O deputado Magno Bacelar (PV), que já foi comparado a uma Anta pelo
jornalista Augusto Nunes (Veja.com), pelo excesso de bajulação ao senador José
Sarney, está sendo considerado pela oposição como um
verdadeiro farsante por se dizer ameaçado de morte pelo ex-prefeito Isaías Fortes
e se recusar a assinar a CPI que pretende investigar os crimes de pistolagem no
Estado, a partir de 2010.
Cobrado mais uma vez, nesta manhã de terça-feira (22), pelo
deputado Neto Evangelista (PSDB), a assinar o documento para permitir a
instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito, Magno refutou, se recusou
rubricar o requerimento do deputado Bira do Pindaré (PT) com a esfarrapada desculpa
de que "trata-se de um caso isolado" a suposta ameaça que teria sofrido.
Magno Bacelar voltou a usar o pequeno expediente da sessão
desta manhã para acusar o ex-prefeito de ter contratado dois policiais militares
para matar o assassino do irmão e afirmar que teria tomado conhecimento da
confissão de Isaías Fortes através de do amigo Leonilson Calixto dos Santos,
que estava no povoado Sangue quando da inauguração de uma sessão eleitoral e teria ouvido Isaias anunciar que iria matá-lo se sua candidata perder a eleição de outubro próximo.
Em meio ao atabalhoado discurso, Neto Evangelista informou ao
orador que depende exclusivamente dele a instalação da CPI para investigar
crimes de encomenda. “V.Exª vai assinar ou não o requerimento para que seja
instalada a Comissão?”, questionou Neto. Magno falou de tudo, até da CPI do
Cachoeira, mas nada disse sobre a CPI da Pistolagem.
Questionado pelo blog sobre a sua posição de denunciar crimes
de encomenda e ameaça de morte e ser contra a CPI, o deputado respondeu com a
maior cara de pau: “Não posso assinar esta CPI porque não vejo necessidade,
denunciei apenas um caso isolado porque o ex-prefeito usou a Polícia ao pagar
dois policiais para assassinar uma pessoa por R$ 50 mil, portanto, cabe ao
secretário de Segurança chamar os dois policiais e abrir inquérito administrativo”, justificou.
O mais engraçado é que o parlamentar ver motivos para
solicitar que a secretaria de Segurança investigue e puna os policiais que
supostamente teriam sido contratados por R$ 50 mil para assassinar um pistoleiro
e se recusa a assinar a CPI que pretende passar alimpo a questão da pistolagem
no Estado. Essa denúncia de Magno, pelo visto, cheira politicagem mesmo, característica
maior dos aliados da oligarquia do coronel Sarney.
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