'

15 de out. de 2011


Os atores da sucessão municipal ainda aguardam a definição do presidente da Embratur, Flávio Dino, para iniciarem novos movimentos nas articulações para 2012. Enquanto o PCdoB não define se terá candidato próprio ou não, o que está ficando é a sensação de que a principal liderança da esquerda maranhense prefere montar uma cooperativa de candidatos, na qual tenha acesso livre a todos os palanques.  

Grupos ligados a Dino pressionam e apresentam argumentos contra e a favor ao lançamento de sua candidatura a prefeito de São Luís. O prefeito de Caxias, Humberto Coutinho, por exemplo, defende que ele seja candidato, se eleja, faça um grande trabalho, se reeleja e renuncie os últimos dois anos do mandato para concorrer ao governo.

A voz da maioria, no entanto, segundo se observa nos bastidores da política, é francamente favorável que Flávio Dino se resguarde para a sucessão estadual de 2014. Este grupo considera arriscado uma candidatura contra duas máquinas poderosas que, certamente, sustentarão às candidaturas de João Castelo e Max Barros.

O grupo defensor desta tese entende que num eventual segundo turno entre Dino e Castelo, o grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB), numa relação de custo/benefício, tenderia votar, ainda que sem fazer alarde, na reeleição do prefeito, um político em fim de linha e que deve, caso perca a eleição, se aposentar.

As vozes que se manifestam contra a candidatura de Flávio a prefeito de São Luís argumentam que ele ainda está na casa dos 40 anos, tem um futuro político enorme pela frente, que poderá ficar comprometido em caso de uma derrota.      

Os adversário desta tese, no entanto, acham que Flávio deve ser candidato porque tem condição de vencer e que, ainda que perca, não será nenhum empecilho para concorrer ao governo. Este grupo entende que preservá-lo para 2014 soa arrogância, seria como dizer aos eleitores “não preciso de vocês agora, aguardem para votar em mim em 2014”, disse um dos líderes da oposição.

Como o presidente da Embratur todas as vezes que se manifesta sobre sucessão nunca afirma se será ou não candidato, Bira do Pindaré (PT), Eliziane Gama (PPS) e Tadeu Palácio (PP) apresentaram pré-candidaturas, mas já anunciaram que vão com Flávio se ele for candidato.

No PDT, pelo que está sendo visto nas reuniões, o partido só não vai com João Castelo se o candidato for Flávio Dino. Portanto, cabe a Dino decidir o que pretende para que o processo sucessório possa seguir seu curso natuiral.  

0 comentários :

Design de NewWpThemes