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7 de mar. de 2014

O governo faz alarde em torno do asfaltamento da famosa Estrada do Arroz. Estamos no ano de 2014 e não custa lembrar que em janeiro de 2012 o governo do Estado e a Prefeitura de Imperatriz davam um prazo de 30 a 40 dias para conclusão do trecho que vai de Imperatriz a Cidelândia.
    
Essa é mais uma estrada misteriosa no Maranhão que já foi asfaltada pelo menos uma dezena de vezes, somente no papel; ou seja, esfarelou, virou farinha. Só não é fantasma, como tantas outras, porque até onde se sabe fantasmas não comem; nem farinha, nem arroz.

Há outros exemplos de estradas que esfarinharam nas moendas da corrupção, como a famosíssima Arame-Paulo Ramos, que, de tanto ser construída, acabou deixando de existir. Nesta não foi apenas o asfalto que esfarinhou; o dinheiro público também virou farelo, pois tendo sido totalmente paga na década de 90, nunca, jamais ninguém viu sinal de pavimentação por lá.

Outra que virou farinha, ou pelo menos bolo financeiro - e esta bem mais recentemente – foi a estrada Vargem Grande – Coroatá, que teria sido dada como concluída pelo governo do Estado para justificar empréstimos junto ao BNDES capazes de inviabilizar o Maranhão economicamente durante muitos anos.

É claro que todos, principalmente os moradores dos povoados ao longo daquela via pública, esperam que desta vez a Estrada do Arroz seja realmente pavimentada e que não se esfarinhe na eterna vicinalidade que atinge tantas outras no Maranhão. De estradas de farinha, que simplesmente viram poeira ou se dissolvem no caminho entre dois municípios já está farto o Maranhão. E se esfarinham junto com recursos públicos, que, da mesma forma que a farinha, nunca ninguém vai descobrir quem comeu. (JM Cunha Santos)

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