A Comissão Parlamentar de Inquérito proposta pelo ex-secretário de Segurança do Estado, deputado Raimundo Cutrim (PSD), para investigar crimes de agiotagem no Maranhão, naufragou por falta de apoio parlamentar. O líder da bancada do governo, Roberto Costa (PMDB) deixou claro nesta tarde de segunda-feira 06) que a CPI não será instalada.
Ao rebater um discurso do deputado Marcelo Tavares (PSB), que condicinou a sua assinatura no requerimento a entrega da presidência ou da relatoria da CPI a um membro da oposição, Roberto Costa foi taxativo: "A oposição não terá nem presidência e nem relatoria", o que significa dizer que a comissão não vai prosperar
Até o encerramento da sessão de hoje, o deputado Raimundo Cutrim não havia conseguido as
quatorze assinaturas necessárias à instalação da Comissão Parlamentar de
Inquérito para apurar as denúncias, inclusive contra ele, de praticar crimes de agiotagem.
O deputado Marcelo Tavares (PSB), em
pronunciamento, na tribuna, adiantou que a oposição somente assinará a CPI se for garantida a presidência ou a relatoria à deputada
Eliziane Gama.
Tavares reconheceu a importância
da CPI para esclarecer os fatos denunciados, disse acreditar na inocência de Cutrim, mas observou que “a oposição não participará de encenação, a
exemplo da CPI da Violência Contra a Mulher.
Rejeição
A bancada do governo esteve ativa na sessão. O líder do governo, deputado
César Pires, comandou a rejeição do requerimento do líder da oposição, deputado Rubens Júnior, que
solicitava a convocação do secretário de Planejamento do Estado, João Bernardo
Bringel, e da Procuradora Geral do Estado, Helena Maria Cavalcanti Haickel,
para prestar esclarecimentos sobre o não cumprimento de decisões judiciais.
Os dois auxiliares da governadora
Roseana Sarney teriam que informar ao plenário sobre o não cumprimento de
decisões judiciais, visto que há dois anos o governo não paga precatório, mas estaria firmando acordo com a empreiteira Mendes Júnior para o pagamento
de um precatório no valor R$ 700 milhões em ICMS. Com a decisão da bancada
governista, no entanto, eles estão livres do compromisso.
Fica no ar o cheiro de armação e a confirmação da falta de transparência do governo Roseana, a final são R$ 700 milhões e a campanha eleitoral da governadora é ano que vem.
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