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4 de jul. de 2011

A divulgação dos dados do Censo Demográfico do IBGE ainda aponta enormes disparidades regionais, mas revela um dado importante para o Maranhão. A renda média do maranhense teve uma variação de 46 por cento em relação a década passada.

Mas antes que a governadora Roseana Sarney (PMDB), que nada fez para erradicar a pobreza, tente tomar para si a melhoria de renda da população, o professor de Economia da UFRJ, João Sabóia, esclarece que a "melhora substancial na distribuição regional dos rendimentos" ocorreu graças especialmente ao desenvolvimento de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e ao aumento do salário mínimo, que variou 70% na década, descontada a inflação.

É natural que municípios mais pobres tenham margem maior para avançar mais. No entanto, isso nem sempre ocorreu num país que se acostumou com a desigualdade. Ao esmiuçar os números do IBGE, observa-se que nos anos 80, por exemplo, São Paulo viu a renda média de seus domicílios subir 17%, enquanto o Maranhão avançou 7%.

Na década passada, por exemplo, os domicílios paulistas registraram o menor crescimento entre todas as unidades da federação (apenas 3%), enquanto nos maranhenses a variação foi de 46%. É bom lembrar, no entanto, que o governo do Estado em nada contribuiu para o Maranhão alcançar este índice positivo, pois não desenvolveu nenhuma ação neste sentido.

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