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3 de jun. de 2014

Editorial - Jornal Pequeno
  
Essa greve cansou. É uma greve para jogar a população contra o prefeito de São Luís. É uma greve de farsas e mentiras, uma greve política.

“É uma greve política”. Foi só o que disseram e repetiram os ouvintes dos programas de rádio da cidade desde a sexta-feira. Uma greve em que se desconfia que os prejuízos dos empresários possam estar sendo pagos por debaixo dos panos com o dinheiro do povo do Maranhão. São Luís sempre foi vista como a cidade adversária das pretensões eleitorais do grupo Sarney. Tanto que já lá se vão 16 dias que o prefeito protocolou um pedido de audiência com a governadora Roseana Sarney para tratar de uma parceria institucional capaz de viabilizar obras de drenagem e pavimentação na capital maranhense e nada aconteceu. Nenhuma resposta.     

Aliás, houve uma resposta. Sarney decidiu “defender o inverno”. O inverno que ele acha que pode ajudar o governo na próxima eleição.  

Ontem, o telejornal ‘Bom Dia Mirante’ se apressou em desinformar a população divulgando que o Tribunal Regional do Trabalho não havia decretado a ilegalidade da greve. Certamente porque é de interesse dos Sarney que a paralisação continue e que o povo de São Luis siga prejudicado. O TRT-MA não só confirmou a ilegalidade como emitiu uma certidão deixando claro que a greve é ilegal e abusiva.

Enquanto isso, São Luís continua sendo o único município maranhense a não celebrar um único convênio com o governo do Estado.

O pré-candidato ao governo do estado, Lobão Filho, sugeriu que o prefeito de São Luís é fraco, mas Edivaldo resistiu e conseguiu que o TRT decretasse a ilegalidade da greve, o que era uma responsabilidade dos empresários, se algum interesse eles tivessem no fim da paralisação.  

No fundo, no fundo, o que o grupo Sarney dá a entender é que quer o aumento nos preços das passagens para criar um clima de revolta na população e, assim, dispor de manifestações e mais transtornos para filmar e responsabilizar nos meios de comunicação o prefeito de São Luís. Não deu certo. Não pode dar certo. Não vai haver aumento de passagem.

A greve é ilegal, a Justiça decretou. E, infelizmente, o fim mais previsível dessa greve são os empresários de bolsos cheios, sindicalistas presos e perseguidos e cobradores e motoristas demitidos ou ainda mais pobres do que quando tudo isso começou. E isso é também o que querem os adversários do prefeito e da cidade para alimentar a campanha do governo. 


Infelizmente, essa é a República de Sarney e nela só os pobres pagam; pagam com a fome, o desemprego, os baixos salários, a violência, a falta de segurança e até com greves políticas para atormentar e infernizar a vida da população. E isso já faz quase 50 anos.

1 comentários :

Foco disse...

Procure salvar a pele do aliado, porque não creio em despreparo neste artigo. Não há solução em problemas que não se reconhece a sua origem, o pior, em nome do populismo, querer forçar a sobrevivência do capitalismo sem lucro é remar contra a correnteza. Agora só falta o prefeito pensar em estatizar o sistema

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