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5 de jul. de 2011

Os grandes portais de internet começaram destacar esta manhã a defesa que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) fez pela permanência do ministro dos Transportes Alfredo Nascimento no cargo, após o escândalo de corrupção envolvendo pagamento de propina aos seus principais assessores, segundo denunciou a revista “Veja”.

A atitude do velho coronel da mídia eletrônica maranhense não apresenta nada de novo, apenas reafirma a sua tendência em defender malfeitores, bandidos de colarinho branco que, a exemplo dele, fizeram fortuna dilapidando o patrimônio público.

Esperar o que de quem até bem pouco tempo era o chefe político e mentor de um grupo mafioso que saqueou a prefeitura de Macapá e acabou com o prefeito aliado algemado pela Polícia Federal, antes do seu grupo ser apeado do poder pelo povo do Estado do Amapá? Nada, apenas que defenda seus iguais.  

Para quem recebeu uma máquina de escrever como herança (não era de ouro), passou pela revisão do jornal O Imparcial (foi revisor) e nunca exerceu atividade na vida privada antes de tornar multimilionário, Sarney até que exerce bem a função de advogado de corruptos e ladrões do dinheiro público.      

Ele justificar o apoio ao amigo em apuros usando o chulo argumento de que as denúncias “são muito graves”, mas que Nascimento não pode ser exonerado “apenas por uma acusação publicada”.


O ex-presidente, cujo governo foi o único na história do país que enfrentou uma CPI contra corrupção, foi além: "acho que a presidente [Dilma Rousseff] tomou medidas imediatas que foram muito saneadoras e, em seguida, entregou ao ministro a condução da apuração dessas irregularidades todas", afirmou.


Trocando em miúdo, Sarney defende colocar raposa para tomar conta do galinheiro. Entregar nas mãos de quem está sendo acusado de receber propina o poder da apuração dos fatos denunciados é zombar da inteligência do povo brasileiro, assemelha-se ao tradicional pacto de mafiosos e nesse assunto o presidente do Congresso Nacional parece ser um profundo conhecedor.


A Polícia Federal tenta até hoje colocar um par de algemas em seu primogênito por suspeita de evasão de divisa, formação de quadrilha e peculato, mas esbarra no todo poderoso ex-presidente, que faz uso da política para evitar que a Justiça ponha a mão nos seus. Portanto, nada mais natural que defender a permanência do enrolado Alfredo Nascimento no comando da pasta.  

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