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17 de abr. de 2013


Ex-governador Jackson Lago, vítima da oligarquia
Exatamente há 4 anos o mandato do então governador do Maranhão, Doutor Jackson Kepler Lago (PDT), foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O julgamento do governador, eleito pela maioria da população do Maranhão, terminou na madrugada do dia 17 de abril de 2009.

A coligação da candidata da Oligarquia Sarney, a então Senadora Roseana Sarney, entrou com um recurso contra expedição de diploma (RCED), junto ao TSE, ainda em 2006. A batalha judicial se deu imediatamente na instância superior, o que acelerou o tempo processual.

O ato de cassação, segundo o deputado Bira do Pindaré (PT), foi a maior de todas as injustiças políticas no Brasil. O parlamentar que esteve sempre ao lado do governador Jackson Lago durante os dias difíceis anteriores a cassação, leu asa palavras proferidas pelo eminente jurista Rezek encarregado de fazer a defesa do governador.

“O povo do estado do Maranhão, o eleitorado maranhense não merece o desrespeito grave e insultuoso que o grupo derrotado pretende lhe impor, tendo a insolência superlativa de querer instrumentalizar esse insulto pela justiça eleitoral. Tenho a convicção de que não passou despercebido a nenhum dos membros do Tribunal o cenário, o pano de fundo deste caso. Tudo que parece aos nossos olhos no cenário que circunda esta campanha eleitoral e o quadro político do estado do Maranhão. Tenho a certeza de que todos os membros do Tribunal estão conscientes daquilo que não podemos dizer no memorial, ou na tribuna, mas que é do conhecimento e percepção, há tanto tempo, de todo povo brasileiro consciente”, disse, reproduzindo palavras do jurista Rezek, que fez referência à cassação como um ato de injustiça.  

Para o deputado Bira, o julgamento foi um golpe, uma manipulação grosseira para sucumbir o desejo do povo, que votou por maioria escolhendo um governador e colocar alguém que tinha ficado em segundo lugar. O petista lembrou que o Doutor Jackson faleceu com esse desgosto profundo pela sua cassação injusta num momento político em que o Maranhão poderia ter dado a chance para experimentar, por completo, uma alternativa.

Bira lembrou o artigo 1º da Constituição Federal que diz que todo poder emana do povo, portanto o desejo da população do Maranhão deveria ter sido respeitado. “O fato é que a orquestração foi muito grande, todo o poder da mídia utilizado contra o governador e no final foi isso o que aconteceu e a gente não poderia deixar de trazer esta reflexão, porque considero aquela decisão emblemática para a história do Maranhão e para a história do país”.

O deputado aproveitou para cumprimentar a doutora Clay Lago que bravamente vem lutando para manter a memória do líder Jackson Lago. A ex-primeira dama teve a iniciativa de criar o Instituto Jackson Lago e a revista em memória do ex-governador.  

“Jackson Lago foi um grande homem público na história do Maranhão, foi uma grande liderança que merece o nosso respeito, que merece a nossa consideração, três vezes prefeito da capital, deputado estadual, Governador. Sempre esteve aliado com os partidos de Oposição e por essa razão merece o reconhecimento e o registro para memória desse Estado”, concluiu.

COMISSÃO DA VERDADE

O deputado Bira do Pindaré comunicou que foi firmado um termo de cooperação entre a Comissão Parlamentar da Verdade, criada pela Assembleia Legislativa, e a Comissão Nacional da Verdade. O parlamentar esteve em Brasília, durante esta terça-feira (16), onde assinou o termo.

“Já consolidamos essa etapa e vamos agora partir para o trabalho efetivo contribuindo com a Comissão Nacional da Verdade e toda a investigação que está sendo feita, sobretudo, em relação aos acontecimentos do período da Ditadura Militar”, comemorou.  

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