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27 de out. de 2011

Flávio Dino, presidente da Embratur, e a deputada Luciana Santos também são cotados para o cargo

A presidente Dilma Rousseff vai usar as próximas horas para decidir, com calma, quem será o substituto de Orlando Silva no Esporte. O Palácio do Planalto indicou ao PC do B que o partido seguirá no comando da pasta.

Três nomes da legenda compunham ontem a relação dos mais cotados a substituir Orlando: Flávio Dino (MA) e os deputados Luciana Santos (PE) e Aldo Rebelo (SP).
 
Presidente da Embratur, Dino era apontado como o preferido do Planalto, enquanto Rebelo contava com a preferência da bancada. Já a deputada pernambucana, vice-presidente nacional do PC do B, corria por fora.
 
Luciana Santos foi a primeira opção de Dilma para o ministério na transição de governo. Foi preterida diante das pressões dos comunistas para manter Orlando, herdado do ex-presidente Lula.
 
O PC do B não sabia até ontem se a presidente daria total liberdade para uma decisão exclusiva do partido, opção favorável a Aldo Rebelo.

REUNIÃO

 
No fim da noite, a cúpula da sigla se reuniu no gabinete de Aldo, onde discutiram a substituição de Silva.
 
O deputado deixou a reunião várias vezes para votar no plenário da Câmara. Questionado se havia sido convidado, ironizou: "Convidado para quê? Para jantar?".
 
Nos bastidores, dirigentes da sigla desconfiavam que Dilma pediria uma lista com mais de um indicado, fórmula idêntica à utilizada na escolha do ministro do Turismo. À época, o PMDB apresentou vários candidatos. Ela optou por Gastão Vieira (MA).
 
Essa é justamente a preocupação do partido, já que, no caso do Turismo, a opção da presidente não combinava com a da cúpula do PMDB.
 
Ao contrário de demissões anteriores, quando Dilma anunciava o substituto no mesmo dia da saída do antecessor, ela agora preferiu esperar um pouco mais.
 
Dilma tinha dúvidas sobre a melhor alternativa para enfrentar dois desafios: sanear as irregularidades no Esporte e endurecer as negociações do Brasil com a Fifa e CBF.
 
Durante os primeiros dias da crise, o governo cogitou levar o PC do B para o Ministério da Cultura e trazer um petista para o Esporte diante da avaliação de que a pasta ganhara importância com a Copa-2014 e a Olimpíada-2016.
 
A alternativa foi desmobilizada, com sinalizações negativas do PC do B.
 
Na montagem do governo, em dezembro, Dilma pretendia nomear Orlando para a APO (Autoridade Pública Olímpica) e, por buscar uma mulher para o Esporte, conduzir Luciana à função. Mas a ideia foi rejeitada pela sigla.
 
Ontem, a presidente voltou a cogitar a hipótese de mudar o PC do B de pasta, mas se deparou com nova resistência.

(Folha de Sao Paulo)

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