CATIA
SEABRA
LÚCIO VAZ
LÚCIO VAZ
Com a
ameaça de convocação do governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), PMDB e
PT deram início ontem a um pacto de proteção mútua de seus governadores na CPI
do Cachoeira.
Pelo
acordo, o PMDB evitaria exposição do governador do Distrito Federal, o petista
Agnelo Queiroz, em troca da blindagem de Cabral.
À frente
da CPI, PMDB e PT deram um primeiro passo ontem ao deixar a investigação dos
governos estaduais fora da pauta de investigação nos próximos 40 dias.
Emissários
de Cabral foram informados que, segundo o plano de trabalho do relator Odair
Cunha (PT-MG), o eventual envolvimento de governadores com esquema do
empresário Carlinhos Cachoeira só será objeto da CPI a partir de 12 de junho.
Os
governadores não foram citados na apresentação do plano e há a possibilidade de
os casos serem remetidos às Assembleias Legislativas.
O nome de
Cabral veio à tona após o blog do deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) exibir
fotos do governador numa confraternização com o presidente licenciado da Delta,
Fernando Cavindish, durante viagem a Paris.
Para o
sucesso desse acordo, petistas e peemedebistas contam com a adesão do PSDB, que
tenta poupar o governador goiano Marconi Perillo.
O líder
do PT da Câmara Legislativa do DF, Chico Vigilante, e o vice-governador, Tadeu
Fillippeli (PMDB), têm conversado todos os dias sobre a CPI. "Não vão
convocar o Cabral nem o Agnelo", afirma Vigilante.
"Para
convocar o Cabral, tem que convocar o Alckmin, o Kassab, porque a Delta também
prestava serviço para esses governos", acrescentou.
Peemedebistas
não são tão otimistas. Para deter a investigação, líderes do partido estariam
trabalhando até por um acordo para preservar o mandato do senador Demóstenes
Torres, mas temem que as disputas internas no PMDB e PT inviabilizem a
operação.
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