Roseana usa empréstimo e TCE para assediar prefeitos não alinhados

 

A governadora Roseana Sarney está usando o dinheiro dos empréstimos junto ao BNDES para assediar moralmente prefeitos no interior do estado, com promessa de obras, via convênios, em troca de apoio ao candidato do Palácio dos Leões na sucessão estadual de 2014. Historicamente, os recursos destes convênios  são desviados para o bolso dos chefes de Executivos.

Roseana também tem usado o Tribunal de Contas do Estado como instrumento poderoso de pressão contra prefeitos que não rezam na cartilha do grupo Sarney. E o maior exemplo disso foi a entrega das contas da prefeitura de Matões ao jornal da governadora sem que a mesma sequer tenha sido julgada.

E não adianta vir dizer que não tem nada com isso porque tem. O assessor de imprensa do TCE, presidido por Edmar Cutrim, pai de Gil Cutrim, é o mesmo que presta assessoria para a Prefeitura de São José de Ribamar e para a Famem, outra instituição que vem sendo usada pelos Cutrim para cooptação de prefeitos não alinhados.

Gil ganhou seu primeiro emprego quando o pai conseguiu colocá-lo como vice na chapa do então candidato Luís Fernando, em 2004. A chapa se manteve na reeleição de 2008. Em 2010 Roseana se reelegeu e nomeia Luís Fernando para a Casa Civil, deixando a prefeitura para Cutrim, que se transformou em cabo eleitoral do candidato de Roseana.

Hoje, diante do péssimo desempenho de Luís Fernando nas pesquisas, os prefeitos que se recusam a sentar para prometer apoio ao candidato da oligarquia são submetidos a todo tipo de pressão e ameaça, entre as quais o governo não construir nada no município e a rejeição das contas do gestor pelo TCE.

Se o objetivo de governadora é fazer parceria, porque não isenta o município de São Luís de devolver R$ 2 milhões mensais do dinheiro que seria para construir os viadutos e que o ex-prefeito João Castelo (PSDB) deu sumiço? Não faz porque Roseana e seu grupo não tem compromisso com a cidade, deseja apenas perseguir o prefeito Edivaldo Holanda Júnior e aqueles que desejam por fim ao ciclo de dominação de um grupo que levou o estado ao fundo do poço.