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17 de out. de 2012

Todos os dias os moradores do bairro Bacurí, principalmente os que moram próximos à Feirinha, acordam com uma visão nada bela: uma cortina de fumaça sobre suas casas, os céus escuros, o ar quase irrespirável. Trata-se da rotina de uma fábrica de beneficiamento de  leite, a Palate Indústria, Importação e Exportação Ltda., que funciona onde antes era a antiga Cooperleite.

A mesma não tem filtros em suas chaminés e  despeja todos os dias sobre o bairro uma grande quantidade  de fumaça que parece ser de carvão de côco babaçu. O fato se dá com mais intensidade por volta das 8:00hs e durante a noite, chegando a afetar a respiração (pelo menos a minha) das pessoas que moram mais proximas da fábrica.

Não detenho conhecimentos técnicos sobre o assunto, mas  o ambiente fica altamente poluído colaborando para a diminuição da camada de ozônio e talvez com graves consequencias para a saude dos moradores da redondeza.

Encaminhei a denúncia com fotos ao IBAMA através da Ouvidoria (linhaverde.sede@ibama.gov.br). Estarei também encaminhado a denúncias às secretarias de meio Ambiente do município e do Estado e espero uma resposta urgente sobre o assunto. E que medidas sejam tomadas sem protecionismo, não me venham com o velho discurso de que essas denúncias atrapalham o progresso e desenvolvimento econômico. Queremos sim empregos, progresso, desenvolvimento, mas também queremos qualidade de vida...

Pensei em fazer essa denúncia antes, mas não a fiz por estarmos em um período eleitoral e alguns acharem que eu estaria me aproveitando para fazer proselitismo político ou cabalar votos.

Um Bacurí de problemas

Localizado quase no centro da cidade e tendo recebido uma atenção maior da atual gestão municipal no quesito infraestrtura, o bairro Bacurí tem porém vários problemas a serem atacados pelos poderes públicos. A poluição da fábrica de beneficiamento de leite Palate é apenas um deles, existem ainda as Cerâmicas que também poluem uma grande área do bairro, o riacho que virou um esgoto malcheiroso á céu aberto e que uma parte de seus moradores insistem em entupir jogando lixo ou construindo irregularmente em suas margens e, ainda, o transporte irregular de areia e outros materias de construção, derramados nas vias públicas.

Secretaria de Meio Ambiente

Claro, os problemas ambientais são da conta de todos nós cidadãos, governos municipal, estadual e federal, Ministérios Públicos... Mas, na cabeceira da fila das resposnsabilidades, cabe a um órgão tomar  a dianteira: a Secretaria de Meio Ambiente do município deveria  pelo menos fiscalizar, diagnosticar, esses problemas.

Então fica aqui o alerta: Alô secretário de Meio Ambiente  Eneas Nunes Rocha! Acorda secretário! Como dizia o saudoso Aldeman Costa: "Ói pru tempo homi!" (Blog do Josué Moura)

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