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28 de jan. de 2013



O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), Deputado Domingos Dutra(PT/MA), está no Unaí(MG) participando da Reunião Nacional da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo(Conatrae). O principal objetivo do encontro é pressionar pra que haja avanços no processo sobre o julgamento dos acusados da chacina de três fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho em Unaí, em janeiro de 2004, a mando de agricultores da região que faziam uso da prática de trabalho escravo. 


A reunião conta com a presença do Ministro do Trabalho, Brizola Neto, que irá cobrar as autoridades sobre a morosidade do processo e, também, dará destaque à prática de trabalho escravo ainda existente na região.


A titular da 9ª Vara Federal de Minas Gerais, Raquel Vasconcelos, que conduz o processo se deu por incompetente no julgamento do mesmo e suspendeu a audiência agendada para esta segunda-feira(28). Assim, devolveu o processo para a Vara de Unaí atrasando ainda mais a conclusão dessa sangrenta e lamentável história.


 “A decisão da juíza Raquel Vasconcelos de devolver o processo à Vara de Unaí, é a mesma coisa que colocar galinha na boca da raposa, uma vez que o tribunal do júri pode está viciado com a pressão de mandantes poderosas econômica e politicamente”, declara o Deputado Domingos Dutra ao informar irá tentar reverter a decisão da juíza junto ao presidente do Supremo Tribunal Federal(STF), Joaquim Barbosa, e aos ministros do Superior Tribunal de Justiça(STJ).   


ENTENDA O CASO – Em 28 de janeiro de 2004, os corpos dos auditores fiscais do Trabalho, Ailton Pereira de Oliveira, Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage; e o motorista do Ministério do Trabalho e Emprego Nelson José da Silva foram encontrados na zona rural do município de Unaí (MG).  


Investigações policiais concluíram que Antério Mânica, Norberto Mânica, Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro seriam os mandantes das mortes. Eles estariam incomodados com autuações dos fiscais, que apontaram uma série de irregularidades cometidas contra trabalhadores em propriedades dos suspeitos. Passados quase dez anos, até agora o julgamento dos mentores intelectuais do delito não foi concluído. Mas cinco homens - Francisco Elder Pinheiro, Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rogério Alan Rocha Rios, William Gomes de Miranda e Humberto Ribeiro dos Santos- estão presos por supostamente haverem executado os funcionários públicos.



TRABALHO ESCRAVO

A Proposta de Emenda Constitucional(PEC) 438/2001 foi aprovada por 360 votos em segundo turno, no dia 22/05/2012, na Câmara dos Deputados, após nove anos de negociação. Três dias depois a PEC seguiu para o Senado e até hoje ainda não tem relator para a matéria. A principal medida da PEC 438/01 determina o confisco de propriedades em que for flagrado trabalho escravo e entregue para reforma agrária ou uso social.


De acordo com o Domingos Dutra, “o Senado tem se especializado em não aprovar matérias importantes ao País, como a PEC do Trabalho Escravo, por exemplo”.

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