Tomate, cebola,
beterraba, alface. Alimentos comuns nas mesas maranhenses são importados de
outros estados brasileiros por falta de investimento da governadora e seus
secretários na agricultura maranhense. E o trabalhador rural nessa história?
Terça-feira, 18 de junho
de 2013, a cidade despertou parada, muitos nem entenderam o motivo do
congestionamento nas linhas de acesso a São Luís, dos engarrafamentos nas
principais avenidas. E eles estavam nas ruas, homens e mulheres, jovens e
idosos, com expressão por vezes sofrida, mas com os olhos cheios de garra e
esperança. Era o “Grito da Terra”, eram trabalhadores e trabalhadoras do campo
e da cidade pedindo passagem para lutar, pacificamente por direitos, por
justiça no campo, por uma terra que é nossa, que é deles.
O movimento dos
trabalhadores teve inicio às 4 horas da manhã de ontem (18), no retorno do
Tirirical, parte seguiu em caminhada para a sede do Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária e os demais para a Secretaria de Desenvolvimento Social e Agrário
do Maranhão, os órgãos ficam na Capital Maranhense.
Ainda no início da tarde
de ontem houve uma reunião com o superintendente do INCRA, José
Inácio Rodrigues, que, segundo líderes do
movimento, não atendeu as reivindicações
e tentou dispersar os pontos de pauta. Os manifestantes decidiram ocupar a sede
do Instituto. No início da noite foi anunciada outra reunião, desta vez com
secretários do Governo do Maranhão, de acordo com os manifestantes, mais
promessas sem previsão de conclusão e benefícios. E a governadora nessa hora?
Para um trabalhador rural
de Imperatriz, conhecido como Irmão, a governadora se preocupa em trazer
grandes projetos que utilizam de forma desenfreada a beleza, a energia e os
recursos do Maranhão, prejudicando a população de trabalhar com dignidade.
“A governadora tem tudo
para os grandes projetos, para as empresas que exploram o nosso estado. Para o
povo, nada! Luís Fernando foi até a zona rural de Imperatriz mentir, dizer que
vai construir uma estrada. Essa estrada que ele promete construir foi prometida
em vários governos e campanhas da Roseana. Nunca chegou um palmo de estrada. Se
eles construírem é pensando na Suzano”, informou.
Pensamento compartilhado
por outro trabalhador da cidade, que fortaleceu “Na hora do voto nos seres
humanos, na hora de trabalhar pelo povo, de receber nossas reivindicações, de
nos receber, somos qualquer coisa, menos gente”. Os manifestantes solicitam que
a governadora receba a pauta e dialogue pontualmente com o “Grito da Terra”,
dando um posicionamento sobre o documento, assumindo compromisso com os
trabalhadores.
O deputado estadual Bira
do Pindaré (PT), tem feito vários posicionamentos na tribuna da Assembleia
Legislativa do Maranhão, defendendo a luta por justiça no campo e frisando a importância
dos trabalhadores serem recebidos pela Governadora do Estado. O parlamentar
acompanha de perto o movimento.
“Essa gente representa
praticamente a metade do nosso povo, são os trabalhadores rurais, e reivindicam
direitos elementares como, por exemplo, a questão do enfrentamento à violência
no campo, problema fundiário gravíssimo, o ITERMA não funciona, o INCRA a passo
de tartaruga, não consegue atender o nosso povo. A questão do orçamento do
Estado, que até hoje não reserva dinheiro para a agricultura familiar, a
questão da assistência técnica da qualificação profissional, enfim, eles têm
uma pauta e eles estão percorrendo a cidade”, destacou o petista.
O que a governadora diz?
O que a governadora faz para tentar resolver o problema? Onde está a
governadora? De acordo com a afirmação dos manifestantes, “Ela não faz diálogos,
ela não é de conversar, nem de ouvir. Ela come os legumes importados e o povo
só é gente em 2014”.
0 comentários :
Postar um comentário