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1 de jun. de 2011

   O líder da oposição, deputado Marcelo Tavares (PSB) fez um duro pronunciamento contra a cara de pau do governo em mandar imprimir uma revista com fotografias das maquetes dos 72 hospitais prometidos na campanha eleitoral pela governadora Roseana Sarney (PMDB) como se estivessem sendo concluídos ou com as obras em andamento.
   Segundo o líder oposicionista, a grande maioria dos hospitais nunca saiu do chão ou estão com suas obras paralisadas, ao contrário do que tenta passar a publicação do governo distribuída a granel na reunião de avaliação do Programa Viva Vida, na última terça-feira.  
  A oposição assistiu à distância, pelos meios de comunicação, a avaliação do Programa Saúde é Vida. O deputado recebeu a revista e nela encontrou fotos interessantes, que, ao contrário de reforçar a posição do governo, mostra que a metade desses hospitais estão abandonados.
   “Estão aqui, nas fotografias da revista. Hospitais como o de Centro do Guilherme, Luis Domingues, Amapá do Maranhão, Lajeado Novo, São João do Paraíso, São Pedro dos Crentes, Bom Jesus das Selvas, Vila Nova dos Martírios, Buritirana, Tarso Fragoso, Governador Newton Belo, Cajari, Bacurituba, Zé Doca, Matinha, Presidente Sarney, só existe o alicerce. Estão abandonados também os hospitais de Serrano do Maranhão,. Araguanã, Apicum Açu, Porto Rico do Maranhão e Palmeirândia”, denunciou Marcelo Tavares.  
   Tavares classificou o programa de megalomaníaco e perguntou ao vice-líder do governo, deputado Alexandre Almeida (PTdoB) que lhe respondesse quantos pacientes já foram atendidos nos 72 hospitais prometidos durante a campanha eleitoral e que serviu para inflar a candidatura Roseana em 2010.
   Sem contra argumentos convincentes, o vice-líder aparteou o orador. “V. Exª faz o seu papel, de forma muito brilhante como opositor em trazer para esta Casa alguns pontos que, certamente, serão esclarecidos, da melhor forma possível. Eu tive o prazer, e confesso que o sentimento foi esse de lhe apresentar a revista, com muita autoestima, porque eu vejo que, de fato, o Governo do Estado está encarando um problema secular no Estado do Maranhão, que é o problema de saúde do nosso Estado”.
   A discussão tomou conta do plenário. O deputado Rubens Júnior destacou que até agora ninguém explicou por que o prazo furou. “Prometeram na campanha, até o final do ano passado, 72 hospitais no Maranhão e só entregaram um. Mas o objetivo era tirar dividendo eleitoral. Cadê a explicação para errar por uma margem de 71? Não tem, não dá para ter calma quando se brinca com o povo do Maranhão, quando se comete um estelionato eleitoral. Ninguém explicou o motivo do erro do prazo”, denuncia Júnior.
  Marcelo disse ainda que o Hospital Carlos Macieira, que custou R$ 38 milhões com dispensa de licitação, atende precariamente o servidor do Estado. “Vamos para o terceiro ano de obra, cadê a urgência? Ficou no papel, no Diário. Já pagou trinta, faltam oito milhões, em vários andares. V.Exª está vendo na fotografia o Heliporto para descer aquele helicóptero fantasma do Governo? Não tem, é o principal hospital do Estado e não tem Heliporto, o doente transportado no helicóptero não desce lá. No Hospital Carlos Macieira, pintaram aqui e recuperaram, os anexos vão entregar, mas ainda não tem nem equipamento”, desdenhou o líder oposicionista.
   Segundo Marcelo Tavares, as UPAs, que são obras executadas pelo Governo Federal, aparecem na revista como sendo obra de Roseana. “Os cidadãos de Lago dos Rodrigues são os únicos maranhenses atendidos, até hoje, no Programa Saúde é Vida. E mais adiante, nas próximas sessões, nós vamos detalhar os gastos. Como essas obras foram contratadas? Por que as obras da Baixada, como já disse aqui, estão todas abandonadas por uma empresa, que me parece faliu, mas encheu o PMDB de dinheiro na campanha”, denuncia Tavares.

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