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19 de fev. de 2015

A ex-governadora Roseana Sarney, que deixou o Maranhão rumo a Miami (EUA) prometendo retornar para rebater as acusações de seu envolvimento no escândalo da Petrobras, até hoje, passados quase dois meses, mantem-se em silêncio e nada falar sobre o escândalo que desviou cerca de R$ 88 bilhões da estatal do petróleo e que levou para a cadeia donos e executivos das principais empreiteiras do país.

Ao invés de esclarecer os motivos que levaram o ex-diretor de operações da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a citar seu nome como beneficiária do esquema de corrupção que afundou a empresa, a ex-governadora se esconde e nada fala. Porém, ciente do seu nível de envolvimento no propinoduto, contratou o advogado de “bandidos de colarinho branco”, Antônio Carlos de Almeida Castro, o “Kakaia”, para tentar livrá-la da prisão.

Roseana, conforme o relato em delação premiada de Paulo Roberto Costa, da contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza, e do entregador de propina a domicílio Rafael Ângulo Lopez, seria uma das únicas participantes da quadrilha que assaltou a Petrobras a continuar desfrutando liberdade.

Pesa ainda contra a ex-governadora a acusação de ter recebido R$ 3 milhões em propina para a liberação do pagamento do precatório da Constran/UTC, no valor de R$ 120 milhões. O dinheiro, segundo confessou Youssef à Polícia Federal, foi entregue ao ex-chefe da Casa Civil, João Guilherme Abreu, através de um funcionário do Governo Roseana, em um quarto do Hotel Luzeiro, em São Luís.    

A ex-governadora, caso resolva retornar ao Estado para prestar esclarecimentos sua quarta passagem desastrosa pelo Governo do Maranhão, terá que explicar também as razões que a levaram endividar o estado em mais de R$ 1 bilhão e deixar em caixa apenas R$ 24 milhões para pagamento das dívidas.

Nos meios políticos todos concordam que a atitude irresponsável de Roseana foi pensada e executada com a única finalidade de prejudicar o sucessor Flávio Dino, que assumiu o comando do Maranhão após cinco décadas de mando e desmando da oligarquia Sarney.   

 

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