na sucessão municipal ou alinhe ela a um candidato com vínculos com a esquerda.

O PSB, outra legenda considerada do arco de aliança do prefeito, vive momentos de turbulência com o anúncio da filiação do ex-deputado Roberto Rocha justamente para ser candidato a prefeito. Castelo ofereceu a secretaria de Educação ao presidente do partido, José Antonio Almeida, mas o mimo não garante a participação do PSB na aliança.

Até o PTC do suplente de deputado Edivaldo Holanda, que era tido como certo na coligação castelista, está revendo sua posição e já admite lançar candidato próprio a prefeito de São Luís. O deputado federal Edivaldo Júnior poderá ser o representante da legenda em 2012.  

Só ai já são cinco candidatos. Some-se a eles o representante do governo do estado, mais os prováveis candidatos do PCdoB, PT e PSTU para ter-se uma idéia da inflação de pretendentes que será a sucessão municipal do ano que vem.

É sempre bom lembrar que toda eleição sempre aparece um partido nanico lançando nome desconhecido do eleitorado, o que afunila ainda mais o campo de aliança em torno do prefeito.

E não adianta ele dizer que é obra do senador José Sarney para dividir a oposição, pois quem faz oposição de verdade sabe perfeitamente o poder que ele possui, mas não ao ponto de influenciar quem luta para acabar com o ciclo de dominação da sua oligarquia no Maranhão.

Os partidos estão fugindo de João Castelo porque ele provou que sua eleição foi um erro que os ludovicenses cometeram e pegaram muito caro. A cidade regrediu, ficou feia, suja e sem a formosura tradicional de outrora.

“O prefeito precisando se reeleger faz a administração que faz, imagine se permanecer no cargo sem compromisso com reeleição?” É o questionamento que mais se ouve hoje nos bastidores da sucessão.   
  

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