Pedro Novais interrompe contratos com entidades privadas sem fins lucrativos, um dos alvos da operação da PF
Governo considera ação "atabalhoada" e Dilma se irritado com relato pouco detalhado de seu ministro da Justiça
A operação da Polícia Federal ameaçou a permanência do ministro Pedro Novais (PMDB-MA) -que chegou a cogitar demissão. Novais, porém, terminou o dia anunciando a suspensão temporária de convênios do Turismo.
Governo considera ação "atabalhoada" e Dilma se irritado com relato pouco detalhado de seu ministro da Justiça
A operação da Polícia Federal ameaçou a permanência do ministro Pedro Novais (PMDB-MA) -que chegou a cogitar demissão. Novais, porém, terminou o dia anunciando a suspensão temporária de convênios do Turismo.
O ministério publicará hoje uma portaria para interromper por 45 dias a assinatura de todos os convênios com entidades privadas sem fins lucrativos, um dos alvos da investigação da PF.
O texto também determina que não haverá a reserva de recursos nos contratos semelhantes que já foram assinados pelo ministério.
Novais informou que solicitou à CGU (Controladoria Geral da União) a instalação de processo interno disciplinar para apurar as suspeitas de irregularidades de servidores da pasta.
O ministro estava em São Paulo, em um evento do ministério, quando soube da operação da PF e teve que voltar às pressas a Brasília.
Novais participou de encontro ao lado do secretário de desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins, que foi preso na capital paulista.
O PMDB só soube do caso pela mídia. Membros do partido chegaram a cobrar o rompimento com o PT e defendiam que o ministro entregasse o cargo. Coube ao vice-presidente Michel Temer o papel de bombeiro.
Após falar com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ele disse aos líderes do PMDB que não havia motivação política do Planalto.
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman tranquilizou Novais. Ela afirmou que o governo tem por princípio defender seus ministros.
A operação da PF foi considerada "atabalhoada" pelo governo. A presidente Dilma teria ficado irritada com o relato pouco detalhado do ministro da Justiça sobre a ação.
Ele esteve no Planalto logo no começo da manhã de ontem, pouco antes de a imprensa divulgar as 35 prisões.
Ministros consideram que não há indícios de participação de alguns dos presos no esquema investigado.
Ministros consideram que não há indícios de participação de alguns dos presos no esquema investigado.
No passado, operações da PF eram informadas ao ex-presidente Lula com antecedência. Dilma esperava ter tido mais tempo para analisar o que fazer diante do envolvimento de partidos da base.
(NATUZA NERY, NÁDIA CABRAL, ANA FLOR, CATIA SEABRA, VALDO CRUZ E RUBENS VALENTE)
(NATUZA NERY, NÁDIA CABRAL, ANA FLOR, CATIA SEABRA, VALDO CRUZ E RUBENS VALENTE)
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