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30 de jan. de 2015

Uma pergunta ronda as cabeças dos aliados da ex-governadora Roseana Sarney e vem deixando todos apreensivos: o ex-secretário Chefe da Casa Civil, João Guilherme Abreu, apontado pelo doleiro Alberto Youssef e pelos seus auxiliares Rafael Ângulo e Meire Poza (ex-contadora do doleiro) como o home que recebeu a mala de dinheiro em um dos quartos do Hotel Luzeiros, como pagamento de propina pela liberação do pagamento do precatório da construtora UTC/Constran, vai assumir sozinho ou recorrer a deleção premiada e entregar a ex-chefe?

O temor maior é que João Abreu, íntimo da família Sarney e sócio de Jorge Murad, marido de Roseana, resolva falar a verdade e dizer a quem se destinava os R$ 1,3 milhão entregue a um funcionário do Governo do Estado antes de Alberto Youssef ser preso, em São Luís, em um quarto do Hotel Luzeiro, localizado em frente à Casa de Veraneio, na Ponta do Farol, em maio de 2014, por conta da operação Lava Jato da Polícia Federal, que investiga o maior escândalo de corrupção da história da Petrobras.

Roseana é investigada pela Polícia Federal desde que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, em depoimento à Polícia Federal, apontou a ex-governadora do Maranhão como beneficiária do esquema de propina que sangrou os cofres da estatal do petróleo. Seu nome foi o primeiro da lista apresentada por Costa e todos os depoimentos posteriores apontaram Roseana como integrante da quadrilha que assaltou a empresa patrimônio do povo brasileiro.

Sabedora do seu envolvimento e ciente que poderá ter o mesmo destino dos donos das empreiteiras que estão presos, Roseana entregou o comando do Estado para o deputado Arnaldo Melo e se mandou para Miami, de onde contratou o famoso advogado de bandidos de colarinho branco, Antônio Carlos Kakaia, o mesmo do escândalo Lunus, temorosa de que poderá ser convocada a depor pelo juiz federal Sérgio Moro, no bojo da operação Lava Jato.

Homem de confiança da família Sarney, João Abreu é apontado por Alberto Youssef como a pessoa a quem se destinava o dinheiro entregue a um emissário do governo que foi ao hotel buscar a grana antes dele ser preso pela PF por conta do escândalo da Petrobras. Coincidentemente, Youssef era o responsável por repassar propina arrecadada com os contratos superfaturados da Petrobras. Somente na terraplanagem do terreno onde seria construída a Refinaria Premium, de Bacabeira, foram torrados R$ 1,6 bilhão.    

O futuro de Roseana sem mandato e com o pai aposentado, portanto, depende da fidelidade de João Abreu. Mesmo ele negando envolvimento no escândalo, vira e mexe, seu nome sempre aparece nas deleções premiadas sobre pagamento de propina à ex-governadora.    

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