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25 de mai. de 2011

     A Universidade Federal do Maranhão emitiu nota de repúdio contra a reportagem da Rede Globo, exibida terça-feira, mostrando suposto abandono do campi. A baixo segue a íntegra da posição da direção da UFMA.
     A Rede Globo de Televisão veiculou no último dia 24 de maio, em sua edição do Jornal da Globo, matéria tendenciosa contra a Universidade Federal do Maranhão, mostrando apenas imagens de um laboratório
 fechado há mais de uma década e de salas de aula em desuso no Palácio das Lágrimas; e de falas da administração, editadas sem o contexto das entrevistas originais, além de expressões desrespeitosas e de caráter dúbio quanto à pessoa do Magnífico Reitor Natalino Salgado.
 
 A BEM DA VERDADE, consideramos responsabilidade social esclarecer à comunidade acadêmica e à sociedade brasileira, a ocorrência deste evento, que nos causa repúdio, perplexidade e indignação, já que a maioria das atividades do Curso de Farmácia não é desenvolvida há mais de cinco anos no referido Palácio das Lágrimas, em função da necessidade de integrar o Curso à unidade central (Bacanga) do Campus-sede, de modo a fortalecer e melhorar as condições de funcionamento do curso.
 
 Estranhamos o fato de que em nenhum momento, anterior ou posterior, a equipe de reportagem entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Universidade para solicitar informações ou solicitar entrevista com qualquer outro dirigente da administração superior; nem tão pouco foram utilizadas as informações oficiais com textos e links em vídeo enviados em 12 de abril pela Ascom – UFMA para a jornalista Cíntia Borsato, editora da Globo, responsável pela reportagem.
 
 O QUE A REDE GLOBO NÃO DISSE:
 

  1. No dia 12 de abril de 2011, terça-feira, pela manhã, (há mais de um mês) a professora Dra. Flávia Amaral, do Curso de Farmácia, foi surpreendida pela chegada da equipe TV Globo de São Paulo, comandada pelo repórter Rodrigo Alvarez, acompanhado de alguns estudantes e um professor. Na ocasião, foi informada de que o prédio novo do curso, no campus do Bacanga (não divulgado na matéria), além do antigo prédio do Palácio das Lágrimas, localizado no Centro Histórico de São Luís, seriam filmados.
 
 2. O Laboratório de Tecnologia Farmacêutica (LTF), localizado no bairro do São Cristóvão, Distrito Industrial de São Luís, foi utilizado para a produção de medicamentos até o ano de 1996. Portanto, esse Laboratório já não é utilizado pela UFMA há mais de 15 anos, encontrando-se, no momento, em desuso, aguardando recursos para execução de novos projetos.
 
 3. Cumpre advertir que não houve, até o momento, qualquer solicitação oficial, por parte do Departamento de Farmácia (ao qual o LTF está vinculado), para sua reativação, o que demonstra, no mínimo, desinteresse. Mesmo assim, desde 2010, a administração solicitou à Prefeitura do Campus a execução de projeto de adequação e ampliação do LTF, o qual já foi desenvolvido com a consultoria de docentes do referido Departamento, com perfil Lattes de produção científica compatível com a proposta laboratorial, num convênio firmado com experts parceiros, da Universidade Federal da Paraíba.
 
 5 O Laboratório em questão, pelo tipo de estrutura e incipiente produção, não se caracterizava há anos como campo de formação pedagógica dos estudantes, o que evidencia que seu fechamento não causou qualquer prejuízo pedagógico.
 
 6 Consta no Plano de Desenvolvimento Institucional-PDI da UFMA, até o ano de 2012, a proposta de reforma do LTF, a partir de investimentos oriundos dos Ministérios da Saúde, da Ciência e Tecnologia e da Educação.
 
 7. O antigo prédio do Palácio das Lágrimas –(edificação secular tombado pelo IPHAN) que abrigava anteriormente o curso, não apresenta condições adequadas de funcionamento para o ensino, e onde será Instalado um museu histórico e cultural e um centro de ciências da Universidade. Dado o volume de recursos necessários à sua reforma (já solicitados e em parte obtidos junto a esse Ministério), e o tempo necessário à conclusão das obras, não seria mais possível autorizar o funcionamento regular do curso de Farmácia no local.
 
 8. A administração superior, em função de todos esses fatores, propôs ao Departamento a transferência completa das atividades ali desenvolvidas para o campus sede, mas não foi atendida pelo Departamento. De qualquer modo, o prédio destinado ao curso de Farmácia no campus sede está com a reforma concluída e abriga hoje a quase totalidade das disciplinas e atividades do curso.
 
 9. Foram investidos, entre 2008 e 2010, aproximadamente, R$ 573 mil na reforma e aquisição de equipamentos (conforme planilhas do setor de gestão e finanças, em vez dos 10 MIL REAIS ANUAIS COMO DIVULGADO PELA GLOBO). Portanto, ao contrário do que a reportagem tentou mostrar, não houve prejuízo às atividades acadêmicas.
 
 10. Consideramos que a reportagem da TV Globo de São Paulo ao investigar o suposto “abandono” em que se encontram esses dois prédios da Farmácia da UFMA evidenciam cores políticas ao governo federal, oportunizada por agentes locais, já que estamos a apenas alguns dias das eleições para reitor e vice-reitor da Universidade. E em virtude de todos os fatos precedentes e de modo a tomar medida preventiva evitando prejuízos à imagem e ao funcionamento regular e estável da UFMA, tornamos público o nosso repúdio.
 
São Luís, 25 de maio de 2011

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