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26 de dez. de 2014

A vergonhosa derrota nas eleições 2014 e o consequente desmantelamento do grupo que mandou no Maranhão nas últimas cinco décadas, agora a virou motivo de briga pelo espólio do PMDB, último bastião da família Sarney no Maranhão. O cunhado da ex-governadora, Ricardo Murad, ainda se achando acima do bem e do mal, quer controlar o partido e alçar voo rumo a prefeitura de São Luís, embora sem a menor chance de êxito na empreitada, mas enfrenta forte resistência.

O caminho de Ricardo já estaria pavimentado não fosse o fato do PMDB ter um dono chamado João Alberto de Sousa, presidente estadual licenciado da legenda, que possui plano diferentes de Murad para 2016, quando estará em jogo a sucessão na capital. Os peemdebistas ligados ao senador estariam mais interessados em compor aliança com a deputada neosarneista, Eliziane Gama, que embarcar na aventura de Ricardo, um político já testado e rejeitado nas urnas pela população de São Luís.

Boneca do ventrílogo Ricardo Murad, a deputada eleita Andrea Murad trouxe à luz do dia o clima de disputa pelo comando da sigla no Maranhão. E para marcar posição foi logo defendendo candidatura própria à presidência da Mesa Diretora da Assembleia, quando o atual presidente do diretório municipal do PMDB e líder do bloco, deputado reeleito, Roberto Costa, aliado do senador João Alberto, prefere fazer uma composição com as demais siglas e garantir espaço para o partido na futura direção da Casa.  

"A minha forma de fazer política no PMDB sempre foi pela participação de todos, nunca fiz a política de exclusão de nomes internamente no partido, em todos os momentos estive ao lado do senador Lobão Filho em sua candidatura ao governo, mas acho que antes de opinar não podemos esquecer do passado, quem e quais causas foram responsáveis pelas divisões internas do nosso grupo; a oposição ao candidato Humberto Coutinho por questões de interesse pessoal, certamente, não prevalecerá dentro do PMDB, a política de vetos é ultrapassada e esse tipo de comportamento já fez com que candidatos perdessem espaço, sempre ajudei a construir o PMDB no dia a dia, respeitarei a posição de todos, mas vejo como é fácil falar em nome de um partido, difícil é trabalhar para construí-lo", observa Roberto Costa

Neófita, Andréa se ampara no fato dos partidos que apoiaram o candidato do grupo Sarney ao governo, Edinho Lobão (PMDB), terem eleitos 29 deputados para defender o lançamento de candidatura própria. A parlamentar, no entanto, se esquece que a grande maioria dos eleitos que tomarão posse em fevereiro já mudou de lado e declarou apoio ao governador que toma posse dia primeiro de janeiro de 2015, Flávio Dino.

Do grupo de parlamentares eleitos pelas legendas que apoiaram Edinho Lobão, restaram no grupo apenas a filha e o genro de Ricardo Murad, Andrea e Sousa Neto, respectivamente, Edilázio Júnior, César Pires e Roberto Costa, sendo que os dois últimos já anunciaram que não pretendem fazer oposição suicida, assim como manifestaram o desejo de votar em Humberto Coutinho para a presidência da Assembleia Legislativa.

As portas do PMDB para os Murad não se fecharam apenas na disputa pela presidência da Assembleia; quem avisa é presidente do Diretório Municipal, deputado Roberto Costa. Segundo o dirigente peemdebista tem afirmado, “se quiser ser candidato a prefeito de São Luís, Ricardo Murad terá que procurar outra legenda”, pois, segundo ele, “o PMDB tem ordem e comando”.    

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