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8 de jun. de 2011

   A representação do governo na Assembleia Legislativa nunca esteve tão apática na defesa dos interesses do Palácio dos Leões como se observa na presente legislatura. Especialistas em análises sobre o cenário político maranhense acreditam que por falta de argumentos para contestar as denúncias de corrupção que são levadas diariamente ao plenário, seus representantes simplesmente fazem de conta que não ouvem para não ter que responder questionamentos do tipo, qual o critério de dispensa de licitação na contratação dos 72 hospitais prometidos e não entregues à população dentro do prazo estabelecido.
     O caos administrativo provocado pela ausência de comando fez com que até os deputados mais experientes, como Manoel Ribeiro (PTB), Tatá Milhomem (DEM), César Pires (DEM), entre outros, se afastassem de cena, passando assim a responsabilidade de combater os ataques da oposição ao neófito Alexandre Almeida (PTdoB), um rapazinho de fala fina que se derrama em lágrimas todas as vezes que procura e não é recebido pelo seu tutor e padrinho político, Fernando Sarney.
      A estratégia de colocar um boneco para defender uma administração corroída pela corrupção, por si só, mostra o nível de irresponsabilidade da governadora Roseana Sarney (PMDB) que, segundo seus próprios aliados, passa as noites numa mesa de baralho e o dia inteiro dormindo, deixando o estado à deriva, à mercê da própria sorte.
     A única orientação que passa a seus liderados no Poder Legislativo é para evitar qualquer convocação de auxiliar que possa trazer à luz dias os contratos com dispensa de licitação na secretaria de Saúde, ocupada pelo cunhado Ricardo Murad, para a contratação de aeronaves ao valor de R$ 5 milhões para transportar pacientes do SUS, mas que nunca foram vistas no estado. E os contratos com dispensa de licitação para a contratação dos projetos dos 72 hospitais? Vai ficar também sem explicação.
       A governadora precisa explicar porque tanto temor em liberar a sua secretária particular, transformada em secretária de Educação, Olga Lenza Simão, para explicar aos parlamentares a situação de calamidade do setor educacional. Há graves denúncias de corrupção naquela pasta que a oposição não consegue abrir a “caixa preta” porque a governadora e sua bancada não permitem.
      Mas o que esperar de um grupo político que voltou ao poder através de um golpe judicial e que se legitimou no cargo cometendo estelionato eleitoral com a mentira de que os 72 hospitais prometidos para resolver os problemas de saúde do Maranhão seriam entregues à população em dezembro de 2010, dois meses após eleição? A resposta está se vendo na prática: não existe uma única obra estruturante sendo executada no estado, só maquete de projetos.
     O governo Roseana anda tão sem rumo que até o experiente deputado Manoel Ribeiro, atual líder do governo, por duas vezes já colocou o cargo à disposição ao perceber ser difícil a tarefa defender o indefensável.  

1 comentários :

Zé Gotinha disse...

O Programa Saúde é vida. é como cabeça de Bacalhau, ninguém vê.

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