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15 de jan. de 2013



Foi protocolada na Vara da Fazenda Pública de Imperatriz, segunda-feira (14), uma Ação Civil Pública do Ministério Público do Maranhão contra um Ato Administrativo da Unidade Regional de Educação de Imperatriz que limita o ingresso de estudantes no ensino médio.

A ação do MPMA visa assegurar a manutenção do Ensino Médio Regular, nos períodos noturno e diurno na rede pública estadual de Imperatriz. Assim, os alunos não serão privados do direto fundamental à educação, que é dever do estado.

De acordo com a portaria nº 001/13, os estudantes maiores de 18 anos só poderiam realizar matrícula em escolas estaduais, em Imperatriz, na modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos), que dispõe de vagas apenas para o período noturno. A portaria também prejudica alunos de 15 a 17 anos, que só poderiam cursar o ensino médio nos períodos matutino e vespertino.

Segundo o promotor de justiça de Meio Ambiente e Educação de Imperatriz, Jadilson Cirqueira, esse ato viola os direitos do cidadão. "A EJA é uma modalidade da educação básica destinada aos jovens e adultos que não tiveram acesso ou não concluíram os estudos no ensino fundamental e no ensino médio. Houve, portanto, impedimento a qualquer cidadão que pretenda iniciar e concluir o ensino médio regular, normal, em três anos letivos". Conforme a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), o cidadão tem o direito de escolher qual modalidade de ensino médio quer cursar.

Outro problema é a redução do número de vagas. Isso porque algumas escolas não serão contempladas pelo EJA e, mesmo assim, não oferecerão vagas noturnas para iniciantes. O promotor entende que essa decisão pode causar danos irreparáveis a vários alunos. "A exclusão dessa oferta pode criar enorme desigualdade social, obrigando que os menos favorecidos financeiramente, jamais concluam seus estudos, ante a inevitável opção de deixar de trabalhar ou deixar de estudar", afirma Cirqueira.

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