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17 de nov. de 2014

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo deve se preparar para mais uma decepção antes de se despedir da vida pública. Tudo indica que as investigações da Polícia Federal e as delações premiadas oferecidas ao “Cube do Bilhão” para entregar os beneficiários dos esquemas de corrupção estariam levando a governadora Roseana Sarney (PMDB) a rever a promessa feita a ele de renunciar dia cinco de dezembro e passar o comando do estado.   
 
Arnaldo Melo não vem trabalhando sua posse no governo do estado para acrescentar ao seu currículo mais este importante cargo. Para isso tem prometido aos parlamentares usar os últimos dias do mandato para pagar as emendas parlamentares que Roseana prometeu e não honrou o compromisso durante a campanha.

Com os desdobramentos da Operação Lava Jato, no entanto, Roseana, pelo visto, vai deixar o presidente da Assembleia apenas com o desejo, pois após o anúncio de que ela está sendo investigada pela Polícia Federal por suspeita de receber propina para antecipar o pagamento do precatório de R$ 120 milhões da Construtora UTC/Constran, muitos conselheiros têm orientado a chefe do Executivo a manter-se no Palácio dos Leões.  
Como Roseana tem direito a foro privilegiado, o caso da propina da Constran foi apartado do processo e remetido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Para quem não lembra, o doleiro Alberto Youssef foi preso em um hotel da orla de São Luís, quando pagava a propina em dinheiro, segundo apurou a PF, a auxiliares da governadora.

Os assessores jurídicos da família Sarney temem que ela fora do governo e sem foro privilegiado, nada impede que o juiz que mandou os donos das principais empreiteiras do país para cadeia, mande a governadora, caso renuncie o mandato na efervescência da Operação Lava Jato, para passar uma temporada atrás das grades.

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