Agência Brasil
Brasília - Os líderes partidários da Câmara dos
Deputados decidiram hoje (26) que a proposta de acabar com os chamados 14º e
15º salários parlamentares será votada amanhã (27) no plenário da Casa. O
projeto de decreto legislativo já foi aprovado pelo Senado, mas espera votação
pelos deputados desde setembro do ano passado.
'O Senado já tinha aprovado e a proposta recebeu
parecer da comissão especial da Câmara em setembro passado. Todos os líderes
assinaram o requerimento de urgência que será votado amanhã. Essa não é uma
decisão do presidente, mas de todos os líderes para o bem da Casa, do
Parlamento e do país', disse o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo
Alves (PMDB-RN).
Ele explicou que a proposta não acaba
definitivamente com o benefício. Pela regra a ser votada, cada parlamentar terá
direito a receber dois salários extras ao longo do mandato: um no início e
outro no final da legislatura. Atualmente, o benefício, no valor de R$ 26,7
mil, é pago anualmente em fevereiro e dezembro.
'É uma vergonha nacional, indefensável e
inexplicável', frisou o líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP).
'Temos que ter uma situação equânime com todo o cidadão brasileiro', reforçou o
líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Os líderes também decidiram hoje que na primeira
semana de abril serão colocados em votação temas relacionados à reforma
política, mesmo que não haja consenso. 'O que desgasta a imagem da Casa é a
omissão. Quero que a Câmara passe a votar. O que dita a Casa e a sua imagem é a
indecisão e isso tem que acabar. Temos que colocar em pauta os projetos e quem
tiver voto para ganhar, ganhe e quem não tiver que respeite o resultado',
ressaltou Henrique Alves.
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