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9 de ago. de 2011


Do UOL Notícias
  
Padrinho político do ministro do Turismo, Pedro Novais, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), admitiu nesta terça-feira (9) que a nova crise aberta no governo federal desgasta o partido, novamente citado em um suposto esquema de corrupção. Sarney, contudo, negou que Novais tenha sido indicação dele e elogiou o peemedebista –que, avaliou, é “homem de reputação ilibada”.

“Não consta nada que o desabone” afirmou Sarney sobre Novais. Quanto ao secretário-geral do ministério do Turismo, Frederico Costa, preso hoje pela Polícia Federal, o presidente do Senado disse não saber de quem se trata.

Novais é o segundo peemedebista chefe de uma pasta envolvida em suspeitas de corrupção. O último foi Wagner Rossi, da Agricultura, depois de a ex-diretoria financeira da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) ter sido  exonerada por autorizar um pagamento irregular de cerca de R$ 8 milhões à empresa de um laranja.

Para Sarney, o PMDB sai desgastado. “[A exposição] Desgasta o partido, mas deve-se investigar o máximo possível até onde de possa investigar”, disse.

Indagado sobre o grande número de denúncias que têm sido veiculadas a respeito do governo Dilma Rousseff, Sarney se esquivou alegando que a idade o impede de se lembrar de situação semelhante em outro governo. Mas frisou: Novais não seria da cota dele. “Ele não é indicação minha --a bancada ficou de indicar. Quando ele foi indicado pela Câmara, não sabia que o nome dele seria escolhido”.

Além de Costa, foram presas hoje pela Polícia Federal na operação “Voucher” --desencadeada em São Paulo, Distrito Federal e Amapá, Estado que coordena as investigações –outras 37 pessoas ligadas direta ou indiretamente ao Ministério do Turismo.

Entre os detidos estão o ex-presidente da Embratur, Mário Moysés, o secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, e diretores e funcionários do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi) e empresários.

Segundo a PF, foram detectados indícios de desvio de dinheiro público no convênio de R$ 4,4 milhões firmado em 2009 entre o ministério e o Ibrasi.

Costa opera como secretário-executivo da pasta desde 2008, promovido pelo petista Luiz Barreto. Seu superior imediato, o ministro do Turismo Pedro Novais, foi indicado pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) --que nega a indicação e a atribuiu à bancada do partido na Câmara.

1 comentários :

Macabeu disse...

Bato palma para o dissimulado, na politica os homens probo, não passa de um mandato, já dizia meu avó. Um homem que usa seu estado senil, para dizer que não se lembra da indicação, já está mais do que na hora de pendura a chuteira, dar a vaga pra outro. Chega!, va pesca seu moço, procure outra atividade menos pesada para sua pobre consciência! se ainda tens!?

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