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6 de jul. de 2011

“Sobre a reportagem “Bem-Vindo ao Sarneyquistão” (29 de junho), abandonando as críticas pessoais, refuto os fatos.

O Maranhão não é o ultimo estado do país. É o 16° (IBGE), e seu PIB é superior ao de Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Norte e ao de oito estados mais.

O Brasil é a sétima economia mundial, mas seu IDH (um índice recente que não se pode generalizar como da pobreza de um país) é o 73° colocado, atrás da Albânia, Macedônia e etc. (Pnud 2010).

Não comando o Maranhão há 46 anos. Há 33 não disputo uma eleição no estado (desde 1978). Os governadores que me sucederam foram indicados em eleição indireta pelos militantes de 1964, à exceção de Luiz Rocha, Cafeteira, Lobão e Roseana, que quem conhece sabe que anda pelas próprias pernas e tem liderança forte, que disputaram eleições diretas. Não mandei em nenhum deles.

As leis que permitiram a venda de terras devolutas do estado não são minhas, e sim do governador Antônio Dino (Lei n°3002, de 13 de outubro de 1970) e do governador Pedro Neiva (Lei nº3230, de 6 de dezembro de 1971), que abriram as portas a latifúndio, grilagem e expulsão de posseiros e pequenos proprietários rurais.

Essa política tem minha discordância, e a Lei de Terras que fiz revogada por eles, elaborada por uma comissão que presidia por um notável homem de esquerda, Bandeira Tribuzi, visava justamente ao contrário, ordenar uma estrutura agrária em pequenas propriedades.

Assim, nenhuma responsabilidade  tenho por essa política fundiária que considero ter sido danosa ao Maranhão. O historiador citado por veja, ninguém conhece no Maranhão como tal, e sim como um radical desequilibrado da oposição raivosa.

Se um homem só pudesse tornar estado em pobre ou rico, em cinqüenta anos o mundo seria diferente.
Para finalizar, a renda domiciliar do Maranhão na década passada cresceu 46%, enquanto em São Paulo somente 3% (IBGE).

Assim, o agravo, mais ao Maranhão do que a mim, é fruto de uma campanha feita pelos governos anteriores ao da Roseana, para desmoralizar o estado e atingir-me, nessa repetição absurda da pobreza do Maranhão.
José Sarney
Senador
Brasília DF.”

Professor Wagner Cabral responde a Sarney no Twitter

A resposta do presidente do Senado à matéria da revista Veja “Bem vindos ao Sarneyquistão”, ou melhor ao Território de Sarney, mostrando a perversidade que o grupo liderado por ele fez com o Maranhão aos longo dos últimos 45 anos, mereceu uma série de comentário no Twitter do historiador Wagner Cabral, que o responsabiliza pelo atraso e pela miséria que capeia no interior do Estado. Publico abaixo os comentários feitos por Cabral.


ERRAR A VERDADE é a arte que o velho Oligarca é mestre. Imagino a ira dele quando o verniz de estadista derrete.

wagner_cabral em uma nota sarney põe em prática seu delírio de promover o "esquecimento", por isso a ira dele a seu ofício. #sarneyquistão

Como o amoroso pai poderia negar o engenho e a arte da estrada Arame-Paulo Ramos? de Salangô?

Como o pai poderia negar a "operação barrica", essa brilhante obra de engenharia de seu estimado filho?

Mas devo ser sincero, Sarney teve um mérito em sua réplica: NÃO NEGOU que existe uma corrupção endêmica que sustenta a oligarquia e o atraso

Na ausência de argumentos, só resta ao velho oligarca ERRAR A VERDADE, se esconder atrás de (e macular) mortos e promover ataques pessoais

Nos anais da Assembleia

O porta-voz informal do governo, Magno Bacelar, leu a resposta de Sarney na tribuna da Assembleia esta manhã e pediu que fosse transcrita para os anais da Casa. Esqueceu, no entanto, de fazer a mesma solicitação para a matéria da revista Veja que o acusa e ter promovido o atraso do Maranhão.


O líder da oposição, deputado Marcelo Tavares, disse que a única verdade pronunciada por Sarney foi reconhecer que o Maranhão cresceu na década passada, justamente no período em que o Estado foi governado por José Reinaldo Tavares (PSB) e Jackson Lago (PDT).

Tavares vai apresentar requreimento amanhã à Mesa Diretora da Casa para seja publicado nos anais a reportagem de "Veja", que apresentou o  resultado maléfico que o grupo Sarney fez ao povo do Sarneyquistão.

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