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12 de nov. de 2012



O Governo Roseana Sarney continua um fiasco na área de Segurança Pública. Como se não bastasse a onda de violência que assola a capital do Estado, na última sexta-feira (9) o presidente da Comissão de Direitos Humanos do Poder Legislativo, deputado Bira do Pindaré (PT), e o Promotor da Infância, Márcio Tadeu, foram surpreendidos com a precariedade no atendimento e carência de profissionais nas mais diversas áreas e na estrutura física do Centro de Perícias Técnicas para Crianças e Adolescentes.

Diante do quadro de calamidade encontrado no Centro, o deputado Bira do Pindaré anunciou que fará uma indicação a governadora, para que ela crie os cargos pretendidos pelo CPTCA. Ele também anunciou que fará um pronunciamento na Assembleia Legislativa, provavelmente na tarde desta segunda-feira (12), para alertar e sensibilizar os demais parlamentares dos problemas enfrentados pelo órgão e denunciar o abandono da instituição pelo Governo do Estado.

O CPTCA é o órgão por onde passam as crianças e adolescentes vítimas de violência e tem a função de oferecer exames médicos legais e psicossociais, de maneira ininterrupta e eficiente. O Centro do Maranhão é o pioneiro do Brasil se tratando desta temática, mas, para a decepção dos usuários, funciona precariamente.

Segundo adiantou Bira, “o Centro passa por enormes dificuldades. Detectamos algumas prioridades que precisam ser resolvidas de imediato: a falta de profissionais nas áreas da psicologia, assistência social e medicina legal; a necessidade de uma reforma na parte estrutural e o não funcionamento em plantão. A criança tem que ser sempre prioridade absoluta. Aguardarei o relatório do Ministério Público para poder apresentar uma indicação e me pronunciar na Assembleia”, destacou o Deputado.

O Centro surgiu, em 2004, após um acordo entre a OEA e os governos do Brasil e do Maranhão. O órgão foi regulamentado em 2006 e é atrelado a Secretaria de Estado de Segurança Pública – Polícia Técnica. Apesar de o acordo firmado entre as partes exigir o funcionamento do Centro em regime de plantão, atualmente, esta prática não funciona.

De acordo com o promotor Márcio Tadeu, seriam necessários, no mínimo, 20 assistentes sociais, 20 psicólogos e 8 médicos legistas para que o CPTCA funcione 24 horas por dia. “Nosso pleito é o funcionamento em regime de plantão. O número de profissionais que atuam no Centro é insuficiente para atender a demanda de casos. Em alguns horários, o absurdo é tão grande que o Centro fica sem médicos e sabemos que o Governo tem condições de resolver esta situação”, protestou o promotor.

Outro grave problema do CPTCA é a estrutura física das instalações. Faltam aparelhos de ar-condicionado, as salas são improvisadas e mal divididas, não existe um espaço adequado para a preparação de laudos dos peritos criminais, e no espaço onde poderia ser feita uma ampliação existe uma quadra poliesportiva abandonada.

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