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26 de dez. de 2014

Falta apenas cinco dias o povo do Maranhão sepultar a oligarquia mais longeva do país e iniciar uma nova página de sua história. As eleições 2014 serviram para sepultar definitivamente dinastias e lideranças políticas de vulto que tentaram manter seus grupos no poder, mas acabaram sendo derrotados nas urnas e colocados para fora da vida pública, alguns pelas portas do fundo, como foi o caso senador José Sarney, no Amapá, e sua filha Roseana, aqui na terrinha.

No Amapá, o ex-presidente Sarney não teve condições sequer se tentar a reeleição por conta da rejeição da classe política e do eleitorado local. Mesmo com o grupo do senador João Capiberibe dando todos os motivos para o retorno de um velho colaborador do cacique maranhense, Valdez Góis, ao comando do estado, o velho oligarca foi praticamente expulso da lá.    
O senador José Sarney e sua filha governadora Roseana perderam praticamente toda força no Maranhão, onde o grupo que comandam levou o estado a alcançar os piores indicadores econômicos e sociais do país. Segundo a última pesquisa divulgada pelo IBGE, Roseana e seu pai  transformaram o estado num amontado de indigentes, onde  a maioria da população não possui sequer segurança alimentar.

O povo do Maranhão cansou das mentiras e falsas promessas e impôs a mais humilhante derrota ao grupo Sarney. O clã apostou suas fichas no polêmico senador sem voto Lobão Filho (PMDB), filho do ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB), investigado na Operação Lava Jato da Polícia Federal, e acabou derrotado por Flávio Dino (PCdoB).
Com a vergonhosa derrota do filho para o governo do estado e com a Polícia Federal em seu calcanhar, o senador Edison Lobão só tem um caminho a seguir: vestir o pijama e se aposentar da vida pública, pois dificilmente terá condições de voltar a pedir votos no Estado, após ser apontado como beneficiário do maior escândalo de corrupção no país: o “Petrolão”.    

O grupo, que possui fama de péssimo perdedor, tendo inclusive roubado dois anos do mandato do ex-governador Jackson Lago, cassado através de num golpe judicial do TSE, para não entregar o cargo ao seu sucessor, Roseana Sarney deixou o governo para o presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo, um político lambe botas que está aproveitado os últimos suspiros da oligarquia para saquear o estado.
Arnaldo Melo pode raspar o tacho, mas é bom que não deixe rastro, pois terá que prestar contas à Justiça futuramente. Melo, que também está se aposentando,  pelo visto ainda não entendeu que esta oligarquia moribunda, comandada por bandidos de colarinho branco, que assalta cofres públicos há 50 anos, está estrebuchando, pois faltam apenas cinco dias para o sepultamento do cadáver que está sendo velado desde o dia três outubro.

Dia primeiro de janeiro de 2015, portanto, ficará marcado na história com a data em que o povo do Maranhão, dará seu grito de liberdade, após cinco décadas de tirania e dilapidação do patrimônio público.    

   

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