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23 de abr. de 2012


Os líderes do governo e do Bloco Parlamentar pelo Maranhão, César Pires (DEM) e Carlos Alberto Milhomem (PSD), respectivamente, trocaram farpas grossas em plenário na sessão desta tarde de segunda-feira (23) por conta do não cumprimento do Regimento Interno da Casa na concessão de vista por 72 horas ao projeto de lei que extingue auxílio saúde a ex-deputados.

Sobrou até para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo, acusado de não cumprir o que manda em R.I para agradar Tatá Milhomem. César Pires foi duro e mostrou que “rasgaram o Regimento quando permitiram que suplente assumisse liderança do governo e presidência de Comissão e concedido vista de 72 horas quando o normal é 48 horas e, em caso de emergência, 24horas".

Milhomem, que se beneficiou da mudança do Regimento e ocupou a presidência da poderosa CCJ até o início de 2012, pediu respeito do orador com ele, disse que não reconhecia mais César Pires como líder do governo e solicitou que a questão fosse levada à Comissão de Ética.

“O senhor vai continuar votando com as orientações do governo porque não tem coragem de romper”, provocou César Pires. E Milhomem replicou: “Eu não sigo orientação de governo, voto de acordo com minhas convicções”. 

Acontece que as convicções de Milhomem são muito questionáveis. Quando Jackson Lago era governador, por exemplo, embora seja um lambe botas do Sarney, nunca votava contra o governo e ainda se ausentava de plenário nas questões mais polêmicas. Nesta época, fazia apenas o que o então secretário chefe da Casa Civil, Aderson Lago, mandava em troca de favores. 

Na sessão de quarta-feira da semana passada, a Comissão de Justiça foi convocada para dar parecer no projeto de lei que pretende acabar com benefício a ex-deputados. Tatá Milhomem, pediu vista e lhe foi concedidas 72 horas, ao invés de 48, como manda o Regimento. Pires não gostou, reclamou asperamente e acusou a Assembleia de está se “prostituindo”.  

Milhomem é acusado de legislar em causa própria, pois não é deputado, apenas está no exercício do mandato, e ter apresentado parecer contra o projeto, que volta hoje ao plenário para ser votado.


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