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18 de ago. de 2011


Frederico Costa era "um dos mais conceituados" da pasta, diz Novais

MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA

O ministro Pedro Novais (Turismo) defendeu ontem o ex-número dois da pasta, Frederico Silva da Costa, preso na Operação Voucher da Polícia Federal e que pediu demissão do cargo de secretário-executivo.
 
Novais afirmou que o aliado era um de seus funcionários "mais conceituados". Em depoimento na Câmara, ele disse não ter sido informado sobre a investigação de possíveis irregularidades em convênio com a ONG Ibrasi porque só toma conhecimento de "casos graves".
O peemedebista disse que os documentos enviados ao ministério em abril, citando as investigações, foram remetidos diretamente ao setor interno que presta informações aos órgãos de controle.
E afirmou que vai manter no cargo o funcionário que teria recebido os avisos do TCU (Tribunal de Contas da União) e da Polícia Federal, sem avisá-lo das suspeitas.
"Os documentos do ministério entram no protocolo e são distribuídos aos órgãos.
 
Só em caso grave me cabe tomar conhecimento", disse. Sobre o secretário-executivo, chamado de Fred, ele disse: "A escolha coube a mim, porque além da qualidade que mencionei, ninguém entende mais do relacionamento com o Ministério do Planejamento, que é quem disponibiliza recursos".
Segundo o ministro, eventuais desvios de conduta de Fred antes de assumir a pasta deveriam ter sido apontados pela Casa Civil, e não por ele.
Segundo Novais, os servidores presos estão afastados, mas só serão exonerados se as suspeitas contra eles forem comprovadas. Ele disse que não pretende substituir o ex-deputado Colbert Martins (PMDB-BA), que é secretário da pasta e também foi preso.
 
Ele disse ter conclamado o governo a apurar o caso "com o máximo rigor e a maior velocidade possível para punir os verdadeiros culpados e retirar do ambiente do Turismo a nuvem de suspeita que assombra".
 
O TCU vai investigar todos os convênios para treinamento firmados pelo Ministério do Turismo desde 2008.
 
Só em 2011, a verba para a atividade soma R$ 143 milhões.
 
O órgão determinou o bloqueio de bens de 16 pessoas, duas ONGs e quatro empresas. Eles terão de devolver os R$ 4 milhões do convênio ou apresentar defesa em 15 dias.

1 comentários :

Zé Gotinha disse...

Jorge vieira, esse será mais um que não se sustentará no cargo. É muita falcatrua. Pedro Novais não deveria ter nem assumido, visto que o escândalo do Motel com garotas de programa pagas com dinheiro público, implica em falta decoro parlamentar. Mas se nem vergonha na cara esse turista sexual tem, imagina o resto. O certo é que com a queda de Wagner 'Rocha Firme'Rossi a casa de Novais não se sustentará com esse alicece de barro.

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