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19 de jun. de 2012



A falta de responsabilidade do governo Roseana Sarney (PMDB) com o setor educacional do Estado não tem limite. Já estamos próximos de iniciar as férias escolares e até agora vários municípios do interior do Estado continuam sem iniciar as aulas por falta de professores.  

O deputado Othelino Neto (PPS) lembrou, na sessão desta manhã de segunda-feira (19) que a governadora chegou a fazer propaganda anunciando que estaria contratando professores para que pudesse iniciar as aulas na rede de ensino público, mas tudo não passou de publicidade enganosa.

O deputado denunciou que consultou os municípios e foi informado que as aulas começaram somente na sede de alguns municípios, sendo que em parte deles nem na sede começou e no interior os alunos continuam sem ter acesso às aulas.

“Eu fico perguntando até onde vai o descaso do governo do estado do Maranhão com a Educação? Nós estamos terminando o mês de junho, como é que vai salvar o ano letivo se as aulas ainda nem começaram? Quer dizer, eu vi a propaganda nos jornais dizendo que já estavam sendo contratados os professores, mas vão ser contratados para quando? O ano letivo de 2013? Então eu fico aqui vendo que já não dá mais para medir a falta de compromisso e a falta de responsabilidade com os estudantes e com a sociedade maranhense”, protestou Othelino.

Porta voz do governo, Magno Bacelar (PV), ao invés de explicar as razões que levam a governadora a tratar com descaso a Educação, procurou foi criticar a administração João Castelo, como se o prefeito de São Luís tivesse alguma coisa a ver com a falta de responsabilidade da governadora.

“V.Exa se refere ao Estado do Maranhão eu acho que você deveria se referir em primeiro lugar a Prefeitura de São Luís. V. Exa acabou de sair da prefeitura, e na questão é diferente, porque lá é a omissão do prefeito em não fazer as reformas das unidades escolares aonde foi um verdadeiro vacilo, diferente do Estado que não foi questão de parte física foi exatamente essa ação porque já veio do governo do Dr. Jackson Lago, do governo do José Reinaldo que não fizeram concurso público. E o Estado do Maranhão está se preparando para fazer o concurso para três mil professores”, discursou.

“A questão da judicialização do seletivo, deputado Magno, não justifica. Porque a governadora, desde daquela tragédia da cassação do governador Jackson, está no comando do governo e já teria tempo de ter utilizado o instrumento mais legítimo e democrático para se contratar para o serviço público, que é a realização de concurso. Já tinha tempo de ter planejado, de ter contratado uma instituição idônea para realizar e já tinha tempo, inclusive dos professores já estarem em sala de aula. Então, essa justificativa não resolve o problema, porque essa questão da judicialização em função do seletivo só evidencia a falta de planejamento do governo na área da educação. E, infelizmente, essa falta de planejamento, deputado, não é só na Educação, é no governo como um todo, mais especificamente sobre esse tema grave, e espero que lá na sua cidade, Chapadinha, as aulas já tenham começado. Porque por onde tenho andado, eu tenho perguntado, eu vejo pais, vejo estudantes preocupados, porque praticamente já perderam o ano letivo”, replicou Neto.

O parlamentar ressaltou que, independente de ser de oposição ou da base do Governo, os deputados deveriam cobrar do governo essa situação de extrema irresponsabilidade que está acontecendo com a educação do Maranhão.

Para o líder da oposição, deputado Marcelo Tavares (PSB), de fato, trata-se de um problema grave, “porque nossos alunos quando você faz uma comparação com o Brasil inteiro, com os demais Estados, o Maranhão já tem uma defasagem em relação ao tempo de permanência na escola e na média o maranhense passa muito menos anos na escola do que os catarinenses, os paranaenses, os cearenses, enfim, mas eu não consegui sensibilizar a base do Governo e não houve essa discussão. Entendo que é pertinente a cobrança, porque, de fato, o ano letivo já está comprometido", lamentou.

Othelino Neto, por sua vez, disse que gostaria que tratassem esse assunto, inclusive a base do Governo, “porque teremos dificuldades de explicar para a sociedade isso que está acontecendo. A situação da Educação no Maranhão está tão grave que por ora nós temos dificuldades de saber quem é o secretário de Educação. O secretário de Educação uma hora é um, depois já não se sabe se ele saiu e virou secretário titular de outra Secretaria, aí se comenta que vem um deputado para ser secretário. Então, assim, eu tenho a nítida impressão de que estamos, no Maranhão, o governo do Maranhão é como um navio cujo comandante ficou em terra firme”, condenou.

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